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As redes sociais incorporaram o grito dos excluídos e dos marginalizados em diversas causas importantes e eu aprovo, bato palma, reconheço e incentivo. Em outros casos gente sem saber do que se tratava simplesmente pegou carona em ondas, “modinhas” que vêm e vão só pra ficar bem na foto, literalmente.
Lembra quando os terroristas atacaram o jornal francês que fazia charges apelativas contra Maomé? Aí o mundo inteiro nas redes sociais e nas ruas abriu faixas, mudou as fotos de perfil dizendo “Somos todos Charlie Hebdo!”. Legal, bacana, muito bom”.
Em defesa dos direitos dos gays (mais do que justo) muitos coloriram a foto do perfil com o arco-íris. Bacana, legal, muito bom!
Aqui no Brasil quando teve aquele trágico acidente ambiental da Samarco que devastou Mariana e matou muita gente muitos brasileiros colocaram a foto do perfil em tom marrom, como se estivesse cheia de lama, assim como a cidade. Bela atitude! Muito bom, bacana, legal.
Isso já se repetiu em dezenas de outras ocasiões. Mais do que certo! Bacana, muito bom, legal.
Mas até hoje não vi comunidades defenderem com tanto ardor as coisas de Deus, religiosos cristãos (católicos e evangélicos) que são queimados vivos, assassinados, decapitados e mutilados simplesmente por seguirem a Jesus, como na África e no Oriente Médio. Nunca vi nas redes sociais, nas ruas e também na cobertura sensacionalista da imprensa campanhas com o tema “SOMOS TODOS CRISTÃOS” ou “SOMOS TODOS FILHOS DE DEUS”.
E hoje, mais uma vez, um horror, um ato brutal, macabro, uma monstruosidade contra um ser humano. Um velhinho. Um Religioso. Um sacerdote de 86 anos que foi decapitado pelo Estado Islâmico.
Tá na hora! Cadê a divulgação nas redes sociais “SOMOS TODOS SACERDOTE” ou “SOMOS TODOS “PADRE JACQUES HAMEL”.
A verdade é que o ódio e a intolerância está tomando conta do mundo. O amor está morrendo. Qualquer coisa hoje em dia é motivo para disseminar a ira, o ódio, a inveja, a vingança. O mal está em todo lugar. Inclusive dentro de muitas igrejas que pregam o Santo Nome de Deus em vão.
Caluniam, fazem maledicência, não respeitam ninguém, nem pai, nem mãe, nem professor e nem um padre de 86 anos. Mas Padre Jacques será mais um mártir da Igreja, alguém que viveu, deu a vida e derramou o próprio sangue em defesa de Jesus. E o Pai não esquece.
Eu já mudei minha foto do perfil, não pra ficar bem na foto, mas por viver aquilo que acredito e tenho fé. Cada um faz da sua vida o que quiser, claro. Isso é a tal democracia que dizem existir e que muitas vezes me sinto apedrejado por não respeitarem meus pontos de vista e meu livre direito de expressão. Falam em pluralidade, mas da boca pra fora. O que vale é só a vontade própria, o próprio ego e seus interesses pessoais. Como católico, como cristão, não da boca pra fora e nem por conveniência, estou de luto e digo…
“SOU PADRE JACQUES HAMEL”