De volta à Copa do Mundo após 36 anos, Cueva não conteve a emoção após desperdiçar o pênalti no fim do primeiro tempo e foi para o intervalo aos prantos. Guerrero e outros companheiros tentaram consolar o meio-campista do São Paulo, que até tentou se redimir na etapa complementar, mas não teve muito sucesso.
Já a Dinamarca ganhou confiança para o restante da fase de grupos. Ciente do favoritismo da França, o time entrou em campo neste sábado ciente da importância de vencer o Peru, principal concorrente pela segunda vaga para as oitavas de final no Grupo C, e fez o dever de casa.
O Peru volta a entrar em campo na próxima quinta-feira, quando encara a França, em Ecaterimburgo, às 12h (de Brasília). A Dinamarca volta a jogar no mesmo dia, um pouco mais cedo, às 9h, contra a Austrália, em Samara.
No outro jogo do grupo, com uso da tecnologia, a França bateu a Austrália.
PRIMEIRO TEMPO
Reestreando em Copas do Mundo após 36 anos, a seleção peruana começou a partida com bastante ímpeto e foi quem mais ameaçou nos primeiros minutos. A Dinamarca, por sua vez, conseguiu lidar com a pressão, obrigando os adversários a terem de arriscar de longa distância devido à falta de espaço no setor ofensivo. Aos sete, Yotún bateu da intermediária, obrigando Schmeichel a fazer a defesa. Depois, foi a vez de Carrillo fazer o arqueiro rival trabalhar.
Ainda que tenha sido melhor durante os primeiros 45 minutos, o Peru só foi pisar na área da Dinamarca aos 28, quando Farfán recebeu passe açucarado após Cueva fazer o pivô, porém, justo na hora que finalizou acabou sendo travado por Kjaer, que deu o carrinho no tempo certo para evitar o arremate promissor do sul-americano.
O lance capital do primeiro tempo, contudo, só aconteceu aos 43 minutos, pouco antes de as equipes irem para o intervalo. Cueva recebeu dentro da área, driblou o adversário, mas acabou derrubado. Depois de mandar o jogo seguir, o árbitro acabou optando por consultar o árbitro de vídeo, voltou atrás, e marcou a infração a favor do Peru. O próprio camisa 8 foi para a cobrança, porém, chutou por cima do travessão e na saída para os vestiários não resistiu, indo às lágrimas por conta do seu chute falho. Não bastasse a pressão dos peruanos, a Dinamarca também teve de lidar com a saída de Kvist, que se machucou após dividida com Farfán e deu lugar a Schone. E foi justamente o atleta que entrou no decorrer da partida que pôde mudar um pouco a dinâmica da disputa, assustando o goleiro Gallese pela primeira vez, de fato, aos 38 minutos, quando aproveitou o rebote da cobrança de falta de Eriksen, que explodiu na barreira, para mandar de primeira para o gol e obrigar o arqueiro rival a fazer a defesa em dois tempos.
SEGUNDO TEMPO
No início da etapa complementar quem deu o tom da partida foi a Dinamarca. Ciente do abalo emocional dos adversários após o pênalti perdido pouco antes do intervalo, os europeus partiram para cima da seleção peruana, mas esbarraram nas limitações técnicas do time. Somente aos 13 minutos as coisas, enfim, deram certo para o time de Eriksen, Schmeichel e companhia. Poulsen recebeu na ponta esquerda, livre, invadiu a área e tocou na saída do goleiro Gallese, abrindo o placar em Saransk.
Em desvantagem, a seleção peruana reagiu pouco tempo depois. Cueva saiu em contra-ataque e acionou Flores na esquerda, que, por sua vez, bateu de primeira, cruzado, forçando Kasper Schmeichel a fazer ótima defesa e provar que não está sob a meta dinamarquesa somente por ser filho de Peter Schmeichel, um dos melhores goleiros de sua geração.
Tentando de qualquer maneira buscar ao menos o empate, o técnico Ricardo Gareca acabou recorrendo a Guerrero, que iniciou o confronto no banco de reservas. O maior artilheiro da seleção peruana, com 34 gols em 88 jogos, não precisou de muito tempo para empolgar a torcida sul-americana, em peso na Arena Mordóvia. Aos 19 minutos, o atacante do Flamengo recebeu cruzamento na medida e cabeceou firme, com perigo, mas a bola acabou nas mãos de Schmeichel.
Um pouco mais tarde, aos 33 minutos, Cueva fez boa jogada individual pela esquerda e Guerrero ficou com a sobra. De costas para o gol, o atacante resolveu finalizar de calcanhar, mandando rente à trave esquerda do goleiro adversário, que só acompanhou. Já aos 38 foi a vez de Farfan receber rasteiro na entrada da área e bater de primeira, vendo Schmeichel fazer outra excelente defesa, agora com o pé direito.
Diante da forte presença da seleção peruana no campo ofensivo, a Dinamarca apostou no contra-ataque como forma de matar o jogo e quase fez o segundo aos 42 minutos com Eriksen, que saiu na cara do goleiro, mas, ao contrário de Poulsen, não conseguiu estufar as redes, sendo bloqueado pelo arqueiro rival. Assim, coube aos europeus se segurarem nos instantes finais para saírem de campo com os três pontos.
FICHA TÉCNICA
PERU 0 X 1 DINAMARCA
Local: Arena Mordovia, em Saransk (RUS)
Data: 16 de junho de 2018, sábado
Horário: 13h (de Brasília)
Árbitro: Bakary Gassama (GAM)
Assistentes: Jean Claude Birumushahu (BDI) e Abdelhak Etchiali (ALG)
Gols: Poulsen, aos 13 minutos do 2ºT (Dinamarca)
Cartões amarelos: Delaney e Poulsen (Dinamarca); Tapia (Peru)
PERU: Gallese; Advincula, Rodriguez, Ramos e Trauco; Tapia (Aquino) e Yotun; Carrillo, Cueva e Flores (Guerrero); Farfan (Rui Díaz)
Técnico: Ricardo Gareca
DINAMARCA: Schmeichel; Dalsgaard, Kjaer, Christensen (Jorgensen) e Stryger; Kvist (Schone), Eriksen e Delaney; Poulsen, Jorgensen e Sisto (Braithwaite)
Técnico: Age Hareide
Fonte Yahoo Esportes
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Roger Campos
Jornalista
MTB 09816
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