Estátua viva ou estátua humana é uma performance artística em locais públicos de um artista de rua, imitando uma estátua com movimentos estáticos. Pausas sem movimento, controle sobre o corpo e técnicas e mímicas podem prender a atenção dos espectadores.

E aqui em Três Pontas um artista de rua tem chamado a atenção na rua Dona Isabel, em frente a Mattos Calçados. Há vários dias ele tem voltado com o corpo todo pintado por uma maquiagem (tinta) prata e ali fica por horas a fio, trocando de movimentos a cada intervalo de vários minutos o que, muitas vezes, assusta, pega desprevenido aqueles que param pra olhar, sem saber do que se trata, achando ser uma estátua verdadeira.

Os primeiros relatos de estátua viva chegam-nos do antigo teatro grego, onde em determinadas situações os actores faziam poses imitativas de estátuas. Na renascença apareceram representações de grupos em imobilidade querendo mostrar quadros vivos. No final do século XIX, as esposas dos artistas de circo costumavam receber o público também com recriações de esculturas ou pinturas famosas. Nos anos 20 aparecem relatos na dança da quietude física enquanto arte (Olga Desmond) e nos anos 60, Gilbert and George utilizam também as técnicas da estátua viva nas suas performances.

Em 1987, António Santos aka Staticman começa as suas criações de estátuas vivas na rua (Rambla, Barcelona) e em 1988 bate o record guinness de imobilidade (15h, 2min, 55 seg), com as suas apresentações pela Europa vai ganhando seguidores e hoje as estátuas vivas são presença em muitas das ruas das cidades deste nosso mundo, e em Três Pontas não é diferente.

Todo artista de rua é, além de um talento, um grande sobrevivente do capitalismo selvagem, da falta de oportunidades, um batalhador que merece todo o nosso respeito e auxílio.

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