Inegavelmente a vida dá muitas voltas e nos ensina incontáveis lições. Luís Felipe Scolari, o técnico do pentacampeonato mundial para o Brasil em 2002, ficou marcado pelo maior vexame da história da Seleção Brasileira, quando tomamos a maior goleada na história das copas, 7 x 1 para a Alemanha. Infelizmente o brasileiro tem memória curta e a maravilhosa conquista pelo plantel canarinho que tinha Ronaldo e Rivaldo no comando e o “paizão da Família Scolari” como treinador ficou esquecida ou diminuída diante daquele fiasco de 2014 em terras brasileiras. Mas Felipão, agora, deu a volta por cima aqui no Brasil.
Depois da inacreditável derrota e eliminação do Brasil para a Alemanha na Copa do Mundo realizada no Brasil em 2014, Felipão viveu seu pior momento como treinador e acabou aceitando o convite para treinar o Grêmio entre 2014 (pós Copa) e o início de 2015. Mas uma goleada sofrida diante do rival Internacional selava o fim na casa tricolor gaúcha. E com as portas fechadas e total descrédito, Felipão acabou indo parar na China. E aí tudo começou a mudar.
Num cenário de futebol emergente, sem visibilidade, mas com muito dinheiro e jogadores famosos chegando, como o meia brasileiro Paulinho, Luís Felipe Scolari venceu pelo Guangzhou Evergrande, onde conquistou sete títulos e deixou seu nome marcado na história do clube. Foram três temporadas no futebol asiático e uma estabilização do Guangzhou como uma potência do futebol chinês.
De volta ao Brasil, após tropeços consecutivos e total desconfiança ao trabalho do então treinador Roger Machado, Felipão retornava a sua “casa verde”. O Palmeiras, time onde Felipão já havia conquistado 5 títulos, lhe abriu as portas. Depois daquela gangorra pessoal, como técnico, sendo campeão municipal pela Seleção em 2002 e depois o maior vilão em 2014 diante dos alemães, depois de marcar história no outro lado do mundo, Felipão precisava provar que ainda era vencedor aqui no seu país. E com números impressionantes, após pegar o Palmeiras em sétimo no Brasileirão 2018, levou o time do Parque Antárctica a conquista nacional, com o melhor segundo turno da história dos pontos corridos, melhor ataque, melhor defesa, melhor time jogando fora de casa e por aí vai…
Luís Felipe Scolari suportou as eliminações do Palmeiras na Copa do Brasil e na Libertadores da América, essa última diante de um inspirado Benedetto, carrasco palmeirense, jogando pelo Boca Juniors. Um projeto multimilionário bancado pela Crefisa fez o Palmeiras ter um elenco invejável, craques e jogadores de alto nível aos montes. Mas foi com Felipão que o Brasileiro novamente ganhou as cores verde e branca.
O maior sonho dos palmeirenses, o Mundial de Clubes, ainda não veio. Continua sendo o desafio da Crefisa e do Palmeiras. Mas enquanto ele não aporta em “terras palestrinas”, o Brasil e o mundo já ganharam, novamente, um grande paizão: Luís Felipe Scolari.
Parabéns Palmeiras pela conquista! Parabéns Felipão!
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Roger Campos
Jornalista
MTB 09816
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