Após as novidades como Pix Saque e o Pix Troco em 2021, o conceito de “open” e “multi” Pix deve acelerar a adoção do pagamento instantâneo
O sucesso do Pix em seu primeiro ano como meio de transferência de recursos é incontestável e confirma a crescente inserção dos brasileiros no mundo da economia digital. Criado pelo Banco Central, o Pix, segundo dados da entidade, registrou 380 milhões de chaves e movimentou mais de R$ 623 milhões, sendo usado por 71% da população.
O tamanho do sucesso é tão grande quanto o potencial de crescimento deste meio de pagamento no comércio, ainda subutilizado. Segundo o BC, embora as transações com Pix envolvendo pessoa-empresa venham crescendo, ainda representam apenas 17% do volume total. A criação de novos produtos como o Pix Saque e o Pix Troco no final de 2021 e outros que são aguardados, como o Pix Parcelado e o Pix Por Aproximação, devem colaborar neste avanço.
“A utilização do Pix nos estabelecimentos começou no modelo B2B em que o cliente transferia recursos diretamente para a conta do estabelecimento, o que se mostrou ruim porque dificultava o controle da operação e abria espaço para fraudes – era um QR Code estático ou CPNJ do comércio local disponibilizado ao lado do caixa”, explica Roberto Moron, vice-presidente de Inovação da Fiserv para a América Latina.
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A empresa, líder global em pagamentos e tecnologia de serviços financeiros, que já tinha o SiTef® – Solução inteligente de Transferência Eletrônica de Fundos – em funcionamento, atendendo mais de 130 mil estabelecimentos comerciais e 400 mil pontos de venda (PDV) decide então disponibilizar a aceitação do Pix neste hub de automação comercial. Com isso, dá-se início ao conceito de ‘open’ e ‘multi’ hub, já que a americana estava ligada a diversas instituições financeiras e fintechs de forma “agnóstica” em todos os canais de captura integrados com todos os Provedores de Serviço de Pagamento (PSPs).
Com a proposta de ser o trilho ao unir Pix e SiTef, a Fiserv passa a usar APIs (Interface Programação de Aplicações, em inglês) de recebimento dos bancos às principais automações comerciais do mercado brasileiro e soma mais de um milhão de terminais de captura de credenciadoras que operam com a Fiserv, estando compatíveis com as soluções Pix homologadas.
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“Levamos o Pix de forma simples e ágil e, no final do dia, o estabelecimento sabe exatamente quanto foi vendido por Pix, dinheiro, cartão de crédito ou carteiras digitais. Ser um hub integrador de múltiplos Pix representa dar ao estabelecimento, independentemente do tamanho dele, a oportunidade de escolher com quem trabalhar”, complementa Moron que também alerta para a velocidade de adoção de Pix para B2M (Business-to-many).
O uso do PIX integrado está crescendo mês contra mês, cerca de 30%, e na visão do executivo da Fiserv deve seguir neste ritmo ao longo de 2022. Para a empresa, se ser agnóstico é a chave do sucesso do Pix, é necessário trabalhar com um time de experts na construção desse “trilho” que leva as transações de um lado para o outro. “Estamos trabalhando intensamente para homologar que a maior quantidade de Provedores de Serviço de Pagamento (PSPs) sejam integrados ao Pix do SiTef”, afirma o vice-presidente.
“As novas modalidades vão se desenvolver com o tempo. É preciso criar uma cultura dos dois lados e se mostrar útil para o comércio, repensando a jornada do cliente e os incentivos oferecidos”, comenta o executivo que cita um exemplo.
Com o Pix Saque, lojas podem utilizar o sistema para reduzir gastos com segurança e transportadoras de cédulas e moedas até o banco. “Para estimular o cliente a usar a opção Pix Saque, a loja pode oferecer algum benefício. Se gasta dois reais a cada 100 reais transportados para depósito no banco, um real pode ser de desconto para quem usar o Pix Saque.”
Fonte Infomoney
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