VETERINÁRIA PAULA ALVIM DÁ AS DICAS PARA MANTER SEU CACHORRO SAUDÁVEL NAS ALTAS TEMPERATURAS.

O sol de verão é inimigo da maioria dos animais de estimação. Os cães, por exemplo, por não transpirarem pela pele, regulam sua temperatura corporal através da respiração. Quando  ofegantes, estão, na verdade, tentando se resfriar. Com um calor escaldante, essa capacidade pode se mostrar insuficiente para reduzir a temperatura corporal dos mascotes, que correm o risco de perder a vida.

Outro cachorro do Estado do Rio de Janeiro morreu por causa do calor nesta quinta-feira (10). Nina, uma fêmea da raça beagle, estava dentro de casa, em Trindade, São Gonçalo, Região Metropolitana da capital carioca. A máxima do dia na região foi de 38ºC. O dono, que estava em casa, reparou que ela começou a ficar com a respiração ofegante e, meia hora depois, faleceu. O veterinário confirmou que a causa foi hipertemia.

A fatalidade aconteceu na mesma semana da confirmação da morte de um bulldog francês por causa do calor no Rio de Janeiro. Ao todo, 5 cães domésticos já morreram somente no Rio de Janeiro este ano.

Vale lembrar que as temperaturas elevadas não são exclusividade do Rio de Janeiro. Minas Gerais tem registrado praticamente as mesmas altas e o risco aqui também é grande para os pets. Por isso, a veterinária Paula Alvim dá as dicas de como cuidar dos cães no verão.

De acordo com Paula Alvim, uma das mais renomadas veterinárias da cidade, o quadro chamado de hipertermia ou intermação é considerado emergência, porque seu pet pode ter um colapso respiratório.

“O animal fica ofegante, apresenta temperatura acima de 40 graus, língua de cor azul e não raro se tem a impressão de ele ter os olhos ‘saltados’. Pode ainda estar fraco, cansado, confuso, caindo no chão quando tenta se erguer”, disse a especialista.

Ainda conforme a veterinária Paula Alvim, “nos casos mais graves, hematomas pelo corpo, alterações mentais, dificuldade de locomoção e tremores musculares também se fazem presentes”.

Existem fatores predisponentes à hipertermia como focinho curto (bulldog, pequinês e maltês, por exemplo), predisposição a doenças respiratórias e outras que dificultam a respiração. Animais velhos, animais “atletas” e aqueles que têm pelo muito denso precisam de atenção redobrada no verão.

“O fato de existirem fatores predisponentes não isenta outros cães de apresentarem hipertermia, basta submetê-los ao calor intenso, o que costuma acontecer de forma involuntária em situações potencialmente perigosas”, ressaltou.

Veterinária Paula Alvim há anos se dedica aos animais.

O QUE EVITAR?

_ Deixar seu pet em lugar quente, mesmo sem agitação, dormindo, como dentro do carro;

_ Animal preso em um local seguro mas que no transcorrer do dia ficou exposto ao sol sem refúgio à sombra;

_ Banho com água quente seguido ou não de secagem com secador no vento quente

_ Animal agitado ou que pratica exercícios com seu dono em horários de sol forte;

_ Animal submetido a situações de estresse que o deixem ofegante por muito tempo;

_ Esforços para animal com sobrepeso, peludo ou portador de dificuldade respiratória;

_ Uso de focinheira em ambientes quentes e fechados;

_ Muito calor e falta de água.

SEU PET FOI AFETADO PELO FORTE CALOR. O QUE FAZER?

Enquanto a assistência não chega, seu pet precisa ser levado a um ambiente fresco, preferencialmente com piso frio e ventilador.

“O cão precisa ser resfriado, mas nem pense em baixar sua temperatura mergulhando-o em água fria, isso pode matá-lo em minutos. Use borrifadores com água gelada pelo corpo e álcool nas extremidades. Cobri-lo com toalhas molhadas e frias também ajuda, assim como oferecer a ele água gelada para beber desde que não esteja inconsciente”, destacou Paula.

Na clinica veterinária, a respiração será estabilizada e a temperatura reduzida.

“Para isso, são necessárias muitas horas em observação e até oxigenioterapia pode ser aplicada. O tempo entre o surgimento dos primeiros sintomas e a intervenção médica determina as chances de recuperação do mascote. Alguns proprietários já encontram seus cães inconscientes e não saber por quanto tempo está o animal submetido a esta situação leva a um prognóstico sombrio: o calor pode ter alterado de forma irreversível células de alguns órgãos que acaba por comprometer a vida do animal. Por isso tenha em mente que os cuidados com o cachorro no verão podem salvar-lhe a vida”, concluiu a veterinária trespontana.

 

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Roger Campos

Jornalista

MTB 09816

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