CHEGADA DE AVIÃO RUSSO A CARACAS AUMENTAM RUMORES DE FUGA DE MADURO.

Parlamento Europeu reconheceu nesta quinta-feira Juan Guaidó como presidente interino legítimo da Venezuela, após constatar que o presidente do país, Nicolás Maduro, “rejeitou publicamente a possibilidade de realizar novas eleições presidenciais” após o ultimato da União Europeia. Abaixo, veja o momento do anúncio.

O movimento não é uma surpresa. Há dias a União Europeia pressiona Maduro para que convocasse novas eleições gerais, sob o risco de o bloco formalmente apoiar Guaidó na posição de presidente interino. O chavista, contudo, resistiu, sinalizando estar disposto apenas a convocar uma eleição legislativa.

Guaidó se autoproclamou presidente interino da Venezuela em 23 de janeiro, dias depois de Maduro começar um novo mandato como presidente, e um que veio após uma vitória eleitoral em 2018 que foi contestada pela oposição. Desde então, a comunidade internacional segue pressionando o chavista. Nesta semana, o presidente americano, Donald Trump, parabenizou o chefe da Assembleia Nacional da Venezuela pela atitude.

Na Venezuela, a população não é unânime quanto ao posicionamento de Guaidó. Segundo pesquisa realizada na semana passada no país, 39% dos venezuelanos apoiam o chefe da Assembleia Nacional como presidente interino, mas 32% disseram não saber se apoiam ou não. Apesar dessa divisão, 78% querem Maduro fora da presidência.

A chegada incomum de um avião de passageiros da Rússia a Caracas desencadeou rumores nas redes sociais a respeito de sua missão, uma vez que o Kremlin prometeu ajudar o aliado presidente venezuelano, Nicolás Maduro, diante de um esforço apoiado pelos Estados Unidos para tirá-lo do poder.

O Boeing 777, que acomoda até 400 passageiros e pertence à empresa aérea russa Nordwind Airlines, foi posicionado em um espaço particular do aeroporto depois de voar diretamente de Moscou, de acordo com dados de monitoramento de voo e fotos da Reuters.

As redes sociais da Venezuela ficaram repletas de teorias — que a aeronave levava mercenários, estava lá para escoltar Maduro ao exílio ou estava carregada de ouro. Nenhuma das teorias se baseou em indícios concretos, mas a especulação febril é um termômetro do clima de incerteza no país agora que Maduro sofre pressões internacionais sem precedentes para renunciar.

*Exame/G1

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Roger Campos

Jornalista

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