Produção reverencia carreira da Pimentinha com grande qualidade musical e roteiro afetivo na voz e performance da cantora mineira; com apresentação única, espetáculo retorna à capital mineira depois de temporada de sucesso no Rio de Janeiro.

O Grande Teatro do Palácio das Artes recebe, no dia 24 de agosto (sábado), apresentação única do espetáculo “De Coisas que Aprendi com Elis”. No show, a cantora Isabela Morais revisita o cancioneiro consagrado por Elis Regina a partir de um roteiro íntimo e arrebatador que joga luz sobre o legado da maior intérprete da música popular brasileira. A produção mineira de Três Pontas, celeiro de artistas, traz instrumentistas de destaque na cena musical contemporânea da região: Bruno Vieira (bateria), Clayton Prósperi (piano e arranjos), Dedê Bonitto (baixo) e Ismael Tiso (guitarra). Os ingressos antecipados custam R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia-entrada), à venda na bilheteria do teatro e pelo site Ingresso Rápido.

Um recorte afetivo cuidadosamente construído artisticamente convida o público a repassar o repertório eternizado pela Pimentinha a partir de clássicos como “Águas de Março”, “Como Nossos Pais” e “Romaria” – e igualmente um mergulho no lado B, com músicas como “Rancho da Goiabada”, “Cobra Criada” e “Onze Tiros”. O espetáculo, que esteve em Belo Horizonte com casa lotada em 2018, retorna à capital mineira após temporada de sucesso no Rio de Janeiro, marcada pelo impacto musical da banda e pela performance arrebatadora da cantora mineira, além de apuro visual de luz, figurino e cenário (inspirado no álbum “Elis, essa mulher”).

“De um ano pra cá, o roteiro amadureceu muito ao longo dos shows. Algo que o público poderá notar”, conta Isabela Morais. Assim, o espetáculo traz uma narrativa que permeia as canções, amarradas por memórias afetivas que se mesclam com o legado de Elis e com a própria história da cantora gaúcha, suas posições e o contexto histórico de sua obra. “O roteiro consegue trazer a obra de Elis pro agora no exercício de rememorá-la. Ao contar a história da Elis no palco, contamos a história do Brasil e o que ainda dele ressoa em nós.”

“De coisas que aprendi com Elis” transita entre diferentes fases de uma das maiores intérpretes do mundo, homenageando um cancioneiro que parece sempre dialogar com realidade social do país – desfilam no repertório temas de Tom Jobim, Chico Buarque, Ary Barroso, Vinícius e Baden, João Bosco, Ivan Lins, Rita Lee, Belchior, dentre outros. À frente da desafiadora tarefa está Isabela Morais, 31 anos, cantora de interpretação autêntica, técnica e expressiva, com trajetória em projetos da MPB (a exemplo da turnê do disco “E a gente sonhando”, com Milton Nascimento) ao rock (como o Ummagumma The Brazilian Pink Floyd, tributo que arrasta multidões há mais de 15 anos). Cantar Elis torna-se assim uma retribuição por um aprendizado de referências de palco e de vida.

Aprender com Elis e encontros

“De Coisas que Aprendi com Elis” não se propõe a simular a figura da cantora, mas emerge no palco um aprendizado sincero, ora íntimo, ora catártico. Por fim, o talento de Isabela Morais traz naturalmente Elis ao palco, em sua força que atravessa tempos e segue emocionando públicos de diferentes gerações. Do desejo de ser estrela do rádio aos festivais, do samba e bolero à bossa nova, de um olhar moderno sobre o passado à descoberta de jovens talentos nos anos 60 e 70. Sempre inquieta, Elis é o próprio espelho da MPB em sua inventividade, busca de novas linguagens e diálogo com a vida social brasileira. E é isso que emerge do espetáculo a partir de um roteiro no qual Isabela Morais – nascida seis anos após Elis falecer – costura tempos e afetos.

Da emoção de “Atrás da Porta” ao suingue de “Aprendendo a Jogar”, o espetáculo deixa clara a importância dos encontros na trajetória de Elis. E dois deles têm destaque: com o maestro Tom Jobim, através de clássicos como “Chovendo na Roseira” e “Águas de Março”, e com Milton Nascimento, numa irmandade que se concretizou no mergulho da cantora gaúcha pela riqueza musical das Minas e do Clube da Esquina, em temas como “Caxangá” e “Vento de Maio” – no show, essa passagem afetuosa ainda é brindada com um medley de temas mineiros pelo quarteto instrumental.

Música contra o esquecimento

O repertório de Elis parece sempre olhar para um país em dívida consigo mesmo. Tendo sua carreira cravada exatamente no período de exceção que se estende de 1964 (quando chega ao Rio) ao início da abertura política do início dos anos 80, a artista cantou um país que muitas vezes teima em esquecer sua história e virar as costas para seu povo. Temas como “Mestre Sala dos Mares” e “Onze Tiros” são emblemáticas por trazerem à tona lutas e histórias que não podemos esquecer jamais, assim como não naturalizar os tiros que seguem ressoando..

Para Isabela, repassar em show esse legado de Elis é um constante aprendizado. “Eu estou em processo de gravação do meu primeiro disco, enquanto esse show ganha os palcos. E a experiência é riquíssima, porque cantar Elis é pensar sobre suas escolhas estéticas. O que contemplar de cada compositor é um processo de aprendizado importantíssimo”, conta. “Construir um repertório nos dias de hoje é demonstrar a capacidade de Elis de há mais de 30 anos entoar canções que são capazes de nos ajudar a pensar e sentir o Brasil de agora. – uma coisa que é ao mesmo tempo vigorosa e num constante tensionamento, visto que Elis construiu toda a sua carreira durante um estado de exceção”, avalia. Temas como “O Bêbado e a Equilibrista”, por outro lado, mostram que vale a pena apostar na esperança.

Ficha Técnica:

Isabela Morais – intérprete, argumento e direção musical

Clayton Prósperi – piano, arranjos

Dedê Bonitto – contrabaixo, arranjos

Bruno Vieira – bateria

Ismael Tiso – guitarra

Realização: Verdes Eventos

Produção: Maria Isabel Silva

Assistente de Produção e Mídias: Mayara Carvalho

Técnico de Monitor e PA: Mazinho Nogueira

Roadie (assistente de palco): Marco Véio

Cenografia: Espaço Ficção

Iluminação: Desenho Cênico

Assessoria de Imprensa: João Marcos Veiga

Sobre os músicos

Isabela Morais é cantora, compositora, produtora cultural, atuando desde cedo na carreira artística. Idealizadora, vocalista e instrumentista na banda Marginália. Backing vocal da Ummagumma The Brazilian Pink Floyd há 16 anos. Participou da gravação do álbum e da turnê do projeto “E a gente sonhando” (2010-2011) de Milton Nascimento. Ao lado do Trio Ogã (SP), se apresentou em importantes casas e instituições, como o MIS SP, com tributos a Vinicius de Moraes e Ary Barroso. Atualmente grava seu primeiro álbum solo, “Do Absurdo”.

Bruno Vieira é baterista, percussionista e professor. Já acompanhou diversos músicos e trabalhos nos mais importantes festivais do país. Integra o Grupo de Choro Brasileirinhos (Varginha-MG) e é diretor da empresa Segue o Som Produção Musical.

Clayton Prósperi é compositor, músico, professor de piano, arranjador, intérprete e cantautor. Formado em piano erudito na UFMG, tocou e cantou ao lado de grandes nomes como Milton Nascimento, Toninho Horta, Fredera e Lenine. Sua composição autoral “Eu Pescador”, em parceria com Haroldo Jr., foi gravada por Milton Nascimento e Wagner Tiso no álbum “E a Gente Sonhando”. Atualmente é integrante do grupo sul mineiro Compasso Lunnar com obras autorais e grava seu primeiro álbum solo.

Dedê Bonitto é músico mineiro, professor, contrabaixista, produtor e diretor musical, atuando em projetos e gravações diversas no Sul de Minas, Salvador, São Paulo e já tendo tocado com grandes nomes da música brasileira, entre eles Wagner Tiso. É integrante do Quartetto Sentinela.

Ismael Tiso Jr. é compositor e multi-instrumentista natural de cidade de Três Pontas (MG). Em 2004 gravou no DVD Pietá de Milton Nascimento a faixa bônus “Paciência”, com a participação do compositor Lenine. Iniciavam-se então trabalhos com gravações e shows por todo Brasil acompanhando Milton, jornada que teve como seu ponto mais alto a gravação de uma das canções do jovem compositor (“do samba, do jazz, do menino e do bueiro”) no álbum “…e a gente sonhando”, lançado em 2010 pelo ilustre conterrâneo e padrinho musical. Em 2016 Ismael marca sua estreia como compositor lançando o primeiro disco solo, “Ventos do Sul,”. Desde 2016 integra o grupo Compasso Lunnar e atualmente grava seu segundo álbum.

Serviço

“De coisas que aprendi com Elis” – c/ Isabela Morais – Palácio das Artes – BH (MG)

Quando: 24 de agosto (sábado), às 21h

Onde: Grande Teatro do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537 – Centro – BH)

Quanto: 1° lote: R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia) | 2° lote: R$ 90 (inteira) e R$ 45 (meia)

Vendas: Bilheteria do Teatro (segunda à sábado, 10h às 21h, domingo de 17h às 20h)

Vendas online: https://www.ingressorapido.com.br

Duração: 1h50

Classificação: livre

Redes sociais: Facebook: fb/decoisasqueaprendicomElis/

Instagram: @aprendicomelis

Informações: (31) 3236-7400 (bilheteria). (35) 99971-5998 (produção)

 

Fonte: João Marcos Veiga (31) 9.8788.4534 | [email protected]

 

Curta a página do Conexão Três Pontas no facebook

www.facebook.com/conexaotrespontas

12729255_119502638436882_132470154276352212_n

Roger Campos

Jornalista

MTB 09816

#doadorsemfronteiras

Seja Doador de Médicos sem Fronteiras

0800 941 0808

OFERECIMENTO

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *