CÔNEGO DOUGLAS É O 18º PÁROCO DA MATRIZ D’AJUDA EM TRÊS PONTAS.

Já estamos vivenciando mais uma Semana Santa. Especialmente para os católicos, a data é uma das mais importantes do calendário cristão. E para marcar esse momento de fé onde a caridade, o jejum e a oração se fazem mais presentes, a reportagem do Conexão Três Pontas fez uma entrevista especial com o Cônego Douglas Baroni, novo Pároco da Matriz d’Ajuda em Três Pontas. Ele substitui o querido Padre Ednaldo Barbosa, que durante vários anos comandou a Paróquia e deixou um legado de muitas realizações e ensinamentos.

Douglas Baroni assumiu a Paróquia Nossa Senhora d’Ajuda no dia 25 de janeiro. Antes, exercia a função de Vigário Geral da Diocese na cidade de Baependi. Também conhecido pelo perfil sério, pulso forte, é considerado um dos “homens fortes” da Diocese da Campanha, um sábio e que tem total confiança do Bispo Dom Pedro Cunha Cruz.

Ele tem 42 anos de idade (08 de julho de 1976) e foi ordenado padre em 11 de outubro de 2003.

No dia de 04 de junho de 2018, o novo Pároco da Matriz de Nossa Senhora d’Ajuda, Cônego José Douglas Baroni, apresentou a defesa de dissertação de Mestrado, pelo Pontifício Instituto Superior de Direito Canônico agregado à Faculdade de Direito Canônico da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma sendo aprovado com Magna Cum Laude (Com Grandes Honras). A defesa abordada pelo Cônego José Douglas Baroni, versa sobre “O ministro ordenado e a celebração eucarística no Código de Direito Canônico vigente”.

Cônego Douglas Baroni é um estudioso fervoroso. Com muito empenho e esforço teve papel importante em todo processo de beatificação de Nhá Chica e, agora, chega à Terra do Padre Victor, para administrar uma paróquia complexa, grande, com demandas, problemas e um povo de muita fé.

O QUE É “CÔNEGO”?

Os títulos de cônego e monsenhor são honorários e atuam como conselheiros do Bispo, entre outras funções.  Cônego e Monsenhor são títulos de homenagem e reconhecimento por serviços prestados à Igreja.

VINDA À TRÊS PONTAS

“É um prazer comunicar com todos vocês, através desse meio de comunicação tão forte, para sempre levar a Boa Nova de Jesus. Quando Dom Pedro Cunha Cruz, Bispo da Diocese me comunicou a vinda para Três Pontas, nos meses de novembro e dezembro de 2018, o que é normal naquela época do ano, as transferências dos sacerdotes, fiquei muito feliz. Uma surpresa e felicidade ao mesmo tempo. Eu estava deixando uma Beata para assumir um Beato, ou seja, estava saindo da terra de Nhá Chica e agora assumindo a paróquia na cidade de Padre Victor. Três Pontas é muito especial pra mim, Fica próximo a minha terra natal que é Varginha e a minha avó materna é trespontana, nasceu na antiga Fazenda Pitangueiras que era do meu bisavô Mariano Cardoso. Minha avó foi batizada na Igreja Matriz que hoje eu sou pároco. É realmente uma enorme felicidade para mim. O povo de Três Pontas é muito fervoroso em sua fé e isso me alegra muito.”, destacou Cônego Douglas.

TRABALHO DO ANTECESSOR PADRE EDNALDO

“Vejo o trabalho do Padre Ednaldo Barbosa, meu amigo, de forma louvável e analiso com toda delicadeza e respeito. Seus feitos devem ser reconhecidos. Sua postura, sua forma clara e tão presente, sua lisura administrativa. Não tenho nada a dizer contra o seu trabalho. Nós nos conhecemos de longa data e trabalhamos juntos em algumas paróquias como seminaristas. Moramos juntos no curso de Filosofia em Campanha e de Teologia em Pouso Alegre. Quando ele se ordenou Diácono e depois Padre eu fui um dos cerimoniáveis de sua Ordenação. Temos um laço afetuoso e respeitoso. Somos pessoas bem diferentes, com personalidades únicas. Mas nada desmerece todo seu legado glorioso deixado na cidade de Três Pontas”, comentou.

SEUS DESAFIOS EM TRÊS PONTAS

“Eu sou um sacerdote da continuidade. Nunca desmereço meus antecessores. Eu não sou um marco da Igreja. A Igreja não começa comigo e nem termina comigo. Sou do processo da continuidade. O que o Padre Roberto fez nós também queremos fazer. O que o Padre Liu deixou nós também pretendemos deixar. O que o Padre Ednaldo realizou nós daremos continuidade e queremos realizar grandes coisas também. Queremos somar sempre. Sou o 18º pároco de Três Pontas e ao lado de mim 17 outros párocos por aqui passaram, sem esquecer dos auxiliares, dos vigários gerais que muitas vezes são esquecidos e que também tiveram importantes papéis, trabalhos notáveis deixados. São eles importantíssimos no trabalho pastoral junto ao pároco.

Claro que eu trago para Três Pontas meus sonhos, projetos, ideais. Temos muito a fazer, grandes obras a concluir, obras a fazer e isso será feito paulatinamente, dentro das grandes necessidades urgentes. No atual pontificado do Papa Francisco ele nos pede que sejamos uma igreja em saída, ou seja, que vá ao encontro das periferias existenciais e geográficas. E nós sabemos que em Três Pontas temos muitas periferias existenciais, mais até que as periferias geográficas. Temos a demanda de tantos jovens descrentes, famílias desestruturadas, o avanço quilométrico das drogas, bebidas exacerbadas, tantos outros crimes que acontecem aos nossos olhos. Queremos estar junto nessas periferias existenciais. Preciso muito do apoio das mídias sociais, da família e dos grandes setores da sociedade para que sejamos todos uma igreja em saída. Igreja em saída não é uma igreja vazia. Igreja em saída é uma igreja visivelmente contemplada nos olhos da fé e com os pés na realidade humana. Temos um grande sonho que o nosso grande Centro Pastoral Dom José Costa Campos que precisa ser reativado. Temos capelas urbanas que precisam de melhorias, bem como em algumas comunidades rurais”, revelou ele.

NOSSA MÃE E PADRE VICTOR

“A Igreja na sua essência sempre procura ter seus critérios objetivos e singulares. Quando a Igreja declara alguém como beato ou santo ela está dizendo que aquela pessoa é íntegra, é verdadeira. Siga seu exemplo, suas pegadas deixadas na história. Como beato, referente ao Padre Victor, seu culto é mais singular. Não tem um culto universal. Torna-se-á universal quando receber a graça da canonização e para isso é necessário a comprovação de mais um milagre. Estamos em estudo, averiguando a possibilidade de termos um milagre plausível, perpétuo, autêntico e duradouro que comprove de fato a canonização. O mesmo se aplica a Nossa Mãe do Carmelo. Mas em nossos corações eles já são sinais de profunda santidade. Assim como é com Nhá Chica e com o Bispo, Servo de Deus Dom Otto Motta. Na nossa diocese temos uma pluralidade vocacional de santidade. Independentemente de qualquer milagre, eles já são em nossos corações benditos e bem aventurados”, emendou.

SEMANA SANTA

“Estamos agora vivendo um grande retiro quaresmal. O retiro da Igreja em que ela se retira na sua cor mortuária que é o roxo para poder dizer que é um tempo de profundo recolhimento, silêncio e entrega ao Senhor. Viver esse tempo quaresmal é viver o jejum, a oração e a penitência imbuídos de um amor sincero e verdadeiro. Uma oração vazia, um jejum descompassivo, uma caridade sem dar ao outro perde sua razão de ser. Perde sua essencialidade no coração do Cristo Salvador.  

Por isso eu convido a cada trespontano, a cada fiel, a descobrir dentro de si mesmo um grande exercício quaresmal para que possa dar sentido a sua vida. Uma vida sem sentido é uma vida vazia”, reforçou.

BÊNÇÃO

“Que essa bênção alcance a todos indistintamente. Não somente aos católicos, mas para todos os fiéis de boa vontade, que estejam de coração aberto, para acolher essa benção restauradora, que traz vida e esperança e traz todas as graças a vocês e a suas famílias. Que essa bênção tenha a intercessão da Virgem Santa Maria e do Beato Padre Victor. Gostaria de estar outras vezes com vocês para que possamos trabalhar em favor da igualdade, da justiça e do bem ao próximo.

O Senhor esteja convosco! Ele está no meio de nós! Por intenção da Virgem Santa Maria, a Nossa Senhora d’Ajuda, o Beato Padre Victor, abençoe-vos o Deus Todo Poderoso, Ele que é Pai, Filho e Espírito Santo, Amém”, concluiu.

 

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Roger Campos

Jornalista

MTB 09816

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