Cansado de ganhar pouco, de trabalhar para os outros e farto de uma depressão que não queria ir embora, um brasileiro decidiu se reinventar.José Humberto Amaral, largou tudo, investiu no sonho dele e agora virou o Beto Brigadeiro.

Natural de Ouricuri, em Pernambuco, o pai de família de 54 anos, sem curso superior, começou a fazer os doces em casa e vender pelas ruas de Petrolina e Juazeiro.

Divorciado e pai de uma filha, Beto disse ao SóNotíciaBoa que no início a família achou que ele “estava ficando louco” por ter abandonado o emprego com carteira assinada.

Mas o que o empreendedor queria, na verdade, era ser feliz, ganhar o próprio dinheiro fazendo o que gosta e alegrar a vida das pessoas.

Ele começou a vender brigadeiros em fevereiro, quando saiu do emprego com carteira assinada. Só que aí veio a pandemia e tudo parou.

No mês passado, Beto Brigadeiro arregaçou as mangas e decidiu que era hora de voltar às ruas novamente pra vender os docinhos.

Alegria

Ele conta que além do brigadeiro delicioso que faz, ele trabalha com alegria e tem estratégias de venda pra chamar a atenção e agradar aos clientes nas ruas.

Quando vê um casal ele brinca: “casal de namorado, beijo fica mais gostoso com brigadeiro!”.

Ao encontrar uma turma bebendo em algum bar ele diz: “olha a glicose!”.

Depois que chama a atenção pela simpatia, Beto mostra os lindos brigadeiros e aí conquista o cliente pelos olhos.

“Eu gosto de vender na rua. Sou comunicativo. Vou na orla de Petrolina, nos restaurantes, bares, vendo nas residências, para quem está na calçada…”, contou.

Faturamento

Beto vende cada brigadeiro, de tamanho médio, por R$ 2.

Ele revelou que proporcionalmente, já tira mais do que recebia antes, trabalhando como garçom e no comércio da cidade.

“Ontem vendi das 17h até às 21h. Tirei pouco mais de R$ 40 livres, tirando tudo que gastei”, comemorou.

Fazendo as contas, em 30 dias, ele poderá tirar R$ 1.200 no fim do mês. Mas o empreendedor já faz planos para dobrar o faturamento.

Investimento

Beto contou que vai fazer um investimento de R$ 350 pra trocar a vasilha que carrega hoje, com 40 brigadeiros, para um tabuleiro bonito, vistoso, com capacidade para 100 docinhos.

“Hoje eu ando com uma vasilha pequena na mão, mas já encomendei um expositor de brigadeiro, um tabuleiro que fica pendurado no pescoço pra andar com ele na frente do corpo, com guardanapos e álcool em gel para os clientes”, disse.

Pra alavancar o negócio ele também está usando a tecnologia. Beto Brigadeiro ganhou de presente uma página no Instagram, feita pela amiga Maisa Marla. Quem clica lá vai direto para o WhatsApp dele para fazer encomendas.

Depressão

Hoje, conversando com Beto, a gente até esquece que teve depressão.

A animação do vendedor com o negócio mostra que a doença foi engolida pela alegria da liberdade e pelo poder ganhar o próprio dinheiro.

Fonte Só Notícia Boa

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Roger Campos

Jornalista

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