“Hoje tem festa na terra, mas também tem festa do céu!”, disse o narrador da Itatiaia visivelmente emocionado.

Que a conquista do bicampeonato brasileiro do Atlético Mineiro foi merecida e segue sendo muito comemorada, ninguém tem dúvida. Assim como também todos sabem que o trespontano Mário Henrique Silva, o Caixa, é a voz oficial do “Galão da Massa”, da torcida atleticana, um legítimo representante que externa seu talento de anos de profissão e que transforma cada batimento do seu coração alvinegro numa sinergia, um misto de energia e paixão que impulsionam o impossível ao palpável, o sonho ao real. E foi assim, que Caixa contou, como ninguém, a emoção do segundo título de Campeão Brasileiro de Futebol do Clube Atlético Mineiro após 5 décadas de espera. As narrações de Caixa pela Itatiaia, contra Fluminense e depois contra o Bahia, que confirmaram a conquista, entram também para a história da narração esportiva brasileira.

“São cinquenta anos que se passaram com esse grito preso na garganta. A torcida grita é campeão, é campeão! São 50 anos meus amigos e amigas da Rádio Itatiaia. Quanta gente que a gente ama foi embora esperando esse momento e não viu. Então é hoje, festa na terra mas também tem festa no céu! É a festa do Galão da Massa, como eu te amo meu galão querido…”

A narração histórica, repercutiu dentro e fora do Brasil. O vídeo foi um dos assuntos mais comentados e simbolizou o quanto a conquista era esperada, o quanto se lutou, sofreu, perdeu (inclusive pessoas queridas) nessa longa jornada até o paraíso, o gozo, a catarse total não apenas entre os atleticanos de Minas e do mundo afora, mas também entre os torcedores apaixonados pelo esporte bretão, pelo quase sagrado futebol, “alegria e cachaça de um povo humilde, trabalhador e carente de diversão”, uma espécie de transformação imediata das lutas diárias em sonho a cada 90 minutos. E esse sonho atleticano agora se materializou. O grito foi libertado numa “saga inconfidente”. Rasgou o peito, ganhou as ruas e se eternizou nos corações de filhos, pais e avôs. De muitas gerações, seja de corpo presente ou não mais. Para os alvinegros mineiros, festa na terra e festa no céu! Afinal, o “Galo BICA“, “o Galo é BICAmpeão Brasileiro!!!”

Veja e ouça a narração histórica:

Caixa do Galão da Massa e da Itatiaia

Mário Henrique Silva, conhecido como Mário Henrique Caixa, nasceu em Três Pontas em 4 de dezembro de 1972. É locutor esportivo da Rádio Itatiaia e também é deputado estadual.

Caixa trabalhou no SporTV. Iniciou sua carreira nas emissoras locais, em Três Pontas, passando pela Rádio Três Pontas e Rádio Sentinela. Também atuou mais tarde pela Rádio Globo. Ingressou na Itatiaia em 1993, e narrou sua primeira Copa do Mundo em 1998, na França. Atualmente narra como titular os jogos do Atlético-MG. Mário Henrique substitui outro grande narrador esportivo, o Willy Gonser, aposentado em 2009.

A Final

Com emoção, para não perder o costume. O Atlético podia até perder para o Bahia, nesta quinta (2), que dificilmente ficaria sem o título do Brasileirão, já garantido pela larga vantagem sobre o segundo colocado. Mas, para ser Galo, tem que ser sofrido e ter emoção.

Após um primeiro tempo equilibrado na Fonte Nova, os donos da casa chegaram a abrir 2 a 0 na etapa complementar, com gols de Luiz Otávio e Gilberto, dando a entender que a decisão do título ia ficar para domingo, no Mineirão. Tudo indicava que a confirmação do título só viria no fim de semana, quando o Atlético joga em casa, contra o Bragantino.

Porém, o Galo virou de maneira avassaladora, em apenas cinco minutos, com Hulk (27’), de pênalti, e Keno (28’ e 32’). Três gols que são a cara do campeão brasileiro de 2021: decisivo, mesmo quando não domina amplamente, com extrema qualidade na definição das jogadas de ataque e a consistência defensiva do fim da partida, que não deixou o Bahia ameaçar as redes de Everson após a virada.

A vitória sobre o Bahia fez o Atlético chegar a 81 pontos, 11 de vantagem sobre o Flamengo, que só pode alcançar 79. A duas partidas do fim da competição, o time do técnico Cuca já acumula 25 vitórias, 60 tentos anotados e apenas 27 sofridos. O artilheiro do campeonato é o paraibano Hulk, com 18 gols.

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Cinquenta Anos em 5 Minutos

Faz 50 anos. E foi mesmo hoje campeão. De novo. Em 5 minutos de virada espetacular.

Galo forte e vingador que em 1976 levou no final da semifinal a virada do grande Inter bicampeão no Beira-Rio num golaço histórico de Falcão, eliminando um time que prometia muito para 1977. E entregou tudo nos pênaltis perdidos para o São Paulo campeão com 9 pontos a menos! Atlético único vice invicto em 21 jogos.

Galo fortíssimo em 1980. Perdendo a final no Maracanã para o grande Galinho (Zico) do Flamengo e para a arbitragem de Aragão.

Atlético competitivo em 1983, mas derrubado por Serginho Chulapa do Santos, em mais uma semifinal perdida. Atlético que perdeu todos os gols e a vaga na final de 1985 para o campeão Coritiba, que teve um jogo a mais e quatro pontos a menos no BR.

Atlético de melhor campanha na fase inicial da Copa União, mas derrotado por Renato Gaúcho do futuro campeão Flamengo de 1987.

Galo de melhor campanha na fase inicial do BR-90, mas eliminado nas oitavas pelo Corinthians campeão. Terceiro colocado no BR-91 e eliminado com dois empates pelo campeão São Paulo. Eliminado em 1994 pelo Corinthians na semi. Como seria também em 1996 pela Portuguesa.

No quadrangular semifinal de 1997 não passou pelo Palmeiras. Em 1999 foi vice do Corinthians. Em 2001, eliminado na semifinal pelo São Caetano. Em 2002, último ano antes dos pontos corridos, foi sexto.

Em 2005 caiu. Em 2012 foi vice do Fluminense. Em 2015, do Corinthians. Em 2016 foi quarto. Em 2020, com Sampaoli, com gigante investimento, chegou em terceiro.

Mesmo campeão doido da Libertadores de 2013, emocionante da Copa do Brasil de 2014, ainda faltava o que com investimento ainda maior começara mal o BR-21. Derrota em casa para o ótimo Fortaleza. Empate em casa com a péssima Chapecoense.

Pressão sobre Cuca. Será que valia mesmo investir tanto em Hulk? Não seria o caso de contratar mais a rodo como havia sido com Sampaoli? Traz também o Diego Costa! Não vende ninguém! Volta, torcida! Vamos Mineirão!

E foi. Não deu na Libertadores onde a melhor campanha invicta acabou caindo no pragmatismo palmeirense. A tríplice coroa não tinha mais jogo e nem jeito.

Mas ainda tinha Copa do Brasil. E pode mesmo ter bi. Repetindo o 2003 do rival. E com o bi mais do que merecido do Brasileirão. Mais do que esperado para um mandante que só sabe vencer em casa.

E que venceu maravilhoso de virada em 5 minutos o ameaçado Bahia na Itaipava Arena Fonte Nova.

Vitória arrebatadora de um time que jogou, planejou, gastou, investiu, administrou e vibrou para ser campeão contra grandes Flamengo e Palmeiras (finalistas de Libertadores). Mas que não por isso não conseguiram chegar nem perto do grande bicampeão. Foi o Galo que soube manejar a bola, o tempo e os pontos da gigantesca conquista.

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A Festa

Belo Horizonte registrou uma festa que entra para a história do futebol. O Atlético-MG virou o jogo sobre o Bahia por 3×2 e conquistou o título de bicampeão Brasileiro, após 50 anos de jejum.

Com a vitória, os torcedores dominaram a cidade. A Praça Sete, no Centro, recebeu o show do cantor Bell Marques que animou a torcida enquanto os jogadores chegavam de Salvador. O entorno da praça foi fechado e três trio elétricos foram colocados para o show de DJ’s. Os jogadores só chegaram à Praça 7 depois das 4h20, devido ao atraso do vôo.

Diversas outras regiões da capital também precisaram ser fechadas, como a Avenida Amazonas com Tamoios e com Afonso Pena, além da Olegário Maciel. Milhares de atleticanos também se reuniram em frente à sede administrativa do clube, no bairro Lourdes, região Centro-Sul de BH.

Herói da conquista, Hulk.

O dia amanheceu e a festa ainda não acabou. Muitos torcedores não dormiram e na manhã desta sexta-feira (03), ainda é possível notar os vestígios da festa pela cidade. A camisa do time que cobriu o Pirulito, na Praça Sete, ainda está exposta no obelisco e as buzinas e foguetes tomam conta da cidade.

Para este domingo (05), outra festa está sendo organizada. O evento deve acontecer a partir das 13h, na Savassi, e está sendo organizados por empresários. A festa deve contar com quatro painéis de LED, área de alimentação, banheiros químicos, trio elétrico, DJ e seguranças. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), ainda está analisando a aprovação da festa.

Ídolo Dadá Maravilha

Longa Espera

Foi há 50 anos que o Atlético conquistou seu primeiro título nacional, em 1971. Coincidência ou não, também foi há 50 anos que o principal título nacional passou a ser disputado com o nome de Campeonato Brasileiro. Em comemoração, a CBF entrega ao Galo uma taça comemorativa, com a frase “50 anos”, unindo as duas pontas da história do Brasileirão.

Ídolo Reinaldo emocionado no Mineirão.

Com informações do Bem Minas / TNT Sports

 

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Roger Campos

Jornalista

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