O princípio da partida entre Croácia e Dinamarca, neste domingo, em Níjni Novgorod, foi promissor. Em menos de cinco minutos, cada seleção já havia marcado um gol. O placar de 1 a 1, no entanto, permaneceu inalterado até o término do segundo tempo da prorrogação. Nos pênaltis, os croatas levaram a melhor com um triunfo por 3 a 2 e avançaram às quartas de final da Copa do Mundo da Rússia.
Foi também com uma cobrança de pênalti que a Croácia teve a grande oportunidade de decidir o jogo mais cedo. Aos oito minutos da etapa derradeira do tempo extra, Rebic foi derrubado por Mathias Jorgensen dentro da área. Modric se apresentou para a cobrança da penalidade e parou na defesa de Schmeichel, que acabaria superado pelo colega Subasic pouco depois, na acirrada disputa da marca da cal.
A próxima rival da Croácia será justamente a anfitriã do torneio, que escreveu um roteiro semelhante no outro jogo do dia. Mais cedo, em Moscou, os russos eliminaram a Espanha, uma das favoritas à conquista do título, nos pênaltis depois de outra igualdade por 1 a 1. Às 15 horas (de Brasília) do próximo sábado, em Sochi, eles medirão forças com os croatas.
Gols relâmpagos
Muitos torcedores ainda se ajeitavam em seus assentos quando a Dinamarca abriu o placar em Níjni Novgorod. Knudsen cobrou lateral para a área, onde Delaney dominou, protegeu da marcação e rolou para Mathias Jorgensen chutar rasteiro. A bola desviou na mão do goleiro Subasic, encoberto, e na trave antes de entrar.
Nas arquibancadas, os dinamarqueses ainda festejavam quando o Croácia empatou. Aos três minutos, Versaljko foi beneficiado por uma boa jogada de Rebic do lado direito e chutou forte para dentro da área. Dalsgaard tentou cortar, e a bola bateu no rosto de Lovren. Mandzukic aproveitou a sobra e finalizou para a rede.
A partir de então, o panorama do jogo foi aquele que se esperava antes dos gols relâmpagos. Mais técnica, a Croácia ficava com a bola (chegou a ter 70% de posse até os 30 minutos da primeira etapa) na maior parte do tempo, mas tinha a disciplinada marcação dinamarquesa como empecilho para ser criativa.
Vez ou outra, a Dinamarca também atacava. E produzia o suficiente para levar perigo aos croatas, principalmente com os avanços de Eriksen. Aos 41 minutos, por exemplo, o camisa 10 ergueu a bola do lado direito da área, com efeito, e acertou o travessão. Antes e depois desse lance, Modric e Rakitic haviam feito Schmeichel trabalhar.
Lá e cá
A Dinamarca queria ter ainda mais protagonismo no segundo tempo. Com essa expectativa, o técnico norueguês Age Hareide substituiu Christensen por Schone no intervalo e, de fato, viu a seleção que comanda deixar a partida mais equilibrada nos minutos iniciais. Depois, trocou também Cornelius por Nicolai Jorgensen.
Apesar de não ter o seu gol ameaçado, a Croácia aceitou sem qualquer resistência a nova postura da Dinamarca e deixou de ser envolvente. O seu técnico, Zlatko Dalic, resolveu agir aos 25 minutos. Sacou Brozovic para a entrada de Kovacic com a intenção de empurrar o time dos Balcãs novamente à frente.
A Croácia, que ainda mudou Strinic por Pivaric, correspondeu. Nos minutos que antecederam a prorrogação, a equipe de Zlatko Dalic tomou a iniciativa de pressionar a Dinamarca, outra vez retraída no seu campo de defesa. Não foi o bastante, entretanto, para impedir que houvesse tempo extra em Níjni Novgorod.
Duelo de goleiros
No princípio da prorrogação, a Dinamarca voltou a ser mais incisiva do que a Croácia, também sem efetividade. Àquela altura, o cansaço já era um inimigo dos atacantes das duas equipes. Tanto que, na segunda parte do tempo extra, o jogo morno deu a entender que as seleções pareciam conformada com a definição da vaga na disputa de pênaltis.
Aos oito minutos, porém, a história quase mudou. Modric, que estava apagado na partida, fez um lançamento entre a marcação dinamarquesa para Rebic. O seu companheiro invadiu a área, driblou o goleiro Schmeichel e foi derrubado por Michael Jorgensen. Pênalti. Modric bateu, e Schmeichel defendeu.
Empolgado, Schmeichel encontrou um rival à altura quando a classificação foi para a definição na marca da cal. Subasic levou a melhor sobre Eriksen, Schone, Nicolai Jorgensen e só não conseguiu conter os chutes de Kjaer, Krohn-Dehli. Do outro lado, o goleiro dinamarquês parou Badelj e Pivaric, mas não Kramaric, Modric e Rakitic.
FICHA TÉCNICA
CROÁCIA 1 (3) X (2) 1 DINAMARCA
Local: Estádio de Níjni Novgorod, em Níjni Novgorod (Rússia)
Data: 1º de julho de 2018, domingo
Horário: 15 horas (de Brasília)
Árbitro: Néstor Pitana (Argentina)
Assistentes: Hernán Maidana e Juan Pablo Belatti (ambos da Argentina)
Público: pessoas
Cartão amarelo: Mathias Jorgensen (Dinamarca)
Gols: CROÁCIA: Mandzukic, aos 3 minutos do primeiro tempo; DINAMARCA: Mathias Jorgensen, a 1 minuto do primeiro tempo
CROÁCIA: Subasic; Vrsaljko, Lovren, Vida e Strinic (Pivaric); Rakitic, Brozovic (Kovacic), Rebic, Modric e Perisic (Kramaric); Mandzukic (Badelj)
Técnico: Zlatko Dalic
DINAMARCA: Schmeichel; Kjaer, Christensen (Schone) e Mathias Jorgensen; Dalsgaard, Delaney (Krohn-Dehli), Eriksen e Knudsen; Braithwaite (Sisto), Cornelius (Nicolai Jorgensen) e Poulsen
Técnico: Age Hareide
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Roger Campos
Jornalista
MTB 09816
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