Categoria: Nilson Lattari

  • MY STORY – Por Nilson Lattari

    MY STORY – Por Nilson Lattari

              Na verdade, eu não vou contar para vocês “my story”. My story era o apelido do Josué, um contínuo que eu conheci, lá na repartição. Quando convivemos com um grupo de pessoas, durante boa parte do dia, as histórias, patrocinadas pela convivência, passam a fazer parte da nossa memória. Porém, o My story, nosso contínuo, tinha muitas outras histórias.

    Para começar o My story não era um contínuo qualquer. Ele não parecia ter o perfil. Ninguém sabia por que cargas d’água ele apareceu por lá para tomar posse. No dia, ele estava impecável no seu terno e gravata. Foi-lhe comunicado que a vestimenta de contínuo era um uniforme. Ele, no entanto, não se fez de rogado e se vestiu conforme as normas da repartição. Mas, sempre que chegava e saía do trabalho vestia o seu terno e gravata.

    Algumas vezes para zoar com ele, o nosso chefe imediato pedia algum serviço externo, em outra repartição, e o coitado trocava a vestimenta e saía para executar o serviço. Voltava e colocava novamente o uniforme.

    Mas o My story não tinha uma história, mas imaginação, aliás, tinha muita. Para começar ele faltava muito. Daí, pelo excesso de faltas ele estivesse mais para alternado do que para contínuo. E cada uma das faltas tinha uma justificativa. Todas com uma comprovação. Mas a grande preferência do My story, quando o assunto não envolvia faltas, era o seu afilhado, de quem falava sempre elogiando como um jovem talentoso.

    Tinha muitos primos. E por esse motivo, nas desculpas das faltas, havia sempre um primo no centro delas. Perguntávamos se todos eram oriundos do Rio Grande, do norte, de Jardim de Piranhas, seu local de nascimento. Ele confirmava que sim. Mas, o legal mesmo, é que o My story nunca se irritava, e por estar sempre de bom humor tornava-se um sujeito simpático, mesmo quando, por curiosidade, queríamos saber como se chamava alguém nascido naquelas paragens: se era jardineiro ou piranhudo.

    Aliás, primo é um personagem que se encaixa em qualquer história. Diferente de tios e irmãos, primos podem ser de qualquer idade, tamanho, procedência e, inclusive, grau. Quando queremos ajudar alguém, dizemos: Vai lá e diz que é meu primo. Ou então: Esse cara é um primo meu e tal … E sempre morria um, dos primos do My story. E morria de uma morte comprovada, ou de um acidente verídico.

    Todas as vezes que acontecia uma tragédia na cidade como incêndios, desmoronamentos, acidentes automobilísticos, lá estava um primo do My Story presente, morto ou acidentado. Ele apontava no jornal: Meu primo! Tinha que prestar uma assistência, porque a família achava que ele resolvia tudo, dizia.

    Sujeito muito prestativo, atencioso, quando comparecia, My story foi caindo nas graças dos chefes, não importando quem fosse. Eles já chegavam à repartição e perguntavam se ali trabalhava o Josué. Faziam questão de conhecê-lo e cumprimentá-lo. Esse comportamento, com o tempo, foi-nos acostumando àquela figura e suas desculpas, comprovadas, como ele dizia. E o alternado passou a ser um novo cargo na repartição.

    Com uma mudança de governo, um novo chefe apareceu e estranhamos que ele não quis conhecer o Josué. My story não se incomodou e dali a alguns dias veio a notícia de que nosso diretor-geral teve um ataque cardíaco e foi internado. O Josué, não demorou muito tempo, começou a faltar, repetidamente. O novo chefe não se conformou e começou a perguntar por ele.

    Não sabíamos de nada, já aguardando as desculpas de praxe, até que em um belo dia aparece o My story na repartição, sendo logo interpelado pelo chefe. Esperávamos uma morte ou acidente de um dos muitos primos.

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    My story, sensivelmente preocupado, disse que o seu afilhado tinha sido internado, precisando muito de sua assistência. O novo chefe, irritado, achou muita petulância do My story inventar uma das suas histórias.

    Sem perder a postura, My story disse que o seu afilhado era muito querido e importante, para ele, ressaltou. Ficamos penalizados. O chefe pegou imediatamente o telefone e determinou que o My story subisse ao setor de pessoal para que fosse suspenso.

    Sentimos muito que o My story tivesse chegado até aquele ponto. Ele se envolvera nas suas mentiras, e como todas haviam “colado”, é claro, contando com a compreensão dos chefes, que perdera a dimensão, o alcance delas. E, talvez, aquela falta fosse verdadeira. Mas, ele foi pego em um momento de azar.

    Alguns dias depois, o chefe da repartição nos convoca para uma reunião, onde comunicou a volta do My story ao trabalho. E disse mais. Não importava a quantidade de primos que ele tivesse matado ou acidentado; o diretor-geral era o afilhado do My story.

     

    Nilson Lattari
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  • PARA SER FELIZ – Por Nilson Lattari

    PARA SER FELIZ – Por Nilson Lattari

              As mãos tremeram na máquina do tempo quando abriu a pasta envelopada e descobriu dentro dela a carta perdida, da qual somente guardava uma pálida lembrança, brincadeira de criança, dirigida ao ser que desejava que existisse no futuro: ele.

    Haveria cobranças. No fundo, sempre temeu encontrá-la, como se o conteúdo nela existente fosse um esforço muito além daquele que poderia, em sã consciência, ser levado a sério.

    O papel amarelecido pelo tempo (Quanto tempo? Quinze, vinte anos?) teimava em não abrir, com a cola pegajosa do envergonhamento a resistir e brigar por estar novamente diante dos seus sonhos: tolices de criança, adolescente sem sentido.

    Foi com dezoito anos que decidiu fazer uma cobrança a si mesmo na frente do tempo, inexistente e majestoso a reclamar grandes eventos e grandes descobertas, grandes desejos e pouco sofrimento. Futuro brilhante e astuto a dar um norte, um consenso para garantir uma vida dourada.

    Qual o quê! Sabia o que estava escrito, não o sabia vagamente, mas ao abrir o desfolhar do pequeno papel ia redesenhando em sua mente o que havia proposto a si mesmo no futuro.

    “Senhor de cinquenta anos. Espero encontrá-lo feliz e confortável na sua casa a reler o que havíamos combinado. Que você tenha mulher e filhos tão ou mais vorazes de futuro como nós. Que a sua vida seja brilhante como Engenheiro Químico. Não ligue para besteiras, apenas se ligue na modernidade que você está vendo agora. Voarão os carros? Que você tenha um, ou dois, ou três para a sua família inteira. Que você tenha conhecido muitos países e deles traga lembranças e enfeite a nossa casa. Demonstre para aquela professora que nós conhecemos que nós somos vencedores e que algum dia ao encontrá-la lhe diga que, finalmente, nós fomos muito além daquilo que ela nos disse. Ah! Reencontre a Mariana e lhe mostre que nós conseguimos muito mais do que o parvo do Celso que a roubou de nós.

              E nesse futuro, o que você terá diante dos olhos? Finalmente uma guerra ou uma paz mundial, o mundo possível, ou o mundo que não terá mais jeito? Teremos uma sociedade perfeita, onde todos terão suas chances, ou nos entregaremos à barbárie, mesmo aquela envolta em fantasias, encoberta pela mentira? O que será?

              Desejo-lhe sorte, muita sorte, e que você tenha pavimentado nossos caminhos de forma que a vida não nos tenha sido dura. Você terá uma doença, estará doente quando nos reencontrarmos? Espero que não. Como seria ideal que você me respondesse esta carta e me dissesse o que evitar, o que fazer! Não seríamos injustos para com os outros. Apenas nos defenderíamos.

              Estranha esta nossa comunicação. Escrevemos para nós e somente as respostas ficarão congeladas no tempo, assim como as perguntas? Por favor, nos surpreenda.

              Um abraço.”

    Gostaria de te responder, mas não é possível. Apenas gostaria de dizer que a melhor caminhada não é aquela que chega ao seu final, mas aquela em que conseguimos olhar para os lados e guardar na memória as pessoas e as coisas que vimos e vivemos.

    Conseguimos quase tudo e Mariana ao meu lado sorri. Não, não somos engenheiros, temos filhos e os carros não voam. A única resposta que dou é que os nossos objetivos foram atingidos, um pouco diferentes, mas, me pergunto, do fundo da nossa alma: é isso que é ser feliz? Conseguir as coisas materiais, os amores? Não! A grande resposta está em caminhar. Não pavimentei nosso futuro da forma que você imaginou. Mas, ele foi feito de grandes histórias e, principalmente, de grandes desilusões. E como elas ensinam!!

    O medo, esse grande destruidor de sonhos, na verdade, é o motor da vida. Ele nos faz regatear, mas é temerário e nos faz ser corajosos. Você falou do nosso futuro, mas não falou do medo que nos impede de seguir adiante. A felicidade é a consciência dos nossos próprios limites. O medo nos dá os limites e, ao mesmo tempo em que nos baliza, nos mantendo em nossos limites, traz a felicidade do possível.

    Nilson Lattari
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    Roger Campos

    Jornalista

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  • VALENTE – Por NIlson Lattari

    VALENTE – Por NIlson Lattari

    Duas imagens me marcaram muito recentemente; as duas acima. Em países distantes, em hemisférios contrários, língua e cultura diferente, as mensagens exortam à valentia. A valentia contra inimigos poderosos, um uma força armada, ostensiva, outra uma força também poderosa, oculta. Ambas, no entanto, atrás de um balcão, de negócios, como se fundam as forças que obrigam as pessoas a serem valentes e não a viver simplesmente suas vidas comuns.

    Por trás da expressão apreensiva, até a expressão raivosa, uma amputação obriga as duas a lutarem. Por que não ser livre simplesmente ao se dirigir para casa, ou por que não ser livre simplesmente para respeitarem a casa onde se vive, onde nasceu?

    O dilema segue a toda força quando andar pelas ruas é tão perigoso quanto andar  pelo seu país. Medo do assaltante, do preconceituoso ou do misógino que nos agridem por uma sobrevivência, ou por seus ódios; quanto ao medo de um semelhante que acha que o outro tem que sobreviver de acordo com o seu modo de viver, por suposta sobrevivência, ou também por ódio. Dois seres que vivem confinados em pequenos espaços, pelo simples fato de serem, estarem e existirem ali.

    Até quando será necessária a valentia para conseguir coisas básicas? Fadil Abul Selmi morreu lutando com pedras, mesmo que sem as pernas para impulsioná-las, apenas a força do seu próprio corpo. Ao mesmo tempo, uma mulher desconhecida ostenta sua expressão agarrada a um cartaz que diz tudo, a própria condição de ser mulher e poder se dirigir, livremente, a caminho de casa.

    Devem existir horas em que ser valente cansa, ou o valente está simplesmente cansado de se imiscuir dos problemas, portanto, um valente é cansado sempre, mesmo quando caminha até sua casa, ou roda suas pernas até ela, em tempos de paz, ou em tempos de guerra.

    O que fica marcada é a valentia, a coragem. O que podem fazer cartazes empunhados em uma “calle” qualquer do mundo, e as pequenas pedras lançadas em uma funda bíblica em uma terra pedregosa e deserta? Para que se luta, ou até mesmo, por que temos que lutar por coisas que são básicas?

    O que falta para que nós possamos viver simplesmente?

    Resolvo trazer as valentias dos que enfrentam as forças policiais ou econômicas para o enfrentamento e a valentia do cotidiano. O que nos impede de fazer as pequenas coisas que nos dão prazer? Responsabilidades? Talvez sim. Mas a responsabilidade para com o outro, para com nosso ambiente tem um limite. Até quando precisamos tirar a liberdade de poder caminhar livre até os nossos desejos, realmente separando o que achamos que é profundamente necessário, e aquilo que pode ficar para depois, mais tarde, em troca de um pequeno prazer no dia a dia, até que as coisas consertem por elas mesmas. Os cartazes nas ruas exprimem nosso desassossego, mas não resolvem nada, as pedras, mesmo que atiradas com raiva, não resolvem os problemas. Se aqueles dois seres são capazes de serem valentes nos enfrentamentos, a valentia de romper com pequenas coisas deve ser mais fácil, ou nossa covardia é bem maior do que pensamos.

     

    Nilson Lattari

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  • O CERTO, O ERRADO E O DIVERTIDO por Nilson Lattari

    O CERTO, O ERRADO E O DIVERTIDO por Nilson Lattari

              Acostumamos a dividir a vida entre o certo e o errado, esquecendo, os legisladores dos caminhos, aquilo que seria o certo ou aquilo que seria o errado. Homens de bem, e mulheres também, optam por definir uma atitude correta para que a sociedade siga o bom caminho. Resta definir o que seria um homem ou uma mulher de bem, e depois de conseguir tal conclusão, entregar a eles a definição do certo e do errado.

    Que coisa desgastante, definir em boas e bem traçadas linhas o que seria o certo e o que seria o errado! No meio do caminho, ou no fim dele, aparecem, simplesmente, aqueles que querem se divertir.

    Uma diversão é um acordo entre duas partes, desde que transgrida todas as leis, escondam-se entre quatro paredes, e definam entre si o que seria o certo e o errado de cada um. Diversão é fazer coisas certas ou erradas, em um perfeito casamento de interesses, no caso, divertimento.

    Temos o caso do casal que saiu fantasiado no carnaval, levando no ombro um filho fazendo as vezes do fiel amigo do Aladim. No caso, eles não estavam pensando no certo ou errado, estavam apenas querendo se divertir. Mas, fora das quatro paredes, o divertimento foi tachado de racismo.

    Bonnie e Clyde optaram por se divertir fazendo tudo errado, ou certo para eles, que queriam se divertir, e ao que tudo indica, fora das quatro paredes, deu tudo errado.

    Mas fazer a coisa errada, mesmo que pareça certa, recebe punição. O divertimento de alguns pode ser transgressão para outros, mesmo que lá no fundo estejam procurando a pessoa certa para fazer coisas erradas, e no fundo à procura de diversão.

    Esta diversão pode ser simplesmente dar asas ao instinto, e o que poderia haver de errado em duas pessoas querendo se divertir, e arcando com as consequências dos seus atos?

    Há limites para a diversão? Creio que sim. Afinal, a diversão de alguns não pode ser a tragédia para outros. E aí entramos na inserção daquilo que é certo, errado ou diversão.

    Muitos brigam por aquilo que acham certo, e como oponentes aqueles que lutam pelo errado como se fosse o certo. Nunca vão se divertir, mas eternamente brigarão.

    Na verdade, nada que existe pode ser certo ou errado, mas a diversão é o melhor caminho, entre muros, até porque uma boa chacoalhada na caretice da sociedade parece ser uma coisa divertida. O que estraga é a falta de esportividade.

    O consenso em fazer a coisa certa, muitas vezes valida o errado. Mas, o consenso em fazer a coisa errada não leva àquilo que é certo. Menos policiamento sobre a vida alheia facilita a diversão, diversão que causa inveja, muitas vezes, por aqueles que não acharam o par certo para, simplesmente, poder se divertir.

     

    Nilson Lattari

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  • “NEM TODA MENINA QUER SER BAILARINA” por NILSON LATTARI

    “NEM TODA MENINA QUER SER BAILARINA” por NILSON LATTARI

    Às vezes, ou muitas vezes, quer jogar futebol ou soltar pipas. E nem todos os meninos querem ser alpinistas, alguns querem ser cozinheiros, costureiros ou querem ser, simplesmente, um artista.

    Nem todos querem aceitar o futuro provável. As meninas gostariam de poder sair pelo mundo, e não, virar a atração turística das visitas, e o olhar orgulhoso do pai na sua filha prendada, e nem mesmo os homens serem sempre aqueles que entram sujos em casa, depois de uma briga ou de uma pelada bem enrascada, para orgulho da mãe que vê aquelas coisas de homem nas suas faces rosadas.

    Na vida quanto que se quer porque outra coisa não se pode ser, e quanto que se pode, e não se tem, porque não vão querer os pais, os amigos, os vizinhos, as tias e os tios desejando tanto: então, como podem ser o filho médico, a filha engenheira, ou o filho caseiro e a filha aventureira?

    Mulher é aquela que deve estar sempre dentro da caixa, e o homem aquele que sai dela e busca a aventura. Ou aquela que mantém os pés firmes no chão e, por vezes salteia, como a bailarina toda faceira. Ou aquele que deixa os pés irrequietos levá-lo até onde possam ir por vezes se aquieta, como a força e proteção que deve sempre na casa existir.

    Nem todos querem aceitar aquele projeto definido pelo patriarcado, nem todos querem seguir o projeto grandioso do pai, até porque o projeto é dele, aquele que construiu, e, portanto, quem pariu Mateus que o embale. E nem mesmo a mulher quer aceitar o projeto futuro de mãe, pode muito bem não sê-la e seguir a vida por outro caminho, abraçando outros filhos, frutos de projetos pensados, de mundos a descobrir, no imenso globo espalhados.

    Nem toda mulher quer ser bailarina de corpo e dança, mas a sair saltitando pelo mundo atrás de um sonho qualquer. Nem todo homem quer a aventura, mas apenas sentar em algum canto e ver o mundo passar devagar, e sem se importar para onde ele vai.

    Nem todo futuro provável é bom para alguém, porque o grande mistério da vida é ser improvável. É como se falar em liberdade, até que se conheça alguém, realmente, livre.

    Conhecendo a liberdade, talvez a bailarina volte de vez para o regaço, mas trazendo um outro tipo de dança, sem as marcações que definiram para fazer. Nem todo alpinista retorna disposto a subir por lugares íngremes, tentando tocar o céu, mas escalando as pautas de uma música, se agarrando às notas que estão ali penduradas.

    Nem todo alguém quer ser alguma coisa que definiram para ele. Nem todo alguém quer ter exatamente aquilo que pensam para ele, nem todo alguém faz as coisas determinadas para ser, mas, talvez, as faça de uma maneira diferente de ser, sendo levado pelas mãos de uma bailarina interna, que não para de dançar, ou por um alpinista que chega exausto ao cume, sem se preocupar em sair do lugar em que está.

    O Autor

    Nilson Lattari é carioca e atualmente morando em Juiz de Fora (MG). Escritor e blogueiro no site www.nilsonlattari.com.br e facebook/blogdonilsonlattari. Vencedor duas vezes no Prêmio UFF de Literatura 2011 e 2014 e Prêmio Darcy Ribeiro – Ribeirão Preto e, 2014. Finalista em livro de contos no Prêmio SESC de Literatura 2013 e em romance no Prêmio Rio de Literatura 2016. Menções honrosas em crônicas, contos e poesias. Foi operador financeiro, mas lidar com números não é o mesmo que lidar com palavras. Ambos levam ao infinito, porém em veículos diferentes. As palavras, no entanto, são as únicas que podem se valer da imaginação para um universo inexato e sem explicação.

    Agora também é colunista do Conexão Três Pontas.

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