AINDA MENINO, TRABALHOU NA ROÇA, APANHOU CAFÉ, CORTOU CANA E FOI SERVENTE DE PEDREIRO.

O quadro Histórias de Vida, criado pelo portal Conexão Três Pontas, tem o objetivo de homenagear, em vida, pessoas de todas as classes sociais, profissões, funções ou perfis, que tenham se destacado por trabalhos relevantes ou simples, por exemplos deixados ao longo dos anos, por um legado de amizades e respeito. E hoje, estamos merecidamente homenageando, contando um pouco da história do querido  comerciante Vítor Sérgio Paulino, o “Vítinho da Potencial”.

Vitor Sérgio da Silva Paulino é filho de Mariza Barbosa Silva e Oscar José Paulino. Tem três irmãs: Cinthia de Fátima Paulino, Solania Aparecida Paulino e Simone Aparecida Paulino, que faleceu aos 11 anos de idade em decorrência de um acidente de bicicleta. Trabalhador desde cedo e muito envolvido com questões sociais, Vítor é querido por toda cidade e além do bom humor, sua grande característica, não mede esforços para ajudar a quem precisa.

É casado há 13 anos com Elizângela Paulino e tem dois filhos que, ele mesmo diz, são “tudo” na vida dele: Pedro, de 3 anos e Julia, de 7 anos.

Começou a trabalhar ainda novinho, criança da verdade. Com 9 anos de idade já ajudava os pais vendendo picolé. Aos 10 anos foi trabalhar em uma oficina de reparo de eletrodomésticos. Aos 12 começou a trabalhar no campo, como apanhador de café. Sempre buscou conciliar o trabalho com os estudos.

Aos 14 anos, já podendo ter a Carteira de Trabalho assinada na época, como aprendiz,  foi trabalhar na extinta e saudosa Usina Boa Vista. “Lá eu cortei cana, capinei, e fiz tudo que podia. Naquela época eu já estudava a noite. Aos 15 anos e meio fui para São Paulo com meu pai trabalhar de servente de pedreiro, ficando lá por 3 anos. Ao voltar de São Paulo retornei aos estudos”, conta Vitor, mostrando que a vontade de vencer na vida veio desde cedo, somada a necessidade de reforçar o orçamento da família, ajudando como podia seus pais.

Desde então Vitor trabalhou em vários estabelecimentos comerciais, de supermercados até lojas de peças de automóveis. Trabalhou na construção do SESI em Três Pontas. Até que um dia recebeu um convite do dono da empresa Potencial Auto Center para trabalhar.. Na época o proprietário era Hélder Rafael Andrade, a quem Vitor se diz muito grato pelo que fez por ele.

Foram dois anos trabalhando com o então chefe. Em seguida o dono lhe ofereceu a compra da oficina. “Eu assustei pois não tinha condições financeiras de comprar. O valor era alto. Mais ele ofereceu condições ótimas para que eu adquirisse a oficina e deu certo. Então aí comecei a trabalhar firme com meus companheiros. E hoje, gracas a Deus, depois de quase oito anos está tudo dando certo. De desempregado virei patrão do dia para a noite, com muito trabalho, empenho, luta e apoio dos meus companheiros”, revelou Vitor.

Conciliando seu trabalho e a paixão pelo Clube de Regatas Flamengo, Vítor sempre procura atuar na área social. Ajuda a Polícia Militar, a APAE, a Vila Vicentina e os Anjos Socorristas Voluntários. Durante um período ajudou no Curso de Noivos, preparando almoço para vários casais.

“Hoje eu agradeço tudo que consegui a Deus e a minha família que tanto me apoiou. Não podendo esquecer da minha esposa que sempre esteve do meu lado, os funcionários, clientes e amigos”, concluiu.

Vítor é uma pessoa simples, humilde e sempre pronto para servir, tanto em seu trabalho quanto nas questões pessoais. De sorriso fácil, bom contador de histórias e considerado um grande marido e um pai amoroso, Vítor Paulino, o Vitinho da Potencial, que começou do zero e está vencendo na vida, graças ao trabalho, a fé e a dedicação, é um exemplo de que o esforço vale a pena, de que fazer o certo compensa. Ele, desta forma, além de ser um exemplo para seus colegas de trabalho e, principalmente, para seus filhos, é merecidamente homenageado pelo Conexão Três Pontas, tendo aqui e agora contada a sua bela História de Vida, inspirando a muitos. O Conexão estende a todos os trabalhadores humildes, da cidade e do campo essa homenagem. Parabéns!