Contemplar o tempo é elevar a si mesmo. Sua sabedoria contida é como uma biblioteca, com exemplares a nossa disposição.
É no tempo que está nosso estigma e é com ele que construímos nossa história.
A obediência ao tempo da vida chega a nos escravizar, mas é com ela que libertamos das senzalas promiscuas, como os pássaros da gaiola, a procura de conquistas inteligentes.
Em toda história humana há cicatrizes que insistem em perpetuar no tempo, porém com o seu decorrer vai deteriorando lentamente.
Brincar com o tempo é como a noite estrelada que brinca com o dia solar, disputando quais dos mundos é mais mágico, pois em ambos, a alma vaga sorrateiramente, em busca de alento ou luta humana.
Na adolescência, a vida cristalina flui, velozmente, impedido qualquer obediência aos ditames do tempo. Da vida acarretando volumosos erros primários.
Chega a maturidade, quando transferimos, para a vida a condução do tempo, nos arredores de nossa alma sabia.
O tempo, no pico da juventude, é autoritário e inconsequente por nascer de nosso instinto. Na maturidade é sábio e consequente, nasce de nossa obediência aos ditames do bom senso.
Se você é dessas pessoas, que acredita que o tempo da vida é sonolento, que parece ar de roça às três horas da tarde numa fazenda colonial, descubra que desta mansidão que saem atos inteligentes e sábios.
O tempo da vida é contrário a alta velocidade, submete-se as batalhas diárias, é monótono, porém sábio.
Se na atualidade, acha que o tempo da vida está parado, digo-lhe que é como um jogo de futebol, em que as emoções estão reservadas para os minutos finais, e, que o gol da vitória, sairá da sua preparação diária, juntamente com a contemplação proporcionado pelo tempo da vida, em sua história intima.
Juarez Alvarenga é Advogado e Escritor
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