O tratamento alternativo já virou uma opção em algumas clínicas do país, que defendem os benefícios do contato com a natureza para a saúde.
Cuidar de uma horta, por menor que ela seja, às vezes não é tão simples. É preciso escolher o local certo, a quantidade exata de adubo, tomar cuidado para não regar demais e por aí vai. Mas (com o perdão do trocadilho) pode render bons frutos: as plantas que você cultiva no sítio, no jardim ou mesmo no seu apartamento podem ajudar no tratamento da depressão.
A revista Fast Company mostrou que médicos do Cornbrook Medical Practice, uma clínica médica em Manchester, no Reino Unido, começaram a sugerir a prática da jardinagem para pacientes que sofrem de depressão e ansiedade. A recomendação vem da ideia de que o contato com a natureza (mesmo que seja apenas um vaso de planta), pode fazer bem à saúde.
Na clínica Cornbrook, há um jardim que os pacientes podem frequentar e, ainda, convidar amigos e familiares para ajudar a plantar ervas como a hortelã e a erva-cidreira. O projeto é uma parceria com a ONG Sow the City (algo como “Semeie a Cidade”, em português), que trabalha em conjunto com hospitais, escolas, prefeituras e empresas para desenvolver ações como jardins comunitários, pesquisas sobre agricultura urbana, iniciativas sustentáveis, entre outras.
Ecoterapia
Trocar remédios por sementes parece uma novidade, mas a Sow the City já desenvolve projetos na área da saúde há alguns anos. É o caso do programa “Hospital Beds”, que construiu canteiros na área externa de um hospital de Manchester para pacientes com doenças mentais. O objetivo é aumentar o tempo ao ar livre deles e estimular a socialização. “Há evidências de que pessoas socialmente isoladas têm piores resultados no tratamento”, disse à Fast Company Jon Ross, diretor da ONG.
Não mora perto de um jardim comunitário? Cultivar plantas dentro de casa pode ser uma boa opção – até a Nasa já falou sobre isso. A agência espacial norte-americana financiou parte da pesquisa do cientista ambiental Bill Wolverton, cujos trabalhos mostram que as plantinhas melhoram a qualidade do ar. Se você desistiu da jardinagem depois de deixar sua suculenta morrer, talvez seja hora de dar uma segunda chance.
Cuidado com Flores e Plantas vem crescendo em tempos de pandemia
O amor pelas Flores e Plantas tem crescido vigorosamente durante o isolamento provocado pela pandemia de coronavírus em todo mundo. E aqui no Brasil não é diferente. O fenômeno chamado “URBAN JUNGLE” (Floresta Urbana) tem atraído pessoas dos mais variados perfis. Gente que diz ter descoberto esta paixão agora e que jamais havia se dedicado ao cuidado com a natureza dentro de casa.
Com as pessoas mais tempo em casa os cuidados com o lar se tornaram uma grande rotina. Mas o que vem chamando a atenção é a transformação das residências em verdadeiras florestas urbanas, onde adolescentes, adultos e idosos, homens e mulheres, de costumes bem diferentes, se assemelham no cuidado com o verde. Assim, transformam casas e apartamentos em verdadeiros jardins urbanos. Especialistas falam os benefícios que a atividade trás durante a quarentena. “Uma verdadeira terapia, que auxilia corpo e mente, melhorando a qualidade do ar e ocupando o tempo com prazer”.
Além de resgatar a brasilidade, o Urban Jungle ajuda na saúde física e mental dos moradores, pois as plantas trazem um ar de tranquilidade.
O que é Urban Jungle?
Urban Jungle é um estilo de decoração que consiste em incluir plantas e elementos ligados ao meio ambiente concentrados no interior das residências. O objetivo é trazer um clima de natureza para moradias urbanas, proporcionando uma sensação de aconchego e bem-estar.
Esse estilo de decoração não tem um apelo apenas estético. O Urban Jungle nasceu da necessidade de aproximar pessoas que vivem nas grandes cidades do meio ambiente.
Com o desenvolvimento da tecnologia e o estilo de vida de uma nova geração, o contato com a natureza foi ficando cada vez mais distante.
Além disso, nos últimos anos houve o aumento da preocupação com a sustentabilidade no mundo todo. Diante desse contexto, o Urban Jungle surgiu como forma de resgatar a relação com o verde incluindo a natureza dentro de casa. E isto foi amplificado por conta da pandemia que obrigou muitas pessoas a ficarem mais tempo em suas casas.
Assista a reportagem especial do Conexão Três Pontas:
O ano de 2020 parece não estar para brincadeira. Além de pandemia, vespas assassinas e nuvem de gafanhotos, mais uma manifestação da natureza surge como alerta: uma gigantesca mancha de poeira que anda em direção ao continente americano.
Especialistas chamam de “nuvem de poeira Godzilla”. Esse é um fenômeno comum, mas parece estar mais intenso dessa vez. Trata-se de uma massa de ar seco carregada de partículas de areia, que se forma no deserto do Saara quando é final da primavera no Hemisfério Norte (final do outono no Brasil) e em outras épocas do ano.
É um fenômeno de curta duração, mas a presença de ventos suaves podem fazer com que a nuvem cruze o Atlântico.
Saúde humana
O ar seco dessa grande nuvem pode afetar a pele e os pulmões, pois tem cerca de 50% menos umidade do que a atmosfera tropical típica. Pessoas que sofrem de problemas respiratórios podem ter também alergias e irritações nos olhos, o que se torna mais grave com a pandemia do covid-19.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento declarou estado de emergência fitossanitária no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina devido ao risco de surto da praga Schistocerca cancellata nas áreas produtoras dos dois estados. A portaria com a medida está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (25).
O estado de emergência tem por objetivo permitir a implementação de plano de supressão da praga e adoção de medidas emergenciais. De acordo com o ministério, a emergência fitossanitária é por um prazo de 1 ano.
A nuvem de gafanhotos está a cerca de 250 quilômetros da fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina. A preocupação das autoridades do setor agropecuário e de produtores rurais é o dano que os insetos possam causar às lavouras e pastagens, se houver infestação.
A dieta do inseto varia, conforme a espécie, entre folhas, cereais, capins e outras gramíneas. Segundo informações repassadas à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, a nuvem é originária do Paraguai, das províncias de Formosa e Chaco, onde há culturas de cana-de-açúcar, mandioca e milho.
Em nota, o minstério informou que está acompanhando o fenômeno em tempo real e que “emitiu alerta para as superintendências federais de Agricultura e aos órgãos estaduais de Defesa Agropecuária para que sejam tomadas medidas cabíveis de monitoramento e orientação aos agricultores da região.
De acordo com a pasta, especialistas argentinos estimam que os insetos sigam em direção ao Uruguai. A ocorrência e o deslocamento da nuvem de gafanhotos são influenciados pela temperatura e circulação dos ventos.
O fenômeno é mais comum com temperatura elevada. Segundo o setor de Meteorologia da secretaria gaúcha, há expectativa de aproximação de uma frente fria pelo sul do estado, que deve intensificar os ventos de norte e noroeste, “potencializando o deslocamento do massivo para a Fronteira Oeste, Missões e Médio e Alto Vale do Rio Uruguai”.
A nota diz ainda que o gafanhoto está presente no Brasil desde o século 19 e que causou grandes perdas às lavouras de arroz na Região Sul no período de 1930 a 1940. “No entanto, desde então, tem permanecido na sua fase ‘isolada’, que não causa danos às lavouras.”
O ministério informa que especialistas estão avaliando “os fatores que levaram ao ressurgimento desta praga em sua fase mais agressiva” e que o fenômeno pode estar relacionado a uma conjunção de fatores climáticos.
A Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul orienta os produtores rurais gaúchos a informar a Inspetoria de Defesa Agropecuária da sua localidade se identificar a presença de tais insetos em grande quantidade.
Trabalho de doutorado recebeu menção honrosa no Prêmio Unesp de Teses de 2019.
A “trespontana” Juliana Ferreira de Brito obteve grande destaque em sua tese de doutorado defendida na Unesp (Universidade do Estado e São Paulo). Ela conseguiu transformar um dos resíduos da produção de petróleo, chamado água de petróleo, em etanol e metanol, o que traz benefícios econômicos, sociais e ambientais.
O objetivo do trabalho de Juliana Ferreira de Brito era desenvolver uma maneira limpa de tratar a água de petróleo, reduzindo o dióxido de carbono (CO2) gerado nesse processo. E, ao mesmo tempo, obter etanol, combustível que emite menos poluentes.
Da esquerda para a direita: professores Tremiliosi Filho (USP), Marcelo Orlandi (Unesp), pesquisadora Juliana Ferreira de Brito, e professoras Maria Valnice Boldrin (orientadora), Lúcia Mascaro (UFSCar) e Michelle Brugnera (UFMT) na defesa da tese de Juliana
Outro produto gerado foi o metanol, que também pode ser utilizado como combustível, mas de maneira bem mais restrita que o etanol, devido a sua toxicidade em contato com a pele ou se consumido.
A possibilidade de se produzir metanol a partir da água de petróleo foi uma consequência do estudo que embasou a tese de doutorado da pesquisadora Juliana Ferreira de Brito, intitulado “Sistemas Fotoeletrocatalíticos Baseados em Eletrodos de Ti/TiO2-CuO, NtTiO2-NsCuO, NtTiO2-ZrO2 e GDL-Cu2O Aplicados de Forma Isolada e Concomitantemente à Oxidação da Água, Redução de CO² Dissolvido e Oxidação de Compostos Orgânicos da Água Residual de Petróleo”.
Todo trabalho de pesquisa da trespontana Juliana teve a orientação da professora Maria Valnice Boldrin, do Instituto de Química da Unesp em Araraquara.
A pesquisa foi reconhecida em 2019 com o Prêmio Unesp de Teses, cujo resultado foi divulgado em dezembro. O trabalho todo foi iniciado por ela bem antes.
Sistema de reação criado por Juliana Ferreira de Brito.
“Eu iniciei as pesquisas apenas de redução de CO2 em 2011, em 2013 fui para os EUA aprender um pouco mais sobre o assunto, com o mesmo financiamento de bolsa BEPE. Assim que voltei dos EUA iniciei o doutorado já com a ideia de realizar o projeto da oxidação da água de petróleo e a redução de CO2 concomitante para gerar etanol e metanol”, revelou.
“O tratamento da água de petróleo por si só geraria gás carbônico, que é um dos responsáveis pelo aquecimento global, por isso, a importância de se realizar a redução do CO2 junto ao tratamento da água de petróleo. Em nossa pesquisa, para não agravar essa questão, construímos um único dispositivo para realizar a redução fotoeletrocatalítica do dióxido de carbono (CO2) e obter compostos orgânicos enérgicos, como metanol e etanol. Ambos os processos foram realizados simultaneamente pela primeira vez e com sucesso. Foram desenvolvidos os eletrodos que poderiam ser usados em ambos os casos, um reator teste foi montado por mim e as condições de reação foram estabelecidas”, explica Juliana Ferreira de Brito.
O reator foi desenvolvido depois de trabalhar com um grupo de pesquisa na Itália, por meio da Bolsa de Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Esse grupo estuda a oxidação da água e a geração de hidrogênio em um sistema de dois compartimentos. Durante cinco meses, trabalhou com a oxidação da água para produzir hidrogênio e também com redução do CO2, usando diferentes reatores. Quando voltou ao Brasil adaptou o que tinha utilizado na Itália para conseguir realizar o tratamento do resíduo e a redução de CO2 com geração de metanol e etanol em reações concomitantes.
Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), o nome técnico da água de petróleo é água de processo ou de produção, que é injetada no reservatório de petróleo com o objetivo de forçar a saída do óleo da rocha.
“Essa água entra em contato com o petróleo, que tem alguns componentes tóxicos, portanto a água não pode ser reutilizada para nada, nem pode ser descartada de forma trivial. Ela precisaria ser tratada para ter alguma finalidade”, ressaltou a pesquisadora trespontana.
Os experimentos foram divididos em dois compartimentos, porém realizados no mesmo reator, o que reduz o gasto de energia. De um lado, a pesquisa conseguiu tratar 70% do contaminante mais resistente encontrado na composição da água de petróleo, um composto aromático conhecido como álcool benzílico. Para cada 100 litros de água de petróleo, 70 são tratáveis.
“Essa água não pode ser reutilizada para consumo, mas pode ser reutilizada no próprio processo de extração do petróleo, não teria que pegar uma nova água do mar. A água pode ser tratada na plataforma e reutilizada, num ciclo fechado, sem utilização de mais água. A água de petróleo é muito tóxica, é complicado apenas diluir ela na água do mar e descartar”, disse Juliana.
A pesquisadora trespontana Juliana Ferreira de Brito.
No outro compartimento, foi feito a redução de CO2 para a produção de combustível. Para cada 100 litros de água, é possível gerar 20 litros de etanol e 1,3 de metanol. A pesquisadora, que hoje trabalha na Universidade de São Carlos, diz que dar um destino atraente economicamente para um resíduo é a única maneira de a indústria ter interesse em tratá-lo.
“A indústria não vai diminuir a produção, não tem como olhar o resíduo hoje com um vilão, que vamos conseguir não produzir. A gente tem que ver o resíduo como fonte de alguma outra coisa. O objetivo é conseguir, a partir de um resíduo inevitável, algo interessante economicamente e socialmente”, afirmou.
Como exemplo de atividade que faz uso lucrativo de seus resíduos, ela cita o exemplo da indústria do álcool.
“A indústria não tem interesse em tratar o resíduo quando é apenas dispendioso, não gera nada em troca. Mas a indústria da cana-de-açúcar e do álcool conseguiu algo interessante: o bagaço, que é o resíduo gerado, é queimado para produzir energia. Para a indústria o resíduo tem que ter algum retorno econômico”, pontuou Juliana.
VANTAGENS AMBIENTAIS
Para termos uma ideia do potencial de produção do estudo da pesquisadora trespontana, avaliação publicada em 2009 estima que a produção diária de água de petróleo supera 40 bilhões de litros. Se toda essa quantidade fosse utilizada, seria possível tratar 28 bilhões de litros diariamente e gerar 8 bilhões de litros de metanol e 50 milhões de litros de etanol.
“As vantagens ambientais são importantes. Além do tratamento do resíduo, gera-se um combustível mais limpo, num processo que não adiciona mais CO2 na atmosfera. Além disso, o combustível gerado não é a partir de alimentos. No caso da cana-de-açúçar, deixa-se de produzir o açúcar para fabricar o etanol”, emendou Juliana Ferreira de Brito.
Palestra ministrada por Juliana em São Paulo no Encontro da União Internacional da Química Pura e Aplicada
RECONHECIMENTO
“Para mim, é revigorante receber um reconhecimento como este porque vivemos em uma época em que parcelas da sociedade e até uma pequena parte da comunidade acadêmica colocam em dúvida o trabalho de pesquisa realizado em programas de mestrado e doutorado. A menção honrosa que recebi foi o reconhecimento de todo o esforço, dedicação e amor investidos ao longo dos anos de pós-graduação”, expressa a pesquisadora, que aprofunda a investigação no pós-doutorado que realiza no laboratório Interdisciplinar de Eletroquímica e Cerâmica do Departamento de Química da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos). No entanto, está afastada temporariamente da pesquisa para cuidar do seu mais novo “projeto”, o filho que nasceu no fim do ano passado.
Juliana e Miguel Velloso.
“Eu amo a pesquisa, pretendo continuar trabalhando com ela o resto da vida, mas quero também ajudar na formação de novos pesquisadores. Consegui aprovar, recentemente, a minha primeira bolsa para um aluno oficialmente meu de iniciação científica. Espero que esta seja a primeira de muitas bolsas, não apenas de iniciação, mas também de mestrado e doutorado”, conclui a cientista trespontana.
Assim que a informação do feito de Juliana começou a ganhar repercussão muitos conterrâneos mostraram-se empolgados e orgulhosos da “filha de Três Pontas”.
Juliana Ferreira de Brito é natural de São Paulo, mas é trespontana de coração, afinal se mudou para a terra de seu pai ainda criança. Mora atualmente em Araraquara. É filha do casal Antônio Tarcisio de Brito (Papelaria Primeira Mão) e Edna Ferreira Gomes de Brito. Tem um irmão: Gustavo. É casada com Miguel Velloso Lelo e mãe do bebezinho Pietro brito Lelo. Tem 31 anos de idade.
Estudou na Escola Coração de Jesus em Três Pontas. Depois cursou Química na Universidade Federal de Lavras e no Instituto de Química – Unesp Araraquara. Trabalhou na empresa Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Trabalha atualmente na Universidade de São Carlos.
Em entrevista ao Conexão Três Pontas, Juliana falou de sua felicidade com a repercussão grande de sua pesquisa, inclusive em Três Pontas:
“Fico muito feliz com o reconhecimento do meu trabalho, foram muitos anos de pesquisa para chegar nestes resultados. O carinho dos meus conterrâneos é com certeza muito gratificante, é lindo ver a repercussão que a pesquisa teve nas redes sociais graças a eles.”
Parabéns pela importante pesquisa, pelos relevantes resultados e pelo merecido reconhecimento. Provas de que somente a Educação tem tamanho poder de transformação e conquistas.
As chuvas fortes que caíram na Austrália nesta sexta, 17, pelo segundo dia seguido, estão ajudando os bombeiros a vencer o fogo dos incêndios que devastam o sul do país.
As chuvas mais intensas em dez anos caíram em algumas das regiões próximas aos incêndios mais importantes, uma “excelente notícia”, segundo o Corpo de Bombeiros Rural de Nova Gales do Sul.
A perspectiva de um clima mais úmido dá esperanças para a equipe no resgate de coalas no leste e no sul do país.
Muitos dos animais afetados tiveram seus habitats destruídos. Desta forma, especialistas alertam para o risco de extinção de algumas espécies.
Os coalas concentram grande parte da atenção do mundo, e as fotos desses animais salvos das chamas se espalharam rapidamente pelas redes sociais.
Do fogo para água
Na manhã desta sexta-feira, alguns coalas e outros animais do parque de répteis da Austrália, na costa leste de Nova Gales do Sul, tiveram de ser resgatados das águas.
“É incrível, na semana passada tivemos reuniões diárias sobre o perigo iminente dos incêndios. Hoje, toda equipe está no terreno, encharcada, lutando para proteger os animais e proteger o parque da água. Não temos inundações assim há 15 anos”, disse o diretor do parque, Tim Faulkner.
Incêndios
Apesar disso ainda há pelo menos 30 incêndios fora de controle. Dezenas estão ativos no estado vizinho de Victoria.
A chuva não caiu na Ilha Kangaroo, um verdadeiro santuário para uma fauna e flora excepcionais, localizada ao sul, na costa de Adelaide.
As chamas devastaram o parque nacional desta ilha, matando grande parte da população de coalas e ameaçando erradicar completamente algumas espécies de pássaros e marsupiais.
A temporada de incêndios na Austrália foi agravada pelo clima particularmente quente e pela ausência de chuva nos últimos meses neste imenso país, devido às mudanças climáticas.
Os incêndios começaram em setembro e foram sem precedentes pela magnitude e duração.
Deixaram 28 mortos, destruíram centenas de casas e mataram mais de 1 bilhões de animais.
Além disso, a Austrália perderá bilhões de dólares em receitas de turismo.
Por causa dos incêndios, muitos visitantes estrangeiros cancelaram suas viagens ao país.
Navio Bouboulina, da empresa Delta Tankers, causou o grande dano ambiental nas praias do Nordeste.
O navio mercante Bouboulina, de bandeira grega e propriedade da empresa Delta Tankers LTD , é o responsável pelo petróleo vazado que contamina a costa do Nordeste. Esta é a informação da Polícia Federal (PF) que consta na decisão do juiz federal Francisco Eduardo Guimarães Farias, da 14ª Vara Federal em Natal.
O juiz determinou busca e apreensão na empresa Lachmann Agência Marítima , que foi agente marítimo da Delta Tankers no Brasil. Outra empresa foi alvo de busca e apreensão autorizada pelo juiz, a Witt O’Brien’s. Ambas as empresas ficam no Centro do Rio. A Lachmann é a representante da Delta Tankers no Brasil, e a Witt O’Brien’s faz recomendações e cuida de planejamento para a empresa em casos de acidentes no mar.
Foram cumpridos nesta sexta-feira dois mandados de busca no Rio em sedes de representantes e contatos da empresa grega responsável pelo navio.
A partir de informações fornecidas pela Marinha, foi constatado que a Delta Tankers tinha um agente marítimo no Brasil, a Lachmann Agência Marítima, e que o navio grego Bouboulina tinha um “indivíduo qualificado” no Rio, a Witt O’Brien’s. Esta última empresa atua no ramo de riscos e orienta empresas marítimas sobre planos de contingência e procedimentos a serem adotados em desastres, conforme a PF.
A empresa contratada atuou “no famoso caso de vazamento de óleo da plataforma DeepWater Horizon”, como está reproduzido na decisão. Trata-se de uma plataforma que explodiu no Golfo do México em 2010, matando 11 trabalhadores e derramando milhões de barris de petróleo no mar.
“É incontestável a existência de fortes indícios no sentido de que navio mercante Bouboulina, da empresa Delta Tankers LTD, foi o navio envolvido com o vazamento de petróleo que gerou uma poluição marinha sem precedentes na história do Brasil”, afirmam os procuradores da República Cibele Benevides e Victor Mariz. “Há fortes indícios de que a empresa Delta Tankers, o comandante do navio mercante Bouboulina e sua tripulação foram no mínimo criminosamente omissos ao deixarem de comunicar às autoridades competentes acerca de vazamento/lançamento de ‘petróleo cru’ no Oceano Atlântico que veio a poluir centenas de praias brasileiras.”
Investigações
Em abril, o Bouboulina, que já foi usado pela Petrobras pelo menos uma vez , ficou detido na Filadélfia, nos Estados Unidos, por quatro dias, conforme documento encaminhado pela Marinha à PF. A detenção ocorreu por “incorreções de procedimentos operacionais no sistema de separação de água e óleo descarga no mar”.
De acordo com as investigações, o navio atracou na Venezuela em 15 de julho. O Bouboulina carregou 1 milhão de barris do petróleo cru tipo Merey 16 no Porto de José, segundo informações fornecidas pela agência de geointeligência Kpler com base nos dados da Operação Mácula. O derramamento teria ocorrido a 700 quilômetros da costa brasileira entre os dias 28 e 29 de julho. Estudos sobre a rota do navio indicam que ele seguiu para Cingapura.
De acordo com o site, o óleo Merey 16 é uma mistura de petróleo cru extrapesado extraído do Cinturão do Orinoco, com vários diluentes. Geólogos, engenheiros e químicos afirmam que esse é o tipo de óleo mais prejudicial ao meio ambiente. Além disso, trata-se de um material de difícil detecção por imagens de satélite. Por ser extrapesado, esse óleo é mais denso que a água salgada e fica parcialmente submerso, o que dificulta sua identificação até chegar próximo à costa, onde forma manchas escuras e assume características similares ao piche.
As investigações foram realizadas de forma integrada com Marinha, Ministério Público Federal, Ibama e as universidades Federal da Bahia (UFBA), de Brasília (UnB) e Universidade Estadual do Ceará (UEC). Também houve apoio de uma empresa privada do ramo de geointeligência.
A Polícia federal pediu cooperação a cinco países: Nigéria, África do Sul, Cingapura, Venezuela e Grécia. Foi enviado um comunicado ao governo da Grécia e à empresa grega pedindo explicações, de acordo com o “Jornal Nacional”. O Brasil pode abrir um processo criminal no Tribunal Marítimo Internacional pedindo ressarcimento pelos gastos com a limpeza do litoral nordestino.
A Descoberta
As investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Federal com o apoio da Marinha e outras instituições. Mas a descoberta da mancha original coube a uma empresa privada, a HEX. Especializada em georreferenciamento , a empresa obteve e repassou à Polícia Federal 830 imagens produzidas no local. As imagens, com data e horário, permitiram à polícia e, depois à Marinha, identificar a primeira mancha do óleo derramado e estabelecer o momento provável do crime.
O comandante do navio e a empresa Delta Tankers estão sendo investigados por pelo menos três tipos de crime: poluir o meio ambiente, não adotar medidas preventivas para evitar danos ambientais e, por último, não comunicar às autoridades competentes o derramamento de óleo na costa brasileira. Para a polícia, são fortes os indícios de materialidade e autoria, ou seja, já se sabe da prática do crime e quem são seus autores. Falta esclarecer agora as circunstâncias. Ou seja, a polícia precisa identificar se o vazamento foi intencional ou acidental .
Para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, transcorrido hoje, 5 de junho, logo pela manhã, a Prefeitura Municipal de Três Pontas promoveu uma caminhada pelo centro do município.
A caminhada contou com a participação do Prefeito Municipal, Marcelo Chaves Garcia, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, alunos da rede municipal de ensino e da Atremar.
O Prefeito destacou a importância da conscientização, da preservação do Meio Ambiente:
“É importante lembrar que o lixo que produzimos e como o destinamos, influencia diretamente no nosso meio ambiente. A preservação do meio ambiente começa com pequenas atitudes diárias, que fazem toda a diferença.”
Hoje é o Dia Mundial do Meio Ambiente e, neste ano, a Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu como tema a poluição do ar. O objetivo da ONU é chamar a atenção para este grave problema que pode ser evitado pelo poder público e, também, com a ajuda do cidadão. Para isso, em primeiro lugar, precisamos saber qual a carga de poluentes contida no ar que respiramos.
As estações de monitoramento da qualidade do ar medem as quantidades de poluentes presentes em um determinado volume de ar. Mas, no Brasil, menos da metade dos governos estaduais realizam este acompanhamento, uma responsabilidade que compete a eles. Por isso, parte da população brasileira nem sequer tem meios para saber a qualidade do ar que respira. Para termos um quadro mais completo da qualidade do ar, é necessário que as autoridades responsáveis expandam as redes de monitoramento.
Na Plataforma de Qualidade do Ar, do Instituto de Energia e Meio Ambiente, é possível consultar a existência e a localização de estações de monitoramento da qualidade do ar e, ainda, pesquisar o histórico de dados registrados. Depois de saber como está o ar, é preciso identificar quais as fontes emissoras de poluição. Aí entram em cena os inventários de emissões atmosféricas, que nos indicam quem, o quê, quando e onde emitem poluentes. Sem isso é impossível planejar medidas de redução de emissões apoiadas sobre bases científicas. Por exemplo, o Inventário de Emissões Atmosféricas do Transporte Rodoviário de Passageiros no Município de São Paulo mostra que automóveis e ônibus são grandes responsáveis pelas emissões de material particulado e óxidos de nitrogênio, dois poluentes que causam danos à cidade. Entretanto, poucas cidades no Brasil têm inventários de emissões.
Geralmente, nos grandes centros urbanos onde há monitoramento e inventários, como é o caso de São Paulo, as evidências indicam que a má qualidade do ar está associada, em sua maior parte, às emissões de poluentes dos automóveis, ônibus e caminhões. Assim, duas maneiras possíveis e complementares de se reduzir as emissões são: tecnologias e fontes energéticas menos poluentes e transportar pessoas e mercadorias de modo mais eficiente, usando menos veículos automotores.
O uso de tecnologias e fontes energéticas menos poluentes vem sendo gradualmente implementado desde o final dos anos 1980 pelo governo federal, por meio do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE). Neste caso, os veículos elétricos tendem a ter um papel no futuro mais limpo, pois o PROCONVE está relacionado à aplicação de tecnologia. Já o transporte de pessoas e mercadorias de modo mais eficiente, diz respeito à mobilidade urbana e, portanto, ao cotidiano do cidadão.
Além de poluir mais, o crescente número de automóveis nas cidades tem levado ao aumento do tempo perdido em congestionamentos, à ocupação excessiva de espaços públicos e aos acidentes de tráfego. Com todos esses danos, o uso excessivo do automóvel pode e deve ser evitado. Assim, políticas públicas para a melhoria do transporte público e do transporte ativo como caminhada, uso de bicicleta e de patinetes melhoram a vida em coletividade nas densas cidades.
O prefeito de Três Pontas, Marcelo Chaves Garcia, está em Brasília participando de uma importante reunião para tratar de assuntos ligados à Furnas. Ele também assinou uma carta pedindo explicações junto com outros 38 prefeitos referente ao nível das águas. Por telefone, ele conversou com nossa reportagem.
O evento em Brasília no dia de hoje é uma sessão solene em comemoração aos 72 anos de Furnas, sendo presidido pelo Deputado Federal Alessandro Molon, defensor antigo da empresa e membro da Frente Parlamentar Mista em Defesa de Furnas.
Vários deputados discursaram sobre a importância de Furnas e a luta contra sua privatização. Esteve presente como integrante da mesa o deputado federal majoritário em Três Pontas, Diego Andrade, membro da frente parlamentar em questão, que representou os prefeitos mineiros das cidades banhadas por Furnas.
Ele exaltou a importância da empresa e da manutenção da cota mínima para o desenvolvimento do turismo na região. Segundo o Prefeito Marcelo Chaves, parlamentares e prefeitos estão em busca de respostas sobre o nível de água em Furnas, uma vez que há tempos não existia um período chuvoso tão intenso na região.
“Furnas é importantíssima, mas precisamos preservar a contrapartida pela concessão do espaço pelos municípios para sua instalação, e uma das contrapartidas importantes é o turismo gerado quando há um nível desejado de água na represa. Lutaremos por isso “, declarou o mandatário trespontano.
Ainda conforme Marcelo Chaves, também foram feitas reivindicações sobre a hidrovia para escoamento da produção, das melhorias na infraestrutura (estradas e pontes) e modernização das balsas.
Por telefone direto de Brasília, o prefeito de Três Pontas disse ao Conexão que as melhorias que foram prometidas ainda não vieram, mas que continuará lutando pelos direitos do município, bem como das cidades banhadas pelo Lado de Furnas.
A chefe de Gabinete e secretaria municipal de Indústria e Comércio, Melissa Chaves Garcia, também acompanha os trabalhos.
PREFEITO DE TRÊS PONTAS ESTÁ EM BRASÍLIA COBRANDO DE FURNAS MELHORIAS PROMETIDAS.
Prefeitos de 39 cidades banhadas pelo Lago de Furnas no Sul de Minas pedem explicações para o baixo nível do reservatório. A geração de energia caiu, mas apesar da chuva, a água não subiu na mesma proporção. Em uma carta, eles afirmam que a água de Furnas está sendo desviada para abastecer a Hidrovia Paraná-Tietê.
Em 2011, o lago atingiu a sua cota máxima, com 99,05% de volume útil em média. No mês seguinte, o vertedouro chegou a ser aberto para liberar o excesso de água. Desde então, isso nunca mais aconteceu.
No mesmo ano, a geração média de energia foi de 668 megawats por mês. Já em 2018, esse número caiu para 269 megawats por mês, queda de 59,7%. Mesmo assim, o reservatório não tem se recuperado e atualmente está com pouco mais de 42% da capacidade.
A situação afeta a maior parte dos municípios banhados pelo lago.A preocupação é que agora com a estiagem, a água possa secar e trazer mais prejuízos.
Por isso, prefeitos de 39 cidades da Associação de Municípios do Lago de Furnas (Alago) divulgaram uma carta em que pedem uma explicação sobre a queda no volume do lago e afirmam que a água tem sido desviada para abastecer a Hidrovia Paraná-Tietê.
“Nós fizemos as contas e, pelo que nos mostra aqui, não precisa mais que 19% do lago para produzir energia. E onde está indo o resto dessa água? Essa é a grande pergunta nossa: onde está indo o resto da água?”, questiona Hideraldo Henrique Silva, presidente da Alago.
A carta foi encaminhada ao Ministério de Minas e Energia e para agências federais.
TRÊS PONTAS
Por telefone, direto de Brasília, onde participa de uma importante reunião também para tratar de assuntos ligados à Furnas, o prefeito de Três Pontas, Marcelo Chaves Garcia, que também assinou a carta pedindo explicações junto com outros 38 prefeitos, disse ao Conexão que está cobrando melhorias que foram prometidas e que ainda não vieram, dentre as quais 500 km de hidrovias, melhorias na balsa e também em algumas estradas. O chefe do Executivo de Três Pontas conta, nessa visita à capital federal, com o apoio do Deputado Federal Diego Andrade, que engrossou o coro das cobranças à Furnas.
Segundo o tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador adjunto da Defesa Civil de Minas Gerais, o total de moradores de Barão de Cocais a serem evacuados é de 6.054, em vez dos 9 mil anunciados anteriormente. As cidades de Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo também podem ser atingidas pela lama.
Estudos feitos pela Defesa Civil apontam que as pessoas nesta área tem, em média, cerca de 1 hora para procurar abrigos nos pontos de encontro. Equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais estão em alerta para qualquer necessidade de uma operação de evacuação.
Na sexta-feira, uma reunião foi feita na cidade para conscientizar a população do local dos protocolos de segurança em caso de uma urgência e um treinamento está previsto para ser realizado.
“O plano está sendo qualificado para ter precisão melhor. Estamos falando de 6 mil pessoas. Mas se acontecer nesse exato momento, a polícia militar tem toda a condição de retirar essas pessoas. Os protocolos de segurança estão bem estabelecidos, com tropas da PM, da Defesa Civil e dos bombeiros para fazer a evacuação emergencial”, afirmou a Defesa Civil de Minas Gerais por meio de nota enviada ao R7.
Mais duas cidades, e não apenas Barão de Cocais, podem ser atingidas pela lama de rejeitos da Barragem Sul Superior da mina de Gongo Soco, da Vale, caso a estrutura se rompa.