Por mais racionais que tentamos ser, a banalidade como a vida vem sendo tratada nos tira da chamada zona de conforto e os sentimentos afloram, os medos são exalados por nossa pele e a revolta toma conta do nosso ser. Já perdi a conta de quantos textos, comentários, críticas e apelos já fiz em torno da violência contra nossos filhos. Parece tudo em vão. Nada muda, um caso encobre o outro, vira mera estatística enquanto pais e mães sangram enterrando seus próprios filhos. Gente, pelo amor de Deus, pais não podem enterrar seus filhos, estamos invertendo a ordem natural das coisas.

Nos foi garantido por Deus que teríamos vida e vida em abundância. Mas a violência está nos roubando isso! Nos foi garantido pela Constituição Federal o pleno direito de ir e vir, a dignidade, a segurança e a vida plena. O crime e a crueldade humana nos tem tirado tudo isso.

Como se não bastasse as doenças cruéis e impiedosas que têm levado nossos filhos, a violência também ganha cada vez mais espaço.

Está insuportável essa situação. Vivemos um caos na segurança pública do país e como se não bastasse roubar o nosso dinheiro e quebrar o Brasil, continuam, tirando a vida dos nossos filhos, delapidando o nosso convívio com eles, afanando-lhes o direito de crescer, de se tornarem adultos, de casar, de ter filhos, de envelhecer. Estão usurpando a lei da vida.

Nossos filhos saem de casa e nunca sabemos se voltam vivos ou num latão do Instituto Médico Legal. Crianças e adolescentes estão expostos, sujeitos a essa desenfreada violência, aos instintos mais monstruosos de pessoas desalmadas, sem coração, sem afeto, sem temor às coisas do Alto.

Não, nossos filhos não podem continuar a mercê desses bandidos que banalizaram a vida por uma satisfação sexual momentânea, pelo desejo de ter um tênis, uma mochila, um celular que muitas vezes ralamos feito condenados para dar aos nossos filhos. Matam para ver o buraco da bala e o sangue escorrendo, filmam atrocidades e postam nas redes sociais num sadismo inacreditável, transformando vidas em mercadorias num açougue a céu aberto que vitimiza não bois e vacas – nem os animais irracionais deveriam sofrer – mas jovens na flor da idade.

Hoje foi descoberto o corpo da menina Vitória Gabrielly de apenas 12 anos. Só tinha 12 anos! Condenada pelo crime por brincar na rua de sua casa, por andar de patins. Conseguem imaginar o terror que ela deve ter passado, a dor dos ferimentos e da brutalidade de homens certamente muito mais fortes que ela, de corpo magro, frágil, em formação? Me dói tentar imaginar os últimos instantes de Vitória. E seus pais? Encontraram a filha amada destroçada num matagal coberta de lixo.

Lixo! É isso que a vida humana se tornou na mão dos marginais.

A polícia, muitas vezes, até faz seu papel. Mas falta efetivo, falta aparato, falta melhores condições de trabalho, também falta segurança pra eles que saem de casa para nos defender. Mas isso não é nada diante da falta de respeito que os heróis de farda recebem como moeda de troca da população. Alguns adoram “pagar de bandidinhos nas redes sociais, como se isso lhes desse ibope, poder, status. Aí me vem a tal justiça… “Eita ferro”!!! A tal justiça arcaica, ultrapassada, obsoleta que minutos depois põe o vagabundo na rua, de volta ao convívio da sociedade. Pra matar de novo!

Falar o quê de um país onde uma assassina de pai e mãe ganha saidinha da cadeia no Dia das Mães; onde o goleiro Bruno dá autógrafos e posa pra fotos com crianças; onde o ex-ator Guilherme de Pádua (assassino de Daniela Peres) ganha fã clube e inúmeras pretendentes antes de “virar pastor”; onde, definitivamente, a banana está comendo o macaco, o certo é fazer errado e aquele que defende o certo é ridicularizado?

Muitos de nós temos filhos e filhas. Muitas mulheres sonham com a beleza máxima da gravidez e não conseguem. Lutam pela adoção. Aí vem um delinquente e nos rouba esse filho, espanca, estupra, sequestra e mata.

Há ainda aqueles que, como na Holanda e agora na Argentina, defendem o assassinato de fetos. Gente mal informada, mal amada, mal intencionada que defende o extermínio de vidas indefesas. Fazem até manifesto, gritam a favor do aborto. Esses também estão jogando nossos filhos no lixo, são assassinos e, na minha opinião, deveriam ser punidos com as mais severas penas da lei. Afinal, no caminho de um ser humano existe dois limiares: a vida e a morte. Muitos estão encontrando a morte. Não estão dando aos nossos filhos o direito de nascer ou de viver.

Aí alguns “modinhas” naqueles lindos e inexoráveis discursos cheios de teses e “mimimi” tentam achar pretexto para justificar o homicídio travestido de aborto. Devemos sim respeitar todas as opiniões. Mas, pra mim, nada justifica tirar uma vida. Nada! Na hora de “abrir as pernas” e se deliciar com o coito é bacana. Assumir responsabilidade é difícil né?

Cada um defende o que quer, não é assim que clamam? Eu defendo o que acredito, basicamente tentando seguir os ensinamentos cristãos.

Estão sepultando nossos filhos de todas as formas. Isso não pode continuar acontecendo. Socorro!!! Pais não podem enterrar seus filhos.

“Não matarás” (Ex 20,13). Jesus disse no Sermão da Montanha: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás. Aquele que matar terá de responder ao tribunal’. Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão terá de responder no tribunal”. (Mt 5,21-22).

Portanto, o quinto Mandamento não proíbe apenas “não matar”, mas todo ato ou pensamento que possa ferir o outro física ou moralmente. Assim, a calúnia, a difamação, a perseguição, a exploração da pessoa em qualquer forma, a vingança, o ódio, etc., são pecados contra o mandamento.

O mesmo mundo que evolui é o que muda a lei da vida.

Em épocas de paz os filhos enterram seus pais. Nos dias atuais os pais estão sepultando seus herdeiros.

Que Deus proteja nossos filhos…

Texto: Jornalista Roger Campos

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Roger Campos

Jornalista

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