O belo cenário
O tom vermelho do estádio do Spartak, mesmo com as cadeiras vermelhas quase todas ocupadas (44.190 pessoas), foi mantido pelos torcedores vestindo a cor. Numa linda festa em tarde de calor em Moscou, houve muito barulho antes e durante o jogo. A acústica da arena ajuda e o duelo ganhou um toque especial com a animação das arquibancadas.
Começo insano
Os jogadores se contagiaram. Hazard caiu pelo lado direito de Mertens e Meunier, os donos do pedaço, e foi atropelado por Syam Ben Youssef na lateral da área com menos de cinco minutos. Hazard converteu o pênalti. Foram seis finalizações belgas em 15 minutos, uma delas precisa de Lukaku para fazer 2 a 0. É um exemplo de como a Bélgica se posiciona e marca bem no campo de ataque: Mertens interceptou saída errada da Tunísia e serviu o artilheiro. O time de Roberto Martinez ataca, ataca e ataca… Vai com oito à frente mesmo vencendo. E por isso também se expõe. Não foi exatamente em uma jogada assim, mas em uma falha defensiva em bola aérea que a Tunísia descontou aos 17 com Bronn.
Joga no Lukaku, o goleador
A Bélgica, que parecia que iria massacrar, teve seus momentos de confusão na marcação na defesa na metade do primeiro tempo. Mas quem gosta da bola como essa equipe logo se acerta… E quem tem Lukaku. De novo, uma saída errada da Tunísia virou jogada belga e terminou no passe do ótimo Meunier para o centroavante marcar seu quarto gol na Copa do Mundo, igualando-se a Cristiano Ronaldo na artilharia. Lukaku é o maior goleador da história da Bélgica. Não apenas tem feito gols, como abre espaço e faz bem o pivô. Parecendo desgastado, o artilheiro foi substituído no início da etapa final.
Azar da Tunísia
Além da dor de cabeça de marcar um adversário talentoso, o técnico Nabil Maaloul foi obrigado a mexer duas vezes no primeiro por problemas físicos. Justamente Bronn e Syam Ben Youssef, personagens determinantes nas mudanças do placar, tiveram de ser sacados.
Mudaram os lados, mas…
O segundo tempo começou com a Bélgica dando espaços atrás e… com gol da Bélgica. Hazard matou no peito um lançamento do campo de defesa, invadiu a área com liberdade e marcou seu segundo na partida. De Bruyne, o autor lindo passe à distância, e Witsel fazem o time belga ter uma saída muito qualificada, acima da média. É precisão com a bola, mas por outro lado é isso também que torna a equipe, muitas vezes, vulnerável. É o equilíbrio a ser buscado, e o teste que se espera vem na última rodada: Inglaterra x Bélgica, na quinta-feira.
Até lá, a torcida dos Red Devils seguirá fazendo muito barulho e, sim, sonhando alto. Não é para sonhar? Mesmo com 4 a 1, teve marcação no ataque, bola no travessão, boas defesas do goleiro Mustapha. O estádio aplaudiu de pé! Deu tempo de achar o quinto gol, no finzinho, com Batshuayi. Palmas! Até a Tunísia parece ter se empolgado, e conseguiu descontar com Khazri no lance final.
FICHA TÉCNICA
BÉLGICA 5X2 TUNÍSIA
Local: Spartak, Moscou (RUS)
Árbitro: Jair Marrufo (USA)
Auxiliares: Corey Rockwell (USA) e Juan Zumba (SLV)
Data-Hora: 23/6/2018 – 9h
Público: —
Cartões amarelos: Sassi (TUN)
Cartões vermelhos: –
Gols: Hazard (6’/1ºT – 1×0), Lukaku (15’/1ºT – 2×0), Bronn (17’/2ºT – 2×1), Lukaku (47’/1ºT – 3×1), Hazard (6’/2ºT – 4×1), Batshuayi (44’/2ºT – 5×1) e Khazri (47’/2ºT)
BÉLGICA: Courtois; Alderweireld, Boyata e Vertonghen; Meunier, Witsel, De Bruyne e Carrasco ; Mertens (Tielemans, 41’/2ºT), Hazard (Batshuayi, 22’/2ºT) e Lukaku (Fellaini, 14’/2ºT). Técnico: Roberto Martínez.
TUNÍSIA: Ben Mustapha; Bronn (Naguez, 23’/1ºT), Ben Youssef (Alouane, 41’/1ºT), Meriah e Ali Maaloul; Khauoi, Skhiri, Sassi (Sliti, 14’/2ºT), Ben Youssef, Khazri e Badri. Técnico: Nabil Maaloul.
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Roger Campos
Jornalista
MTB 09816
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