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  • MEDIOCRIDADE COTIDIANA por Juarez Alvarenga

    MEDIOCRIDADE COTIDIANA por Juarez Alvarenga

    Nosso repertório vivencial é extremamente repetitivo. O que acontece é que a monotonia emplaca em nossa rotina. Por isto temos que ser cientistas vivenciais para construir um cotidiano interessante.

    Resumir o cotidiano em trabalhar, comer e dormir é muito pouco para a grandeza humana. Tem que haver pelo menos um gol de Neymar ou um verso de Fernando Pessoa para entreter ou enfeitiçar nossa existência. Sei que a vida não se resume num Mineirão cheio, é também o Mineirão cheio. E quem está lá deve assim pensar, pois temos uma realidade que bifurca em duas realidades: uma leve e uma ruim. Impregnar na realidade ruim é como construir um canal que nos leva ao inferno psicológico. Libertar desta realidade e pousar na realidade leve é ter acesso à chave da felicidade quase eterna.

    Para ser feliz dentro do cotidiano é necessário suplantar a monotonia e encaixar no dia-a-dia a continuidade de facetas de sonhos que concretiza lentamente dando vida no quase parasitismo cotidiano.

    Colorir a parede encardida da rotina é para nós pintor da existência tarefa primordial ao levantar da cama para o campo de guerra. Não devemos ser mutilados de motivação, devemos sim traçar planos e inserir ações para suas concretizações.

    Nosso dia-a-dia deve sempre ser um ponto de partida. Se tornar um ponto de chegada pode fazer a pessoa ser metralhada inteiramente pela desmotivação, imobilizada para dar sequência a uma vida fortificante e brilhante.

    Se você foi captado pela mediocridade cotidiana e está aprisionado a um abismo profundo e escuro lembre que só sairá deste lugar olhando a vida com leveza, pois só chegamos às alturas voando e só voamos se nossa alma tem a leveza dos pássaros e força dos leões para agarrar a felicidade com firmeza dentro da monotonia cotidiana.

    Juarez Alvarenga é Advogado e Escritor

    R: ANTÔNIO B. FIGUEIREDO, 29

    COQUEIRAL    MG

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  • OS SONHOS, ESSES SONHOS Por NILSON LATTARI

    OS SONHOS, ESSES SONHOS Por NILSON LATTARI

    O que a violeta sonha? Esse pensamento me passou quando estava na janela do meu quarto e, na varanda em frente, uma violeta oscilava no vento, debruçada do seu vaso de cerâmica, finamente decorado com motivos marajoaras, com seus desenhos negros realçados.

    Não sei se pensava no que a violeta sonha ou os sonhos que embalavam a ilustre proprietária daquele arranjo de flores: minha vizinha. Na verdade, pensava nela, e olhando a violeta, levemente iluminada pela luz branda que vinha da sala, pensava quantas vezes as suas mãos a tocara, quando a regara pela última vez, sua ida até a uma bica trazendo o líquido em qualquer recipiente e despejando na terra seca.

    Meu cigarro expandiu uma brasa, iluminando o meu rosto, ardente sob a forte aspiração de ar dos meus pulmões. Minha vizinha, por diversas vezes, em conversas informais no elevador, deu a entender sua repulsa aos fumantes. Eu, cinicamente, neguei tal vício. Pelo seu olhar deduziria que eu era um mentiroso? Escondi as mãos rapidamente com medo que ela identificasse algum sinal amarelo nos dedos. Falei baixo, um pouco na direção do chão para que não sentisse algum cheiro; fiquei com raiva de mim mesmo.

    Mas eu adorava flores! Sempre gostei. Minha vizinha nunca a vi na varanda. Minto. Algumas vezes eu a vi e elogiei sua violeta. Contou-me toda a história, de que fora um presente dado por um parente (receei ter sido de um namorado; homens dão vasos de flores de presente? Pensei).

    Minha varanda ficava do outro lado e a janela do seu quarto ficava ao lado de algum sortudo. Gostava de ficar ali admirando a violeta vizinha, na esperança de que a sua dona viesse visitá-la. Dei sorte, algumas vezes, e entabulávamos uma conversa qualquer e escondia rapidamente o cigarro.

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    É fácil perceber que eu tinha uma queda por ela. Era bonita, bem bonita. Motivo de alguns comentários nas reuniões de condomínio, principalmente do Bonilha que morava no primeiro andar. Quando nos encontrávamos, os três, no elevador, o Bonilha, um chato, logo era defenestrado no primeiro andar. Algumas vezes ele fazia uma tentativa de me visitar, um pretexto qualquer, e eu sabia o porquê, me fazia de desentendido, o que muito o desgostava, e fazia a Luciana, esse é o nome dela, dar boas risadas depois.

    O que sonha Luciana quando dorme? O mesmo que a violeta, toda linda, perfeita, dançando ao sabor do vento na sacada, com uma pele aveludada que muitas vezes me fez a tentativa de acariciá-la, pensando na maciez da sua pétala, a mesma maciez da pele de Luciana?

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    A última vez que subimos no elevador ela me disse admirada que havia uma varanda coalhada de flores, e de quem seria? Eu disse para Luciana que era a minha. Ela, admirada, manifestou o desejo de conhecê-la.

    Eu, rapidamente a convidei, mas pedi alguns instantes, e ela riu, jogando o seu rosto de vastos cabelos para trás. Ela conheceu minha varanda, se apaixonou pelas minhas plantas, enquanto eu procurei ao máximo disfarçar o meu cheiro de cigarro. Luciana passou a noite em minha casa e eu agora estou na janela do meu quarto enquanto ela dorme em minha cama. Na janela, eu olho para a violeta na sua varanda e fico pensando o que as violetas sonham quando sua dona está ausente?

     Nilson Lattari é Escritor

     

     

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    Roger Campos

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  • TEMPO DA VIDA por JUAREZ ALVARENGA

    TEMPO DA VIDA por JUAREZ ALVARENGA

    Contemplar o tempo é elevar a si mesmo. Sua sabedoria contida é como uma biblioteca, com exemplares a nossa disposição.

    É no tempo que está nosso estigma e é com ele que construímos nossa história.

    A obediência ao tempo da vida chega a nos escravizar, mas é com ela que libertamos das senzalas promiscuas, como os pássaros da gaiola, a procura de conquistas inteligentes.

    Em toda história humana há cicatrizes que insistem em perpetuar no tempo, porém com o seu decorrer vai deteriorando lentamente.

    Brincar com o tempo é como a noite estrelada que brinca com o dia solar, disputando quais dos mundos é mais mágico, pois em ambos, a alma vaga sorrateiramente, em busca de alento ou luta humana.

    Na adolescência, a vida cristalina flui, velozmente, impedido qualquer obediência aos ditames do tempo. Da vida acarretando volumosos erros primários.

    Chega a maturidade, quando transferimos, para a vida a condução do tempo, nos arredores de nossa alma sabia.

    O tempo, no pico da juventude, é autoritário e inconsequente por nascer de nosso instinto. Na maturidade é sábio e consequente, nasce de nossa obediência aos ditames do bom senso.

    Se você é dessas pessoas, que acredita que o tempo da vida é sonolento, que parece ar de roça às três horas da tarde numa fazenda colonial, descubra que desta mansidão que saem atos inteligentes e sábios.

    O tempo da vida é contrário a alta velocidade, submete-se as batalhas diárias, é monótono, porém sábio.

    Se na atualidade, acha que o tempo da vida está parado, digo-lhe que é como um jogo de futebol, em que as emoções estão reservadas para os minutos finais, e, que o gol da vitória, sairá da sua preparação diária, juntamente com a contemplação proporcionado pelo tempo da vida, em sua história intima.

    Juarez Alvarenga é Advogado e Escritor

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  • ONDE ESTÁ O DIFERENTE? – Nilson Lattari

    ONDE ESTÁ O DIFERENTE? – Nilson Lattari

    Há bem poucos anos, pessoas viajavam pelo mundo e traziam, de outros lugares, amuletos, quadros, lembranças que lhes atraíam pelo exotismo e pelo que não sabiam da existência. E não era com surpresa e admiração que para aqueles a quem elas exibiam a comprovação das suas viagens, os objetos, as fotos, as imagens de outros povos mais do que acentuavam a curiosidade, a vontade de conhecer e principalmente entrar em contato com o diferente. E o que era ou é o diferente? O que você imaginava ou imagina, aquilo com quem você entrava ou entra em contato e surpreende. Mas, como é hoje o ser diferente?

    Com a rapidez das comunicações, principalmente a rede de computadores, a língua, barreira para o conhecimento das diferenças e dos porquês, tende a desmoronar. O Google Tradutor, a língua oficial do mundo, aproxima povos, e mostra que o diferente não é o diferencial da humanidade, mas cada vez mais o outro em sua plenitude de igualdade. Ser igual não é ter a mesma identidade, e ser diferente não deve implicar em existir a superioridade sobre uma suposta inferioridade.

    A internet estabelece, como o instrumento moderno de aproximação dos homens, o canal da identidade, da procura pelo diferente. Com o mundo globalizado as diferenças diminuem com os povos adotando formas de comportamento de outros, criando células comportamentais em culturas diferentes, como, por exemplo, membros de uma comunidade que resolvem adotar uma religião oriental, mesmo que a maioria seja cristã. Comportamentos alimentares, estranhos em uma comunidade, como vegetarianos, veganos e outros. O que é ser diferente, no mundo de hoje, se a procura do ser humano pelo diferente se extingue com a aproximação entre os povos?

    Ele talvez esteja no oculto. Naquilo que não podemos tocar, cheirar, ver, ouvir. Está no imaginário, está na crença de que existe algo mais, além dos nossos sentidos normais de perceber o então diferente no fazer humano, como o objeto, o perfume, a essência, o visual não conformado com os nossos hábitos, com a música, o instrumento de composição além dos nossos sons do dia a dia.

    Em um mundo tão supostamente em busca da igualdade, onde os indianos em suas vestes tradicionais se misturam aos jeans ocidentais, e os paladares exóticos do oriente se ambientam em nossas mesas, a busca do diferente continua, dessa vez naquilo que a ciência não consegue explicar, mas que não deve ser cega diante da falta de religião, ou da religião que paralisa porque se recusa a aceitar que tudo aquilo que a ciência pode explicar é factível de existir, como já disse Albert Einstein.

    Com o tempo, e o crescimento dos sentimentos de hostilidade entre classes, o diferente passou a estar nos portadores daqueles que acreditam na igualdade, fraternidade; o diferente passou a ser o que procura ser igual

     Nilson Lattari é Escritor

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  • SOMOS TÃO JOVENS por Nilson Lattari

    SOMOS TÃO JOVENS por Nilson Lattari

    Somos tão jovens quando lembramos o tempo que passou, em contradição com Renato Russo. Somos tão jovens quando lembramos nas conversas de que na nossa época tudo era melhor, mais respeitosa, as pessoas se gostavam mais, o mundo era mais seguro. Estamos certos em fazer estas afirmações ou apenas repetimos nossos pais, que nos respondiam da mesma forma quando queriam fazer alguma crítica sobre os nossos estilos de vida?

    Somos tão jovens, mas, ao mesmo tempo, somos tão nossos pais, repetimos romanticamente o que, porventura, não era tão seguro e romântico assim. Jovens são aqueles que procuram o discurso novo, procuram a sua identidade no mundo, buscando o novo, quando o novo nada mais é que uma pequena mudança no antigo, mas de amplo significado.

    O novo nos assusta, como quando ele parte dos jovens que se lançavam pelos shoppings a praticar um rolezinho. São jovens na crítica, na busca da sua identidade? Que identidade é essa que passeia pelos centros de consumo?

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    Inseguros em um mundo cada vez mais inseguro, esquecemos que, jovens, usamos camisetas vermelhas, lambretas, depois o rock e os cabelos longos a passear pelas cabeças de jovens, ditos transviados, juventude rebelde, rebeldia em massa, amor livre, etc, hoje cortes com desenhos nas cabeças, danças sensuais, bebedeiras.

    Nunca fomos tão jovens, refundados nas clínicas de estéticas, sob os bisturis dos médicos, com promessas mirabolantes de um retorno a um mundo passado e perdido no tempo. Temos o nosso próprio tempo, por isso dissemos: “no meu tempo, na minha época tudo era diferente”. Como diferentes eram as épocas dos nossos pais, que repetiam esse mesmo discurso, quando queriam demonstrar alguma lição, lição para jovens com cabeças vazias de velhos discursos, e prontos a aceitar as novas ideias, ideias que cada um, nas suas juventudes, vão criando e recriando.

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    Todos os dias relembramos o tempo que passou, que não retorna, apenas devemos ser jovens para curtir e usar o tempo que está por vir, com as

    mudanças, nem sempre tão novas, algumas carregadas de velhos discursos como nossos pais.

    Vivemos, hoje, um paradoxo, quando ouvimos jovens, bem jovens, repetindo sem pensar as coisas velhas que tentamos esquecer, como se fosse moda falar coisas velhas achando que estão a avançar.

     Nilson Lattari é Escritor

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  • E SE CAPITU FALASSE? Traiu ou não traiu? Uma pergunta ou um fetiche? Por Nilson Lattari

    E SE CAPITU FALASSE? Traiu ou não traiu? Uma pergunta ou um fetiche? Por Nilson Lattari

    Nossos feeds de notícias, frequentemente, publicam um feminicídio no país. Homens assassinam suas ex-mulheres, basicamente, para livrar-se de alguém que “atrapalha” as suas felicidades ou então para “atrapalhar” a vida de alguém que quer seguir a sua. Nesse sentido, podemos dizer que felicidade é uma palavra com vários motivos. Todos têm o direito de seguir suas vidas, desde que não atrapalhem a vida do outro.

    Por que Capitu, a personagem de Dom Casmurro, de Machado de Assis, entra nessa história?

    Bem. Desde os tempos do colégio, ao estudar literatura, até entrar na universidade, a pergunta sempre corriqueira e mundana era, ou é: Capitu traiu ou não traiu Bentinho, o personagem que se tornou Dom Casmurro, sozinho, pensando e debatendo dentro de si se Ezequiel era o seu filho e não de Escobar, seu dileto amigo?

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    Hoje, penso que sempre houve uma interpretação, a partir do olhar do parceiro ciumento, do casal que somente engravidou quando os casais amigos, no caso Escobar e sua mulher, passaram a conviver com assiduidade.

    Afinal, Capitu traiu ou não traiu? Existe pergunta mais machista do que essa? A pergunta não seria uma forma de sapatear sobre o corpo ou a imagem de uma mulher, estrategicamente afastada pelo autor, em algum lugar distante, sem direito de defesa?

    Uma mulher sendo colocada no palco da suspeição, abandonada no exterior para viver sozinha até sua morte. Caberia perguntar ao nosso nobre Machado, por que não perguntou à própria se cometeu o adultério ou não? Machado praticou um feminicídio, sem direito de defesa?

    Claro, o autor coloca a questão de Bentinho não ter conseguido engravidá-la até que os casais amigos se visitassem. E a pulga se postou atrás das orelhas de quem se diverte em fazer essa pergunta ao distinto público, como uma arte de zombar da suposta arte da mulher saber esconder seus crimes.

    Capitu foi morta sem o mesmo direito de defesa com que se cometem feminicídios pelo país. No fundo, não seria uma arte de expor machismos, baseados na desconfiança ou na falta de confiança dos homens em si mesmos? Bentinho via no rosto de seu filho os traços da traição. Via? Ou imaginava o que via, como uma forma de vingar-se da sua falta de maturidade.

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    Muitos homens descontam nas mulheres suas fraquezas. Os que são fortes sofrem porque não tomam nenhuma atitude extremada, apenas aceitam o que o destino lhes impôs

    e tentam retomar suas vidas; e que chorar um pouco não faz mal a ninguém. Os fracos? Bem, praticam suas fraquezas.

    Por que uma mulher não pode ficar com um homem e amá-lo, apesar de suas fraquezas, e por que um homem não liberta uma mulher, se deseja se mostrar forte para outras, já que para uma mulher única não acha suficiente?

    Capitu, uma mulher independente e determinada, que usou todas as artimanhas que sabia para livrar Bentinho de se tornar padre, conforme o desejo da mãe dele, por que usaria alguma coisa assim, uma forma de trair a quem sempre quis bem, justamente com seu amigo que usou um argumento para, também, ajudar a livrar Bentinho do sacrifício?

    A pergunta deveria mudar: Não seria se Capitu traiu ou não? Mas, afinal que homem era esse Bentinho, que foi ajudado por muitos e começou a ver fantasmas?

    Quem ama não mata? Bentinho, realmente, amava Capitu?

    Com a palavra, Capitu.

     Nilson Lattari é Escritor

     

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  • ENTENDA O QUE DIZ A LEI SOBRE IMÓVEL COM VÍCIO OCULTO (“DEFEITO OCULTO”) – Dr. Gabriel Ferreira

    ENTENDA O QUE DIZ A LEI SOBRE IMÓVEL COM VÍCIO OCULTO (“DEFEITO OCULTO”) – Dr. Gabriel Ferreira

    Comprou um imóvel com vícios ou defeitos ocultos e não sabe o que fazer? Leia este artigo e entenda o que você pode fazer para resolver o problema!

    Não é novidade que ter um imóvel é um sonho para a maior parte dos brasileiros. Segundo pesquisas recentes, um imóvel tem até mais valor para as pessoas do que ter filhos, e conseguir a segurança financeira ganha também da religião. No entanto, você pode identificar problemas depois da compra. NESSE CASO, O QUE FAZER QUANDO SE COMPRA UM IMÓVEL COM VÍCIO OCULTO?

    A primeira coisa que você precisa saber é o significado de um imóvel com vício oculto. Em seguida, é importante compreender o que diz a lei, quais os prazos e responsabilidades na situação. Além disso, você deve saber o que fazer diante do problema.

    Por isso, para ajudar você e não deixar que o seu sonho de ter um imóvel próprio se transforme em um pesadelo, nós criamos este artigo. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!

    O que é um imóvel com vício oculto?

    Você já comprou alguma coisa que aparentava estar em perfeitas condições, mas depois de algum tempo de uso começou a notar problemas? Por exemplo, imagine que você tenha comprado um notebook e depois de uns dias percebeu que uma determinada tecla às vezes funciona, às vezes não funciona.

    Isso é um exemplo do que chamamos de vício oculto, que nada mais é do que um vício que não é de fácil detecção à primeira vista. No imóvel isso pode ocorrer de diversas formas.

    Um exemplo clássico é a infiltração. Você só conseguirá perceber o problema com passar do tempo ao verificar fatores como manchas no teto, mofo, pintura descascada, e até mesmo, água escorrendo pelas paredes. Em todos os casos, os problemas só poderão ser vistos depois de algum tempo de uso.

    A primeira coisa que precisamos fazer é entender quando é aplicado o Código de Defesa do Consumidor (CDC) ou o Código Civil. O CDC é aplicado quando o imóvel é comprado de um fornecedor, ou seja, uma empresa que faça isso de forma recorrente. Esse é o caso de construtoras, imobiliárias, empreiteiras e incorporadoras.

    Já para casos onde o imóvel é comprado de uma empresa ou pessoa, que não tem como atividade principal a venda de imóveis, é aplicável o Código Civil.

    Dessa forma, se a pessoa que comprou o imóvel não tiver feito isso com a finalidade de morar (que é o caso de comprar para alugar), aplica-se o Código Civil. Caso contrário, aplica-se o CDC.

    O que diz a lei sobre imóvel com vício oculto?

    O artigo 441 do Código Civil, bem como os seguintes, dão detalhes das ações possíveis, assim como os prazos. Em suma, ao identificar um problema oculto é possível realizar dois tipos de ações:

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    AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL E INDENIZATÓRIA: esse é o ato de pedir a rescisão do contrato com a devolução do valor pago e indenização pelos danos causados;

    AÇÃO COM OBRIGAÇÃO DE FAZER: nesse tipo de ação é pedido que a construtora efetue os reparos necessários, que pode ser cumulada com a indenização pelos danos causados.

    Caso o vendedor tenha ciência do problema, também é possível solicitar indenização por danos morais e materiais, de acordo com artigo 206, § 3º do Código Civil. Mas é preciso ficar atento aos prazos, pois dependendo do tipo do problema os prazos podem variar.

    CONTINUE A LEITURA E VEJA MAIS DETALHES SOBRE ESSE TÓPICO!

    QUAIS OS PRAZOS PARA TRATAR ESSE PROBLEMA?

    Os prazos para tratar as questões podem variar de acordo com cada situação. Em resumo, temos três tipos de problemas: relativos à perfeição da obra, segurança e solidez e a metragem do imóvel.

    PERFEIÇÃO DA OBRA

    Para problemas de mal acabamento e outros tipos de imperfeições ocultas no imóvel o prazo é de até 1 ano. Este prazo passa a contar no momento em que o imóvel é recebido. Entre as situações que podem se enquadrar neste tipo de vício oculto no imóvel estão:

    entupimentos;

    falta de impermeabilização da laje;

    uso de gesso ao invés de laje.

    Em alguns casos muito específicos, há situações em que é quase impossível identificar o problema antes que ocorra algum sinal, como rachaduras causadas em virtude de passagem de lençol freático por baixo do imóvel. Nesse caso, o prazo de um ano passa a contar no momento da descoberta do problema.

    SEGURANÇA E SOLIDEZ

    Se o problema for relacionado a segurança e a solidez do imóvel, então utiliza-se como base o artigo 618 do Código Civil, que prevê uma garantia de 5 anos. Isso significa que é preciso identificar o problema até esse período.

    Após o problema ficar evidente (e respeitando o prazo acima), é possível propor uma ação em até 180 dias para ação redibitória (solucionar o defeito), ou até 3 anos para ação indenizatória.

    METRAGEM DO IMÓVEL

    Em resumo, digamos que acontece quando depois de comprar o imóvel você identifica que ele não possui as características descritas na escritura. Esse problema pode ser em relação a área do terreno, área interna ou externa do imóvel, como pé-direito.

    Um detalhe importante é que para configurar esse problema, a diferença deve ser maior ou igual a 5% da medida total. Quanto ao prazo para realizar a ação é de 1 ano após o recebimento do imóvel.

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    DE QUEM É A RESPONSABILIDADE E QUEM DEVE ARRUMAR?

    Se o vício oculto do imóvel for relacionado à perfeição da obra, pode-se responsabilizar tanto o vendedor quanto o construtor. Nesse caso é importante apresentar as provas. Mas se o problema envolver a segurança e solidez, nesse caso a responsabilidade é do construtor e não é necessário existir a comprovação.

    O QUE FAZER PARA RESOLVER O PROBLEMA?

    As alternativas para lidar com a situação, dependendo do problema, são:

    pedir a rescisão e solicitar a devolução dos valores;

    pedir o abatimento do valor que falta como forma de indenização para tratar o vício oculto;

    ou exigir o ajuste por parte dos responsáveis.

    Por fim, neste artigo você viu os principais pontos que a lei traz sobre o imóvel com vício oculto. Desde a sua caracterização, quando é aplicado o Código de Defesa do Consumidor ou Código Civil, o que diz a lei sobre isso, os prazos para tratar os problemas mais comuns, de quem é a responsabilidade e como resolver esse problema.

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    Estejam todos com Jesus!!!

    Gabriel Ferreira de Brito Júnior – OAB/MG 104.830

    http://gabrielferreiraadvogado.page/

    Trabalhou como Advogado na Sociedade de Advogados “Sério e Diniz Advogados Associados” por 13 anos, Especialista em Direito Civil e Direito Processual Civil pelo Centro Universitário Newton Paiva (2006), Graduado em Direito pela Faculdade de Direito de Varginha – FADIVA (2001), Oficial de Apoio Judicial (Escrevente) do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais por 10 anos (1996-2006), Conciliador Orientador do Juizado Especial Itinerante do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (ano 2004).

    Atuou como Presidente da Comissão de Direito Civil e Processo Civil da 55ª Subseção da OAB da Cidade e Comarca de Três Pontas/MG (triênio 2019 a 2021).

    Atualmente cursando Especialização em “LEGAL TECH, DIREITO, INOVAÇÃO E STARTUPS” PELA PUC/MG.

    PÁGINA FACEBOOK: https://business.facebook.com/gabrielferreiraadvogado/?business_id=402297633659174&ref=bookmarks

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  • PESADELOS E SONHOS por Nilson Lattari

    PESADELOS E SONHOS por Nilson Lattari

    E então acordamos suando frio, com aquela sensação de que ainda estamos voltando à realidade, lembrando de algo que aconteceu mas não está mais ali.

    Pesadelos têm vida curta e nos assustam, deixam um pressentimento, uma sensação de aviso, uma premonição. Sonhos maravilhosos também, na mesma medida nos encantam, nos embalam, e a sensação de que ele poderia ser realidade é um desejo que fica perdurando ao longo do dia.

    Assim como nos sonhos não podemos continuar vivendo, nos pesadelos a nossa presença não é desejada. O mundo real e o mundo irreal são assim, construídos de pesadelos e sonhos.

    Nos dividimos também entre esses dois mundos, dividimos assim nossos desejos de viver pesadelos e sonhos, e desejamos pesadelos e sonhos para outros.

    Sonhamos acordados e temos pesadelos também. Quando reconstruímos nosso passado, tentando inventar uma história possível, imaginando que trilhar aquele outro caminho tornaria nossa vida mais feliz; isso é um sonho, e pesadelo é tentar viver eternamente pensando que tudo poderia ser diferente, refugiado em um mundo de sombras.

    É mais fácil se refugiar no sonho do que no pesadelo. Mas o que há de aprendizado nos dois?

    Nos sonhos aprendemos que a vida é fácil, e ela funciona de acordo com nossos pensamentos e desejos. O pesadelo é a dureza da realidade, difícil concertar as coisas de modo que funcionem ao nosso gosto.

    Temos o gosto pelo sonho e também pelo pesadelo. E eles até combinam, quando o nosso sonho é causar o pesadelo em alguém. E nada como o pesadelo para estragar os projetos de alguém. O sonho é de cada um de nós, e o pesadelo também. Cada um de nós constrói a ponte entre eles e entre todos.

    Essa ponte tem o nome de solidariedade. Não existe pesadelo maior do que ver e não ter, não poder. Não ter é o pior pesadelo, a barreira para o sonho de todos. Há aqueles que são tão ricos que podem sonhar, mas os sonhos são pequenos, quando o que se tem é tanto que dá para conseguir quase tudo, e o medo de perder é um pesadelo. E há outros que são tão pobres que têm somente os sonhos. Trabalhar por eles é um pesadelo. Portanto, o pesadelo também é luta, e somente o sonho como objetivo torna essa caminhada mais leve.

    Para alguns, o caminho das pedras tem atalhos conhecidos, preparados por outros, instruídos por outros, e para o restante a caminhada é dura, desconhecida, e ficará marcada pelas lembranças.

    Quando sonhamos ou temos pesadelos temos lembranças, boas e ruins. São essas lembranças que unem os dois pontos. A lembrança da caminhada é que marca a personalidade no futuro. As cicatrizes são as marcas que nos avisam que no caminho sempre haverá pedras, e essas lembranças trazem a experiência. Para aqueles que não as têm a caminhada parece fácil, a ausência das quedas e a falta de cicatrizes podem tornar o caminho de retomada um pesadelo.

     Nilson Lattari é Escritor

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  • ONDE EXISTE A VIDA? – Nilson Lattari

    ONDE EXISTE A VIDA? – Nilson Lattari

    Há uma cena em um dos primeiros filmes de O Planeta dos Macacos, aquele primeiro, em que o personagem encontra no meio do deserto, da então destruída Terra, uma planta que teima em renascer. Às vezes, lembro-me da cena, quando ando pela cidade concretada e vejo uma planta tentando se erguer no meio da calçada, a despeito da passagem dos pedestres.

    Por outro lado, fui surpreendido, certa vez, com um vídeo no Youtube, em que um cego aparece tocando reggae com uma guitarra improvisada por ele, feita de uma lateral de uma lata, uma extensão com cordas esticadas. Com poucos acordes ele consegue tirar uma música audível, compreensível, acompanhada pelo embalo de sua voz.

    Vendo cenas assim, eu imagino como a criatividade humana é incrível. Outras vezes, vendo as cenas de mortandade de crianças na África, principalmente, e em outras partes do globo, nos colos de suas mães, fico a pensar que essa genética da criatividade é uma afronta aos poderosos de plantão, que se acham os donos das verdades. Olho as fotos, os vídeos e imagino que no meio daquela mortandade estaria morrendo o cientista que, no futuro, descobriria a fusão a frio ou a cura do câncer.

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    O maior patrimônio da humanidade é o próprio ser humano, a despeito de alguns terem a genética da destruição. Em tempos modernos, onde somente os consagrados são justiçados pelas pessoas, este mesmo mundo não olha com carinho para esses descobridores e inventores que morrem a céu aberto, teimosos na criatividade, a despeito das adversidades, demonstram que o que é bom vinga, o que é ruim é puro despeito e tende a morrer em breve.

    Fico pensando que a sociedade, assim como a natureza, não se defende, ela se vinga. Desprezamos a imaginação do povo, a quem damos o nome de cultura popular, como se ela fosse uma cultura à parte e não aquela que vai se transformar, no futuro, em uma nova criação cultural. É o mesmo desprezo que fazem com o Hip Hop, o Reggae e o Funk. A cultura do povo, fruto da imaginação não se defende, ela se vinga mostrando uma nova forma de cultura: ela resiste e floresce no concreto.

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    E o mesmo quando os poderosos teimam em dar ao povo pobre uma educação precária, inibindo o aparecimento de novos cientistas, até porque a genética do gênio, seja em que área for, não obedece à lógica do berço do bem-nascido, mas seria como uma metralhadora giratória que atira a esmo. Caindo no cérebro da criança pobre, que é desprezada por força da cor ou do gênero, é a sociedade se vingando do poderoso que padecerá da enfermidade que poderia ser curada se não fosse o egoísmo e o preconceito.

     Nilson Lattari é Escritor

     

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    Roger Campos

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  • HOJE QUE ESTOU PREPARADO PARA NASCER – JUAREZ ALVARENGA

    HOJE QUE ESTOU PREPARADO PARA NASCER – JUAREZ ALVARENGA

    A vida é um ciclo findável. Tem começo, meio e fim. De sua aurora, ao seu crepúsculo, sentimos uma metamorfose substancial.

    Nos primeiros anos, cabe a nós humanos, apenas o instinto dos sentimentos. É um vale, onde jogamos nossas sementes tênue e nossos pais, com carinho, cuidam de nossos primeiros passos. Vem então adolescência, cabem aos nossos pais soltarem as mãos, e, a vida com sua asperezas, as pegar. Criamos castelos, sem arquitetos e sem pedreiros, e nossa imaginação escala as montanhas das utopias inatingíveis.

    Finalmente, chega a maturidade, não mais saltamos de paraquedas, rastreamos nossas fantasias, tentando inserir no núcleo duro da realidade. Guiamos nossos caminhos, com racionalidade e inteligência. Por isso, nossas caminhadas tem os passos do bom senso e os resultados começam aparecer. Não existe mais trevo existencial. Quase sempre, a estrada que escolhemos, nos leva aos êxitos desejados.

    Hoje, com o embrião de criança e adolescente, transformamos sonhos em demasias em realidades consistentes.

    Por isso, acredito que hoje que estou preparado para nascer. Com a vida, dentro do meu quadrado, expulso quaisquer forasteiros que tenta invadir meu espaço, produzindo tempestades atemporais e ao alento.

    Resumindo, minha vida atual, é como o público católico nas missas das sete de manhã de domingo. Bem perto de Deus e longe das imperícias investidas da vida terrena.

    O público de domingo das missas, da sete da manhã são experientes e de cabelos brancos. Contaminado do vírus protetor, que impede a fragilidade psicológica e os problemas vivenciais, são enfrentados de frente, com racionalidade capaz de exaurir com facilidade.

    Por isso, hoje é que estou preparado para nascer.

    E, neste ciclo humano, sobrepuja que a sabedoria  vivencial, não nasce de pronto, mas de acordo com o avanço do tempo.

    O acerto é uma derivação das tentativas falhas, que acumulamos, no seu decorrer.

    As imperícias da vida existentes não causarão desastres fatais como antigamente.

    Juarez Alvarenga é Advogado e Escritor

    R: ANTÔNIO B. FIGUEIREDO, 29

    COQUEIRAL    MG

    CEP: 37235 000

    FONE: 35 991769329

    E MAIL: juarezalvarengacru@gmail.com

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  • DANOS MORAIS – NEGATIVAÇÃO INDEVIDA DO NOME – Dr. Gabriel Ferreira

    DANOS MORAIS – NEGATIVAÇÃO INDEVIDA DO NOME – Dr. Gabriel Ferreira

    Diversas situações envolvendo a negativação do nome do consumidor ensejam a indenização por danos morais.

    Entre elas pode-se destacar duas como as mais recorrentes: a primeira quando há o cadastro nos órgãos de proteção ao crédito (SPC, SERASA, ETC…) com base em uma dívida INEXISTENTE; e a segunda quando há a negativação de uma dívida legítima, ou seja, existente, MAS SEM A OBSERVÂNCIA ÀS LIMITAÇÕES IMPOSTAS PELA LEGISLAÇÃO CONSUMERISTA E PELA JURISPRUDÊNCIA DOS TRIBUNAIS.

    Neste contexto, adiante serão analisadas ambas as hipóteses.

    NEGATIVAÇÃO INDEVIDA DE CONSUMIDORES

    Não é raro, atualmente, nos depararmos com inscrições indevidas no cadastro de inadimplentes (SPC, SERASA, ETC…).

    Estas podem acontecer por diversos motivos, entre eles: falhas na identificação do pagamento pelos credores, cobranças indevidas correspondentes à serviços nunca contratados, ou até mesmo fraudes.

    Todavia, independentemente da situação que acarretou a negativação indevida, esta sempre será passível de indenização por danos morais, salvo em situações em que há culpa exclusiva da vítima ou exercício regular de um direito.

    Neste caso, ao contrário da regra geral extraída de nosso ordenamento jurídico, não é necessário demonstrar de forma concreta o dano sofrido em decorrência do cadastro nos órgãos de proteção ao crédito.

    Há posição pacífica dos Tribunais, que entendem pela incidência dos danos morais in re ipsa – ou seja, presumidos – nesta ocasião.

    Os danos morais in re ipsa são aqueles que não dependem de comprovação, justamente porque a demonstração da situação que gerou o dano já é suficiente para presumir a existência de um abalo aos direitos individuais da vítima.

    Neste ponto, vale destacar uma exceção ao supramencionado. Caso a o cadastro seja irregular, mas o negativado já possua inscrição de dívida legítima nos órgãos de proteção ao crédito, a nova inscrição, mesmo que indevida, não ensejará a condenação por danos morais. Apesar de haver divergência jurisprudencial sobre o tema, o entendimento foi concretizado a partir da Súmula 385 do STJ.

    Deste modo, conclui-se que além do pedido relativo à declaração de inexigibilidade do débito, o consumidor pode e deve requerer em juízo a condenação da Ré ao pagamento de danos morais, com exceção da hipótese de cadastro anterior legítimo, conforme mencionado.

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    NEGATIVAÇÃO LEGÍTIMA SEM OBSERVÂNCIA DOS ASPECTOS LEGAIS

    Nos casos em que há a existência da dívida, apesar da possibilidade de cadastro do devedor nos órgãos de proteção ao crédito, há situações em que a falta de observância à determinados aspectos podem gerar o dever de indenização ao consumidor.

    O primeiro caso diz respeito à negativação sem a prévia comunicação por escrito.

    A obrigatoriedade decorre da previsão legal contida no artigo 43, §2º, do Código de Defesa do Consumidor, o qual dispõe: “A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de consumo deverá ser comunicada por escrito ao consumidor, quando não solicitada por ele”.

    Neste ponto surge um questionamento: quem deverá comunicar o consumidor a respeito do cadastro nos órgãos de proteção ao crédito? Em um primeiro momento pode-se deduzir que seria dever do credor. Todavia, a Súmula 359/STJ prevê outro responsável: “Cabe ao órgão mantenedor do Cadastro de Proteção ao Crédito a notificação do devedor antes de proceder à inscrição”.

    Ou seja, caso o órgão mantenedor do cadastro seja o Serasa, como exemplo, caberá a este informar o consumidor antes de proceder à inscrição da dívida solicitada pelo credor.

    Neste caso, a ausência de comunicação prévia ensejará a condenação por danos morais, conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça. Vejamos:

    AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. CANCELAMENTO DE INSCRIÇÃO EM CADASTRO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. AUSÊNCIA

    “DE PRÉVIA NOTIFICAÇÃO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. ACÓRDÃO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE, FIRMADA EM JULGAMENTO DE RECURSO REPETITIVO. SÚMULA 83/STJ. REVISÃO DAS CONCLUSÕES ALCANÇADAS PELO COLEGIADO ESTADUAL. INVIABILIDADE. NECESSIDADE DE REVISÃO DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 7/STJ. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. 1. A ausência de prévia comunicação ao consumidor da inscrição do seu nome em cadastros de proteção ao crédito, prevista no art. 43, § 2º, do CDC, enseja o direito à compensação por danos morais, salvo quando preexista inscrição desabonadora regularmente realizada. Súmula 83/STJ. 2. A revisão da conclusão estadual – acerca da ausência da notificação prévia à inscrição do nome do consumidor no cadastro de proteção ao crédito – demandaria o revolvimento do acervo fático-probatório dos autos, providência inviável na via estreita do recurso especial, ante o óbice disposto na Súmula 7/STJ. 3. Razões recursais insuficientes para a revisão do julgado. 4. Agravo interno desprovido.”(AgInt no AREsp 1047894/RS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 22/08/2017, DJe 01/09/2017)

    O segundo aspecto a ser observado, o qual também enseja a reparação por danos morais caso não respeitado, está relacionado à observância do prazo máximo de manutenção da inscrição no cadastro de inadimplentes.

    O artigo 43, §1º, também do CDC, prevê que “os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas referentes a período superior a cinco anos”. A disposição ainda é ratificada pela Súmula 323 do STJ.

    Ou seja, depois de cinco anos contados a partir do vencimento da dívida, o cadastro torna-se ilegal e deve ser removido pelo órgão responsável, sob pena de indenização por danos morais.

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    Sobre o tema, a jurisprudência dos Tribunais também é pacífica e age em prol do consumidor caso o prazo prescricional da dívida seja inferior a 5 (cinco) anos:

    “RECURSO ESPECIAL. DIREITO DO CONSUMIDOR. BANCOS DE DADOS. PROTEÇÃO AO CRÉDITO. PRINCÍPIO DA FINALIDADE. PRINCÍPIO DA VERACIDADE DA INFORMAÇÃO. ART. 43 DO CDC. PRAZOS DE MANUTENÇÃO DE INFORMAÇÃO NO CADASTRO DE INADIMPLENTES. PRESCRIÇÃO DA DÍVIDA. TERMO INICIAL. RESPONSABILIDADE DA INSTITUIÇÃO ARQUIVISTA.

    OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER. RESULTADO PRÁTICO EQUIVALENTE AO ADIMPLEMENTO. ART. 84 DO CDC. SENTENÇA.

    ABRANGÊNCIA NACIONAL. ART. 16 DA LEI 7.347/85. (…) 9. A jurisprudência do STJ concilia e harmoniza os prazos do § 1º com o do § 5º do art. 43 do CDC, para estabelecer que a manutenção da inscrição negativa nos cadastros de proteção ao crédito respeita a exigibilidade do débito inadimplido, tendo, para tanto, um limite máximo de cinco anos que pode ser, todavia, restringido, se for menor o prazo prescricional para a cobrança do crédito. 10. Em razão do respeito à exigibilidade do crédito e ao princípio da veracidade da informação, o termo inicial do limite temporal de cinco anos em que a dívida pode ser inscrita no banco de dados de inadimplência é contado do primeiro dia seguinte à data de vencimento da dívida. (…)” (REsp 1630889/DF, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 11/09/2018, DJe 21/09/2018)

    Deste modo, não restam dúvidas quanto às possibilidades de indenização por danos morais nos casos em que há a legitimidade da dívida, mas não são respeitados aspectos legais determinados pelo ordenamento jurídico e pela jurisprudência.

    CONCLUSÃO

    Diante de todo o exposto, conclui-se que a inscrição indevida no cadastro de inadimplentes enseja a restituição por danos morais ao consumidor. No mesmo sentido, mesmo existindo a legitimidade da dívida, aquelas inscrições realizadas sem a observância à determinados aspectos legais também acarretarão na condenação pelos danos sofridos pela vítima.

    Estejam todos com Jesus!!!

    Gabriel Ferreira de Brito Júnior – OAB/MG 104.830

    http://gabrielferreiraadvogado.page/

    Trabalhou como Advogado na Sociedade de Advogados “Sério e Diniz Advogados Associados” por 13 anos, Especialista em Direito Civil e Direito Processual Civil pelo Centro Universitário Newton Paiva (2006), Graduado em Direito pela Faculdade de Direito de Varginha – FADIVA (2001), Oficial de Apoio Judicial (Escrevente) do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais por 10 anos (1996-2006), Conciliador Orientador do Juizado Especial Itinerante do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (ano 2004).

    Atuou como Presidente da Comissão de Direito Civil e Processo Civil da 55ª Subseção da OAB da Cidade e Comarca de Três Pontas/MG (triênio 2019 a 2021).

    Atualmente cursando Especialização em “LEGAL TECH, DIREITO, INOVAÇÃO E STARTUPS” PELA PUC/MG.

    PÁGINA FACEBOOK: https://business.facebook.com/gabrielferreiraadvogado/?business_id=402297633659174&ref=bookmarks

     

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    Roger Campos

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  • PÁSSAROS ENJAULADOS QUE CANTAM Por Nilson Lattari

    PÁSSAROS ENJAULADOS QUE CANTAM Por Nilson Lattari

    Repassando a internet, me deparei com uma ativista negra, Maya Angelou, exibindo um livro cujo título é “Por que eu sei o que os pássaros enjaulados cantam”. A inspiração é também reescrever sobre aquilo que outros escrevem. A leitura, mesmo rápida sobre alguns temas, tornam nossa mente afiada, procurando atalhos na conversa de outros.

    Sem ler o texto, podemos pensar sobre esse paradoxo de um pássaro enjaulado que canta, apesar da prisão em que ele está. Será que sonha? Será que pede ajuda? Será que tenta espantar seus males? O que faz um pássaro enjaulado cantar?

    O carcereiro deve pensar que dar a ele uma vida segura, alimentação na hora e adequada, retirar do pássaro a obrigação de procurar alimentos ou livrá-lo dos perigos que a vida, lá fora, pode trazer, seria o motivo, a desculpa para tê-lo preso. Para o algoz, tudo aquilo que ele faz é para o bem do outro. Por ser mais forte, ou se julgar mais esperto, ele se julga no direito de ditar as normas de vida de alguém. E, como recompensa, por que não aprisionar, também, o canto dele, como algo exclusivo seu, um pagamento pelo serviço que ele presta?

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    Com o tempo, o pássaro se ilude com a liberdade pequena que ele tem. Sua liberdade se resume em estar ali e servir, e com o tempo ele se acostuma, e por que não cantar, fazendo aquilo que ele sabe fazer de melhor, porque as outras coisas melhores não serão mais possíveis fazer?

    Prisões são muitas, e muitas vezes nos encarceramos em algum lugar que não gostamos, em troca de algum tipo de segurança, algum tipo de trabalho, de amor, que nos possibilita não enfrentar os perigos que a vida tem lá fora para mostrar.

    Nos encarceramos em relações profissionais ou amorosas, porque somos voluntários da nossa própria prisão. Nos calamos e nos confortamos com palavras que possam atenuar nossa prisão, e somos também os pássaros que cantam, imaginando que a liberdade pode não ser tão boa assim. Afinal, os pássaros, como nós, envelhecem, e no futuro quem vai cuidar de nós? Sendo assim, envelhecemos antes do tempo, antes mesmo de podermos viver as aventuras que estão por vir.

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    A responsabilidade maior é a do carcereiro, que na maioria das vezes somos nós mesmos. Nossas submissões podem ser temporárias, porque a vida nos impõe determinadas regras, ou as aceitamos porque queremos aquele pedaço de bolo ou comprar o objeto de desejo. Por isso vamos felizes para as jaulas da nossa existência, e cantamos para agradar aos carcereiros da vez.

    Maya Angelou sabe por que os pássaros cantam, e todos nós, pássaros da vez, também sabemos porque cantamos. E se olhamos para fora da jaula, cantando, assim como alguém mira da janela a paisagem distante, mas vive na segurança da casa, sabe que se olhamos para fora é porque lá fora é que está a nossa felicidade, senão olharíamos para dentro da jaula e ficaríamos cantando para esquecer da prisão. Segundo Maya, os pássaros enjaulados sabem por que cantam, e também nós sabemos que cantar, prisioneiros, não é a melhor forma de mostrar que estamos contentes.

     Nilson Lattari é Escritor

     

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    Roger Campos

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