Na entrevista, Conexão aborda temas polêmicos, como a relação do atual Chefe do Executivo com o ex-Senador Clésio Andrade
Nos últimos dias, o Conexão Três Pontas publicou algumas entrevistas que vêm gerando grande repercussão, opiniões divergentes e sequentes pedidos de direitos de resposta. Após a entrevista com o Deputado Diego Andrade, o Prefeito Paulo Luís, citado pelo legislador federal, rebateu algumas afirmações. E desta vez foi o ex-Vereador e Professor João Victor Mendes de Gomes e Mendonça quem solicitou nosso espaço para se pronunciar, embora o Chefe do Executivo não o tenha citado nominalmente, deixando nas entrelinhas dizeres (aparentemente) contra João Victor. Revelações polêmicas, questionamentos até então não abordados. Mais uma relevante que merece a atenção dos trespontanos:
Xtp – Com relação a essa entrevista que foi publicada pelo Conexão Três Pontas e também por outro veículo de comunicação. O que você achou? Nominalmente você não foi citado, mas todos os dizeres realmente levam a crer que se trata de você. Tanto é que você está solicitando esse direito de resposta. O que você achou dessa entrevista?
João Victor – Penso que o Prefeito mais uma vez falta com a memória e ele mesmo se contradiz com sua palavra. Eu não preciso levantar documentos, até tenho alguns. Mas a própria palavra dele desdiz o que ele tenta afirmar. E nós vamos demonstrar isso ao longo desta entrevista.
Xtp – Um dos trechos que mais chamou atenção na entrevista do Prefeito Paulo Luís foi quando ele disse que sabe de muita coisa e que, até para proteger algumas pessoas, prefere levar para o túmulo. Enquanto vereador, enquanto secretário de Educação, o que você fez de errado que possa manchar seu passado?
João Victor – Eu tive todas as contas aprovadas quando trabalhei na gestão junto com a ex-Prefeita Adriene, que me dá muito orgulho, e muitas das realizações dessa grande administração, que foi a da Adriene, quem participou sabe que tem as minhas mãos. Então eu não sei de nada que possa me manchar. O Prefeito também sabe que eu sei dos esforços que foram feitos, dos investimentos que foram feitos para o eleger no seu primeiro mandato. Foi com muita dificuldade que na época conseguimos vencer o então candidato Dr. Glimaldo Paiva. Então tudo que foi feito, foi feito as claras e deu a ele inclusive a vitória.
Xtp – Com relação ao tempo que você esteve como vereador, alguma mancha? Algum processo?
João Victor – Não tenho nenhum processo durante o exercício da vereança, não tenho nada que possa me manchar. Pelo contrário, a minha participação do período em que fui vereador, foi de 1993 a 1996, me honra muito. Porque eu pude participar além do processo legislativo, de várias conquistas, sobretudo no governo do ex-Prefeito Tadeu Mendonça. Quando passo, por exemplo, em frente ao CAIC eu me alegro muito, porque aquele projeto nós conseguimos viabilizar através do então deputado Sergio Naia, e nós montamos aquele projeto, aquela área de doação às 3 horas da madrugada. Eu me alegro muito quando passo enfrente ao Sesi porque também participei efetivamente como vereador na época para trazer uma sede para Três Pontas. Quando vejo que Três Pontas, Graças a Deus, com todos os problemas que teve com a falta d’água, não tem falta d’água efetiva pelo fato do projeto Sete Cachoeiras, eu também me alegro muito porque também tive participação efetiva nisso, junto com o ex-Prefeito Tadeu Mendonça, ele é testemunha, eu estava no BDMG no dia da assinatura e quando inclusive foi sugerido ao ex-Prefeito Tadeu Mendonça que mudasse o projeto, ao invés de água fazer asfalto. E ele foi taxativo, claro que ele queria trazer água, porque Três Pontas faltava água, ele queria industrializar Três Pontas. Quando passo hoje perto da sede da Tecnotextil, antiga Pênalti, eu também me alegro porque também participei para trazer a Pênalti na época. E assim por diante, nós podemos enumerar muitas coisas como vereador que eu fiz. Como secretário, que fui da ex-Prefeita Adriene, as obras estão ai pra qualquer um ver. Em todas elas teve minha participação efetiva porque eu gozava e gozo não só da simpatia mas da confiança da hoje minha amiga Adriene.
Xtp – Nessa época que você foi vereador, eu me recordo de uma desavença com o ex-Prefeito Carlos Mesquita. O que houve de verdade entre vocês?
João Victor – Na época foram questões meramente políticas, meramente questões administrativas. Mas infelizmente teve um problema de uma loteria que tentou-se colocar aqui em Três Pontas e que a Câmara teve que fazer seu papel. Infelizmente teve um processo e nós participamos daquele processo que chegou até a Câmara Municipal. Hoje, o Carlos é meu amigo. Inclusive teve com a gente nas eleições, companheiro inclusive político.
Xtp – Não procedem rumores da época de que você só votava favorável a ele, enquanto Prefeito, quando queria garantir o emprego da sua esposa ou uma vantagem pessoal para você?
João Victor – Pelo contrario, nunca teve isso. A minha esposa realmente na época trabalhou, na época poderia ser contratada como professora, ela foi contratada, manteve o cargo pela sua competência, depois ela fez um concurso público, passou e hoje ela é concursada da Prefeitura Municipal de Três Pontas e passou no concurso estadual e é concursada pelo Estado de Minas Gerais.
Xtp – Voltando a algumas declarações do atual Prefeito. Com relação a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) que foi perdida, enfim… Uma das grandes polêmicas e um dos grandes centros de discussão sempre alardeados, levantados pelo seu grupo, pelo grupo do Deputado Diego Andrade e do então Senador Clésio Andrade. Na entrevista o Prefeito diz inclusive que “graças a Deus na superintendência da Caixa Econômica Federal, alguém foi iluminado, um engenheiro foi iluminado para evitar que a ETE se tornasse, com as devidas proporções, uma nova Petrobrás”. Pergunto: Vocês iriam desviar dinheiro da ETE pra colocar no próprio bolso?
João Victor – São falácias, são mentiras. Jogatina de palavras que ele sabe fazer muito bem. Se assim o fosse, ele teria o dever de tomar as providências judiciais sob pena de crime de prevaricação, capitulado no Artigo 319 do Código Penal ou Artigo Primeiro do Decreto 201 da Lei de Improbidade. Porque ele não fez? Porque não existe. O que tinha, se houve alguma coisa, foi questão de duplicidade de itens. Numa licitação de quase 16 milhões e quem conhece o processo sabe que você licita, mas você não paga totalmente, paga pelos serviços prestados e se o serviço fosse realizado no governo dele. Se tivesse algum item em duplicidade certamente ele não pagaria. Outra coisa: Porque ele não convocou a segunda empresa colocada? Porque que ele não abriu processo contra a empresa? Porque que ele não denuncia claramente isso que ele afirma de maneira ardilosa, mentirosamente? Porque não existe. O que existiu está aqui no documento retirado do próprio site da Prefeitura Municipal de Três Pontas, da Transparência. Os recursos disponibilizados no Ministério das Cidades no valor, na época, de R$ 15.581.940,00 (Quinze Milhões, Quinhentos e Oitenta e Um Mil, Novecentos e Quarenta Reais.) Parte desse recurso já estava na conta da Prefeitura, todo mundo sabe que se faz o projeto, tem de um montante geral e na medida que vai fazendo a obra, vai prestando contas, vai liberando a segunda parcela, a terceira e assim sucessivamente. O que houve é que por picuinha política, ele deixou perder aproximadamente 16 milhões de reais. Outra coisa que ele fala, e aqui preciso refrescar a memória dele, quando diz que não teve a participação do Diego Andrade, que é uma verba do PAC 2, que o Diego não era deputado. Diego hoje é deputado pelo segundo mandato. Em 2011 ele era deputado no primeiro mandato. Ele participou efetivamente junto com o Senador Clésio Andrade pra viabilização desse recurso que não teria nem contrapartida, de maneira que esses recursos foram perdidos. Volto a dizer, 16 Milhões de reais perdidos por picuinha política do Sr. Prefeito, assim como deixou perder 50 mil reais que foi conseguido pelo deputado Duarte Bechir através do vereador Paulo Vitor da Silva para o Esporte. É assim que ele age, infelizmente é desta forma. Então a questão da ETE é essa. E eu desafio o Prefeito, se ele sabe de alguma coisa que ele afirma aqui, ele tem o dever de denunciar ao Ministério Publico.
Xtp – Ainda em relação a ETE, o Prefeito apresentou alguns documentos da Caixa que realmente mostrariam duplicidade de itens. Se houve duplicidade de itens isso não configuraria algum tipo de desvio, de má intenção? De corrupção?
João Victor – Em uma obra do vulto que é uma estação de tratamento de esgoto, pode haver sim uma ou outra duplicidade. Isso não é corrupção, isso não é algo que macula, porque não foi pago e não seria pago. Como eu disse na medição da obra os engenheiros da Caixa teriam que dar o aval, a Prefeitura teria que dar o aval, então não foi como alguns chegaram a afirmar no grupo do Prefeito, que houve superfaturamento. Não houve faturamento, não houve nem a obra. Como que teve superfaturamento? Então nesse caso sim cabe à Administração tomar todas as medidas, acompanhar a realização da obra e pagar por aquilo que efetivamente fora realizado, o que ele não fez e deixou perder os recursos.
Xtp – A Praça da Juventude também é sempre um outro tema abordado por vocês. Ele disse que o projeto inicial seria na Mina do Padre Victor, que não teria condições e que a Caixa não aprovou. Depois seria atrás da Oficina de Artes e Ofícios. A contrapartida que seria de 50 mil reais teria passado para 200 mil reais, ou seja, 1/3 da obra. Como você vê isso?
João Victor – Outro recurso que foi perdido pelo Sr. Prefeito. Está no site da Prefeitura, no item da Transparência, em Convênios federais. Tá escrito: Implantação da Praça da Juventude, primeira etapa, Eram três etapas. Foram conseguidos os recursos, parte desse recurso para a primeira etapa já estavam na conta da Prefeitura e foi devolvido sob essa alegação que você citou em sua pergunta. Pra quem quer fazer, tem que ajudar, tem que correr atrás. Caberia ao Prefeito, se houvesse erro de projeto, erro de local, buscar alternativas, acionar o deputado Diego Andrade para ajudar nisso, apresenta rum novo local. O que não se pode é simplesmente devolver a verba e isso aconteceu, mais uma vez por picuinha política. Perderam-se os recursos de um projeto maravilhoso. Seria uma obra de aproximadamente 2 milhões de reais, onde os recursos da primeira etapa já estavam na conta da Prefeitura.
Xtp – Na sua época como vereador era normal um legislador fazer frequentes viagens e não apresentar as despesas, como de hotel, por exemplo? O Prefeito citou que está ocorrendo isso agora, afirmando que um vereador teria feito inúmeras viagens sem apresentar comprovação dos gastos, já que teria recebido essas diárias. Você acha isso correto?
João Victor – Isso é uma questão interna da Câmara. Na minha época tínhamos que apresentar todos os comprovantes de cada gasto com as viagens. Hoje tem um regime que é legal e que é instituído de diárias. Você recebe as diárias e faz o que você entenda, se vai dormir no hotel caro, barato, etc. Eu particularmente acho o regime anterior, da minha época, que você prestava conta com notas fiscais de tudo que você gastava, desde um cafezinho, mais moral, mais transparente. Existe uma lei municipal que instituiu o regime de diária e o agente político recebe essa diária e não presta contas item por item, como era no passado. Depois o tribunal de Contas analisa isso tudo e se houver alguma irregularidade será detectada.
Xtp – Quando se fala em política em Três Pontas, uma das coisas que mais cansa a população trespontana, que torra a paciência das pessoas, é essa interminável briga, rivalidade, disputa com muitas trocas de acusações entre o seu grupo (grupo do ex-Senador Clésio Andrade) e o grupo do Prefeito Paulo Luís. Percebe-se que esses embates só atrasam o desenvolvimento de Três Pontas. O Prefeito citou agora que gostaria de tomar um café com o Deputado Diego Andrade e que está aberto para uma aproximação. Paulo Luís disse também que muito dessa “briga” é inflamada pelos assessores do Deputado Diego Andrade, que ficam fazendo “birrinha”, blindando o Deputado. Vocês, de fato, blindam o Deputado Diego Andrade? Não concordam com uma aproximação entre ele e o Gestor Municipal?
João Victor – Essa sua pergunta é muito boa e mostra que o Prefeito sofre de lapsos de memória. Quando ele fala agora de aproximação com o deputado Diego, ele se esquece que durante a campanha política ele falava de enxotar o Deputado Diego Andrade, o então Senador Clésio Andrade. O grupo do atual Prefeito falava isso. Até citavam o nome do Diego e do Clésio como uma doença. Mas, que bom que ele agora mudou de ideia. Nós não temos nada contra o Prefeito se aproximar do deputado. O compromisso é com Três Pontas e nós queremos realizações. O Deputado Diego Andrade está pronto para isso. Mas quando se fala em realizações, acredito que o atual Prefeito terá que trabalhar muito para conseguir cumprir suas promessas de campanha. Vou pegar algumas coisas: Criação de um Centro de Fisioterapia; Conservação do PAM (não fez isso e deixou perder a verba da UPA); Construção de Piscinas Cobertas,; Entrega de Medicamentos; Criação de um Núcleo de Saúde chamado Saúde é Coisa Séria com agendamentos prévios por telefone ou internet para agilizar o processo de atendimento nos postos e laboratórios; uma entrevista que deu à EPTV logo depois de eleito afirmando que iria entregar medicamentos nas casas, etc. Ele terá que trabalhar muito para cumprir suas promessas, seu plano de governo. Nós queremos que ele apresente realizações, coisas que não estamos vendo. Não há blindagem do deputado. Diego não recebe demanda do prefeito. Não basta apenas falar, é preciso apresentar projetos, cadastrar esses projetos, acompanhar esses projetos para não perdê-los. Não admitimos o fato do Deputado Diego Andrade mandar os recursos, como para a ETE, de 16 milhões de reais, UPA, Praça da Juventude, e o Prefeito deixar perder. E quando se deixa perder, o Deputado perde as emendas e não consegue mandar nem para outras cidades. Que bom que o prefeito pensa em restabelecer um contato. É preciso que ele não apenas abra suas portas, mas seu coração também. Porque não adianta abrir as portas e não ter boa vontade para atender, sem dar andamento e sem ter a empatia para realizar.
Xtp – Uma dúvida minha, pessoal: O Prefeito Paulo Luís e o seu grupo estavam juntos na primeira eleição dele. Ele venceu as eleições com total apoio de todo seu grupo e do então Senador Clésio Andrade. Hoje são inimigos políticos. O que houve de verdade? Porque isso nunca foi esclarecido? Onde a parceria e a confiança se perderam? De quem é a culpa pelo rompimento?
João Victor – Eu não tenho dados claros sobre isso. O que eu posso dizer é que a postura do Prefeito não é de agregar e de somar. A postura dele é de desagregar, de dividir. Uma postura de uma gestão autoritária, déspota, individualista. Infelizmente ou felizmente, quem conhece o então Senador Clésio Andrade, que trabalhou com ele, como eu, sabe que apesar de uma grande visão empresarial, é uma pessoa que trabalha em equipe, que soma, que divide responsabilidades e que cobra por isso. Essa incompatibilidade administrativa é que certamente causou o rompimento.
Xtp – Insistindo no assunto, não seria verdade que o atual Prefeito Paulo Luís teria rompido com o então Senador pelo fato de não aceitar “cabresto”, de não concordar com o fato ou suposto desejo de Clésio Andrade querer mandar na cidade e fazer do Prefeito apenas um fantoche? Isso não teria acontecido também com o saudoso Prefeito Glimaldo Paiva? Dizem que o médico estaria triste por não concordar com as interferências e desmandos do então Senador. Isso é verdade?
João Victor – De maneira nenhuma! Isso são questões apenas de imaginação. O Dr. Glimaldo veio a falecer com três meses de governo apenas. O então Senador Clésio Andrade nunca quis mandar na cidade. O que ele mandava eram recursos, equipamentos, emendas para Três Pontas. Clésio Andrade, sou testemunha, sempre respeitou, inclusive as ações da ex-Prefeita Luciana Mendonça. Ele dava seu ponto de vista mas destacava que era ela a prefeita. Não foi por isso que houve esse rompimento com o Paulo Luís e nem motivou uma tristeza e doença do Dr. Glimaldo Paiva.
Xtp – Na entrevista com o Prefeito Paulo Luís, sem citar seu nome, ele deu a entender que você acha a imprensa eletrônica, a imprensa on line de Três Pontas tendenciosa, manipuladora. Você realmente acha isso? Baseado em quê?
João Victor – Isso é falácia. Mentira do Prefeito. Ele coloca palavras na minha boca que não são verdades. O que houve é que eu conversava com um colega seu de profissão é que ele me mostrava que independente de qualquer pessoa que estivesse na Prefeitura, o espaço sempre seria dado. E eu respeito muito isso, porque sei a dificuldade que é se fazer jornalismo, ainda mais numa cidade de interior. Sei da força geradora de fatos que a Prefeitura gera e é normal, necessário que se cubra fatos da Prefeitura. Eu jamais disse que a imprensa é manipulada pela Prefeitura ou por quem quer que seja.
Xtp – Na última eleição muitas pessoas disseram que um dos motivos da derrota do médico Luiz Roberto seria a sua presença na chapa. Agora, algumas pessoas afirmam que, a exemplo de sua figura que estava muito queimada, hoje seria o Vice-Prefeito Erik Roberto o político mais queimado em Três Pontas. Você concorda com essas afirmações?
João Victor – Eu já falei pra você em outra oportunidade que eu fui vítima de algumas falácias. Na vida pública é sempre complicado, nos tornamos alvo. A história é senhora da razão. Muito daquilo que foi colocado contra mim na época foi fabricado. Eu seria o candidato a prefeito e depois mudaram e eu virei vice. Colocaram um estigma em cima de mim e isso foi muito amenizado hoje em dia. Com relação ao Erik, eu lamento que esteja ocorrendo, estar queimado. Acho que é o reflexo de suas escolhas, embora tenha muito respeito por ele. Mas há outras questões, que realmente estão queimadas na Prefeitura e o Erik não deve se deixar queimar também.
Xtp – Em outro ponto polêmico da entrevista que fiz com o Prefeito Paulo Luís ele diz que há pessoas que vivem na barra da saia de políticos, que não têm competência ou que não deixaram e nem deixarão nenhum lastro de realizações na história justamente por viverem na dependência de políticos. Você vive na barra da saia do Deputado Diego Andrade?
João Victor – Eu não sou assessor do deputado Diego Andrade. Não tenho nomeação, não recebo nenhum recurso, como nunca recebi. Minha vida profissional consta na minha carteira de trabalho. Sou professor e advogado. Exerci várias funções que constam na minha carteira de trabalho. Eu não vivo de política, eu falo política! Quanto o prefeito afirma isso, digo que ele está com a memória defasada. Minhas rendas vêm de minhas atividades profissionais. Sou professor do Unis. Venho da zona rural, do chão de fábrica da Etel e você sabe disso Roger porque trabalhou lá. Tudo o que tenho se deve ao meu trabalho. Nunca vivi na barra da saia de ninguém, nem do deputado Diego Andrade e nem de outras pessoas. Nunca vivi através do poder público. Eu não tive a sorte que algumas pessoas tiveram de receber concessão pública e trabalhar nisso ganhando muito dinheiro. Eu nunca ganhei numa loteria. Vivo do meu trabalho. Sou apenas um correligionário e um amigo pessoal do Deputado Diego Andrade.
Xtp – O que o saudoso ex-Deputado Sérgio Naya e o ex-Senador Clésio Andrade, tinham em comum na sua opinião?
João Victor – Sérgio Naya tinha suas particularidades. Ele era mais pessoal, não era assistencialista, mas ia direto ao eleitor, como a doação das casas, dos materiais de construção, etc. Já Clésio e Diego são de realizações mais abrangentes e coletivas. O Naya vinha no seu helicóptero, entregava balas para as crianças, fazia algo por cada pessoa. Você acompanhou isso de perto Roger. Ele deixou grandes obras como a Apae e o Caic. Teve grandes realizações e a Apae deve muito a ele. São pessoas diferentes. Mas que fizeram muito por Três Pontas.
Xtp – Suas considerações finais.
João Victor – O nosso objetivo é somar. É ver uma cidade próspera, progressista e justa. No próprio plano de governo do atual Prefeito ele cita isso: “capaz de construir uma cidade progressista e justa”. Desejo que isso se realize com trabalho, educação e saúde. Não gostaria de descer às questões particulares, privadas. A vida pessoal do Prefeito Paulo Luís não me interessa. E as minhas críticas são apenas ao administrador, nunca a pessoa dele. Eu até evito de dizer seu nome, pois critico apenas o gestor. Infelizmente a sua administração está muito em débito coma população de Três Pontas, sobretudo por conta de seu plano de governo e de tantas coisas que não realizou. Quando ele falta que o Deputado está em débito com Três Pontas ele deveria rememorar, pois o débito com Três Pontas não é do Deputado. Diego Andrade, quando teve as portas abertas realizou por Três Pontas, como o Sest/Senat, a empresa Thega que gera centenas de empregos, ampliação da Tecnotextil, creches nos bairros Santana e Antônio de Brito, postos de saúde que foram construídos e terminados agora, as primeiras 200 casas populares. Além disso deixou aberta mais 500 casas para Três Pontas, o Ciama também, o Ginásio Delvo Correa, o PSF do bairro Padre Victor, infraestrutura do Pontalete, Ginásio Coberto e Posto De Saúde no Quilombo Nossa Senhora do Rosário, o galpão da Atremar, recursos para o Hospital, ônibus, ambulâncias, etc… Tudo isso feito pelo deputado Diego Andrade. Se ele estivesse em débito não receberia mais de 16 mil votos. Ele quer realizar muito mais. Mas que não seja impedido de fazê-lo.