DEFENSORES FERRENHOS DOS ANIMAIS, ELES SÃO VERDADEIROS ANJOS PARA OS BICHINHOS JUDIADOS E ABANDONADOS.
O quadro Histórias de Vida, criado pelo portal Conexão Três Pontas, tem o objetivo de homenagear, em vida, pessoas de todas as classes sociais, profissões, funções ou perfis, que tenham se destacado por trabalhos relevantes ou simples, por exemplos deixados ao longo dos anos, por um legado de amizades e respeito. E hoje, estamos merecidamente homenageando, contando um pouco da história do casal, defensor dos animais, Tânia Pinheiro e Popó Diniz.
Tânia tem 48 anos de idade, é natural de Três Pontas. Nasceu na extinta Usina Boa Vista. Trabalhou no Colégio Prósperi por 19 anos, onde também foi coordenadora da Educação Infantil. É formada em Pedagogia e atualmente é professora pela Prefeitura Municipal. Trabalha em creche há cerca de 20 anos, sendo muito querida pelos colegas de profissão e também pelas crianças.
Francisco Fabiano Diniz, o Professor Popó, é vereador. Formado em Engenharia Elétrica é nascido em Três Pontas. Também se formou em Física e tem Pós-Graduação em Gestão Escolar e ainda Mestrado em Ciências da Linguagem. É professor há mais de 20 anos e atualmente trabalha no Colégio Travessia, no Colégio Alpha em Varginha e ainda no cursinho do CRA em Alfenas.
Tânia e Popó estão juntos há 18 anos, sendo que os últimos 10 dedicados à causa animal.
Sonho Realizado que Clama por Ajuda
Há dois anos, Tânia e Popó realizaram o sonho de construir um imóvel para abrigar o projeto que cuida dos animais de rua. O Recanto das Vidinhas foi todo idealizado e realizado pelo casal, com recursos próprios.
“Há pessoas desinformadas ou maldosas que dizem que construímos aquele canil com ajuda da Prefeitura ou de algum deputado. Isso não é verdade. Foi tudo na raça, com nosso dinheiro e algumas doações que nos ajudam muito, mas que são insuficientes”, disse o vereador.
O local abriga atualmente 200 cães, sendo que 60 são do antigo Canil Municipal. O casal explica que a Prefeitura encaminha ração para alimentar os 60 cães que estavam no antigo canil. O restante, 140 animais, é sustentado com dinheiro do próprio casal.
Além disso, eles também coordenam Feirinhas de Adoção e realizam diversos programas de castração. Tânia não mede esforços para resgatar animais maltratados, largados para morrer. Até de túmulos no Cemitério local ela já resgatou filhotes de vira-latas. E o companheiro Popó apoia, incentiva e ajuda em tudo que é possível.
Quem se dispõe a fazer o que eles fazem? Quem dedicaria seu tempo para cuidar dos cães mal tratados, abandonados, como fome, sede e frio? Quem tiraria recursos do próprio bolso para cultivar esse gesto lindo de doação e amor? Pouquíssimas pessoas. Mas Tânia Pinheiro e Popó Diniz fazem. Fazem muito, são verdadeiros exemplos de seres humanos dedicados aos animais indefesos. E, por incrível que pareça, ainda tem muitos que os criticam.
Mas é como diz o ditado: “só recebe pedrada árvore que dá fruto. Enquanto alguns desalmados (infelizes e incapazes que certamente têm uma vida miserável) maltratam, abandonam, envenenam, matam por prazer os cachorros de rua, Tânia e Popó gastam grande parte de seus rendimentos cuidando daquilo que deveria caber ao Município e a cada um de nós, cidadãos.
Enquanto meia dúzia “late” contra esse querido casal, eles não se deixam abater e seguem alimentando, medicando, dando guarida, cuidando as feridas do corpo e as cicatrizes da alma. Dão carinho. Felizmente a grande parte dos trespontanos reconhece o trabalho desenvolvido por este casal. Infelizmente poucos ajudam. Deveriam ajudar mais, afinal de contas, são dezenas de animais amparados no imóvel que, como eles dizem, foi feito para essas “vidinhas”.
Tânia e Popó não precisam provar mais nada, não devem satisfação a ninguém (exceto o vereador no exercício de suas funções legislativas). Essa reportagem vem fazer justiça e gritar por ajuda, na expectativa de sensibilizar todos aqueles que amam os cães, criaturas que só querem um pouco de amor e comida. Doem qualquer quantia em dinheiro. Doem ração, medicamentos, tudo que for possível, para que esse trabalho abençoado possa ter sequência.
E, lembre-se, nada justifica abandonar um animal de estimação. Mudou para uma casa menor, para um apartamento, seja qual for o motivo, não importa. Tudo vira pretexto, desculpa esfarrapada para descartar quem tanto nos dedica amor, carinho e fidelidade.
Por todo esse exemplo de vida, por serem seres humanos acima da média (tão fiéis e amorosos quanto os cães), por tomarem pra si um problema que é de todos nós, pelas injustiças que sofrem, o Conexão tem muito prazer e orgulho em poder contar um pouco da História de Vida do casal Tânia e Popó. Parabéns! Que Deus abençoe vocês.
“Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. E, por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso.”
“A compaixão pelos animais esta intimamente ligada a bondade de caráter, e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem”
INDIQUE PERSONAGENS PARA CONTARMOS HISTÓRIAS DE VIDA
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Roger Campos
Jornalista
MTB 09816
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