O Brasil, maior produtor e exportador global de café, poderá colher entre 47 milhões e 49 milhões de sacas de 60 kg neste ano, um crescimento de até cerca de 15 por cento ante a colheita de 2015, se o tempo continuar colaborando, disse o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro.

Se não tivesse tido a estiagem no Espírito Santo, poderíamos ter uma safra bem maior”, afirmou à agência Reuters Silas Brasileiro, em referência à estiagem que atingiu o Estado que é o principal produtor de café robusta do Brasil.

“Minas Gerais é que está compensando”, acrescentou Brasileiro, citando chuvas favoráveis no Estado que responde por cerca de 50 por cento da safra nacional, com produção predominantemente de arábica.

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O presidente do CNC, órgão que representa os produtores, estimou que a safra de café arábica do país poderá atingir até 37 milhões de sacas, ante 31,3 milhões apontados em 2015 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), enquanto a de robusta ficaria em torno de 11 milhões de sacas, ante 10,9 milhões de sacas previstas pela Conab para este ano, um período que já teve a produtividade afetada pelo tempo adverso.

Ainda assim, a produção de café do Brasil voltaria a crescer após três quedas consecutivas, com safras marcadas por problemas climáticos.

Com relação a previsões do mercado que apontavam uma safra de cerca de 60 milhões de sacas, Brasileiro disse que isso é impossível, considerando que os cafezais de importantes áreas produtores vêm de anos com problemas decorrentes do déficit hídrico.

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“É totalmente descartado. Não tem a possibilidade de, após dois anos de frustração, lavouras estressadas terem recuperação imediata. Com 60 milhões de toneladas, elas estariam produzindo 40 por cento a mais, é impossível”, afirmou.

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Apesar de uma estimativa de produção menor do que a apontada por muitos participantes do mercado, o presidente do CNC disse que o volume colhido e os estoques nacionais serão suficientes para atender as necessidades do Brasil, estimadas por ele em exportação de 36 milhões de sacas e de consumo interno de até 20 milhões de sacas.

(Com informações do Notícias Agrícolas)

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