O Brasil criou 129.601 vagas com carteira assinada em abril, segundo o Ministério da Economia. O número é resultado das 1.374.628 admissões menos os 1.245.027 desligamentos registrados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Houve recuperação em relação ao mês anterior, quando foram fechadas 43.196 vagas formais. No ano, o saldo é positivo, com 313.835 postos de trabalho gerados.
Segundo a secretaria especial de Previdência e Trabalho, o resultado de abril está relacionado aos setores de serviço, indústria de transformação e construção civil, responsáveis pela maior parte da geração de empregos no mês. Destaca-se ainda que o saldo de emprego foi positivo nos oito setores econômicos.
Entre os destaques, o setor de serviços abriu 66.290 vagas de emprego e apresentou saldo positivo em todos os seis subsetores, com crescimento de 0,38% em relação ao mês anterior. A indústria de transformação gerou 20.479 postos formais. Na construção civil, foram criados 14.067 vagas.
De acordo com o Ministério da Economia, este foi o melhor resultado para abril desde 2013. Na época, o Caged registrou a criação de 196.913 vagas. Terceiro ano consecutivo de saldos positivos e crescentes no mês, “o número reflete a recuperação do contingente de empregos formais em abril desde 2017”, segundo a pasta.
“O Caged de abril tradicionalmente é positivo e esse mês não decepcionou. Todas as regiões do país registraram melhora no emprego em abril. E foram 23 Unidades da Federação com abertura de vagas e penas quatro Estados com perda de empregos”, destacou o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo,
Segundo o Caged, todas as regiões apresentaram melhora na geração de empregos, com destaque para o Sudeste, que criou 81.106 postos formais. Na sequência, aparecem as regiões Nordeste (15.593), Centro-Oeste (15.240), Sul (14.570) e Norte (3.092).
O emprego foi positivo em 23 estados. Os maiores saldos ocorreram em São Paulo (50.168), Minas Gerais (22.348), Paraná (10.653), Bahia (10.093) e Maranhão (6.681). Entre as quatro unidades da federação que apresentaram saldo negativo, o maior recuo ocorreu em Alagoas, com o fechamento de 4.692 vagas de emprego, seguido do Rio Grande do Sul (-2.498) e do Rio Grande do Norte (-501).
Trabalho intermitente
De acordo com os dados do Ministério da Economia, em abril foram gerados 5.422 empregos na modalidade de trabalho intermitente. Nesta categoria, que foi autorizada pela reforma trabalhista em 2017, o trabalhador é registrado em carteira, mas só trabalha se o patrão convocá-lo. O salário e os benefícios trabalhistas são proporcionais às horas de trabalho prestadas à empresa. Esse resultado representa um aumento de 36,1% na comparação com abril de 2018, quando o saldo foi de 3.983 empregos intermitentes.
Foram registradas ainda 7.419 admissões em regime de tempo parcial e 4.592 desligamentos, gerando um saldo positivo de 2.827 postos de trabalho. Em abril, ocorreram 17.513 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, 38,1% a mais que os 12.677 casos registrados em igual período de 2018.
*Veja
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Roger Campos
Jornalista
MTB 09816
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