Uma das maiores vozes da música brasileira calou-se na noite de domingo (15). O cantor Cauby Peixoto morreu às 23h50, aos 85 anos, em São Paulo. Ele estava há uma semana internado no hospital Sancta Maggiore, no Itaim Bibi. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, a causa da morte foi pneumonia.

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O público se despediu de Cauby na Assembleia Legislativa de São Paulo a partir das 9h, quando o corpo do cantor foi velado. O enterro ocorreu a partir das 16h, no cemitério Congonhas, na zona sul.

Na página oficial de Cauby no Facebook, um comunicado avisou os fãs: “Com muita dor e pesar informamos aos amigos e fãs que nosso ídolo Cauby Peixoto acaba de falecer as 23:50 do dia 15 de maio. Foi em paz e nos deixa com eterna saudades. Pra sempre Cauby!”.

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Cauby estava em turnê pelo Brasil com o show “120 Anos de Música”, ao lado da cantora Ângela Maria, onde cantavam músicas que marcaram as trajetórias de ambos, como “Vida de Bailarina” e “Bastidores”. Eles se apresentariam na Virada Cultural, no sábado (21), no Sesc Santo Amaro.

A última apresentação do cantor foi no dia 3 de maio, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. No dia 9, ele desmarcou um show em Vila Velha, no Espírito Santo, e foi internado.

Conhecido por emprestar sua voz aveludada a sucessos como “Conceição”, de Jair Amorim e Dunga, e “Blue Gardenia”, de B. Russel e L. Lee, Cauby foi um dos intérpretes mais homenageados e influentes da MPB.

Ao longo de suas mais de seis décadas de carreira, compositores como Tom Jobim, Roberto e Erasmo Carlos, Caetano Veloso e Chico Buarque emprestaram canções para brilhar na voz de Cauby.

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Em seu currículo constam a gravação de mais de uma centena de registros, entre CDs, LPs e compactos, desde o primeiro “Saia branca/Ai que Carestia”, lançado em 1951, até o mais recente “Minha Serenata”, de 2013.

Pioneiro na gravação de rocks no Brasil, Cauby também obteve sucesso em carreira internacional. Em meados dos anos 50, causou burburinho com uma série de shows nos Estados Unidos quando cantava uma versão em inglês de “Maracangalha”, de Doirval Caymmi, rebatizada de “I Go”. Nesse época, revistas americanas como “Time” e “Life” chegaram a descrevê-lo como “o Elvis Presley brasileiro”.

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Na última década, Cauby chegou aos 80 anos cantando. Mesmo com a saúde debilitada – ele chegou a colocar seis pontes de safena em uma cirurgia, em 2000 -, o cantor se apresentava sentado e chegou a fazer uma longa temporada de shows no Bar Brahma, em São Paulo.

“O Astro da Canção”, sua biografia autorizada foi assinada pelo jornalista Rodrigo Faour, em 2001. Cinco anos depois, foi homenageado com o musical “Cauby”, superprodução teatral com cenografia de Daniela Thomas, direção e roteiro de Flávio Marinho, e estrelado pelo ator Diogo Vilela.

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