Diversamente de outros tempos, hoje, é complicado e estressante colocar a cabeça no travesseiro e dormir o sono dos justos. Este momento que era significante se tornou sufocante, dado ao fato de vir a tona toda densidade dos pesados problemas do mundo contemporâneo.

O homem de nosso tempo passa a ver, na hora sagrada do descanso, o momento para reflexão sobre sua perplexidade ante o fato da vida moderna, o travesseiro, companheiro solitário e solidário, deste momento, tornou-se um fluxo da corrente que chega invadir o terreno do desconforto.

O travesseiro, este amigo que suporta o peso do nosso pensar, transformou-se na correnteza bravia, que conduz à caminhada em direção ao vale da ebulição existencial, como a montanha da desgraça ao jorrar fontes incomodadas sobre a realidade massacrante, ou ainda, como uma caixa de abelhas, quando agredidas em suas intimidades.

Diversamente de ontem, hoje, os homens do campo não dormem com as galinhas, e muito menos acordam com o cantar do galo. A alvorada que era sintoma de felicidade ao amanhecer, com o entardecer a neblina das desgraças, tiveram seus símbolos modificados.

O matuto alimentava-se com o tradicional feijão da velha, e, esperava a hora do Brasil, para deslocar para seu descanso não havia guerras, o que tornava a paz permanente, as contrariedades eram incipientes, assim como as adversidades eram plenamente e prontamente contornáveis.

Ao que nos parece, este tempo passou, mesmo porque, o homem moderno, trancou a felicidade no xadrez de suas ambições, o travesseiro, que era como ondas, na praia mansa, nos permitindo sonhar e dormir, dormir e sonhar, já não tem o mesmo significado, hoje é como se o homem tivessem colocado guardas para vigiar seus transtornos noturnos.

Os homens de nossos dias se agigantaram perante a modernidade, e, na mesma proporção, se evaporam ante as suas adversidades internas, a vida tomou novos rumos, tanto que, os problemas são de durabilidade permanente, diversamente do que ocorria em outros tempos. Nos permitimos, inclusive, a concluir que os homens tornaram-se vítima de seus próprios sucessos.

Por experiências pessoal, ainda nos permitimos recolher às 22:30 hs e não ouvimos o relógio da matriz bater 23:00 hs. Nosso travesseiro, ainda é light, porque acreditamos que a felicidade está na serenidade com que encaramos as gigantescas ondas do mundo moderno.

Juarez Alvarenga é Advogado e Escritor

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