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A duas semanas da abertura dos Jogos Olímpicos no Brasil, a Polícia Federal prendeu dez suspeitos de planejar um ataque terrorista no País, anunciou o Ministério da Justiça, nesta quinta-feira (21). As detenções fazem parte da operação Hashtag, que segue monitorando outras pessoas com possível ligação com grupos extremistas.
De acordo com o ministro da pasta que comanda a PF, Alexandre de Moraes, o grupo, que se comunicava por WhatsApp e Telegram, passou a chamar a atenção da PF após fazer um “juramento ao Estado Islâmico” pela internet.
Apesar de a investigação não ter constatado um contato direto dos suspeitos com o EI, conversas mostram que eles passaram a “se sentir parte” da facção, além de apresentarem grandes indícios de que os ataques poderiam ser realizados.
“Houve uma série de atos preparatórios e, em um determinado momento, o grupo mostrou que o Brasil deixou de ser um país neutro. E, em virtude das Olimpíadas e da vinda de turistas de diversas nacionalidades, o Brasil poderia se tornar um alvo”, explicou Moraes em coletiva de imprensa.
Além do juramento ao Estado Islâmico, a investigação descobriu que o grupo tentava comprar fuzis AK-47 por meio de sites de mercado negro paraguaios, com a finalidade da “prática clara” de terrorismo. Esse tipo de armamento foi usado no ataque que deixou 49 mortos no mês passado na boate Pulse, em Orlando, nos EUA. Moraes, no entanto, disse que o grupo parecia ser “amador” por “negociar armas pela internet” e não ter “histórico criminoso”.
A primeira prisão ocorreu em Curitiba, onde supostamente vivia o líder do grupo. Posteriormente, nove pessoas foram detidas em nove Estados, o que reforça a suspeita da investigação de que seus integrantes não se conheciam e não tinham contato direto, a não ser pela internet.
Em nota, a PF disse que, para assegurar o êxito e a segurança da Operação, os nomes e a localização dos presos não serão divulgados no momento.
Fonte: Último Segundo – iG