O politizado leitor do Conexão Três Pontas, Bruno Máximo, que é deficiente visual, enviou um texto bastante contundente sobre a morte trágica da jovem Jaqueline Moreira, atropelada pelo ex-presidiário Mauro Carolino, inabilitado, alcoolizado e em alta velocidade, enquanto caminhava próximo ao meio fio na altura do número 1.300 da Rua Espírito Santo, em Três Pontas, por volta das 19 horas desta terça-feira (14).
Em sua mensagem, Bruno, que sempre acompanha as sessões da Câmara Municipal e que sempre se manifesta sobre temas importantes nas redes sociais, aborda algumas questões relevantes que merecem a atenção de nossas autoridades:
“Como começar esse texto?
Bem, como percebi que esse caso da garota que foi atropelada terça-feira a noite no bairro Santa Edwirges, não deu para não falar sobre isso. Primeiramente, quero prestar minha solidariedade a família e amigos desta menina, e que vocês possam ser confortados da melhor forma possível.
Em segundo lugar, uma crítica principalmente aos donos de certos imóveis aqui da cidade a cerca da falta de calçadas no perímetro urbano. Todos os dias me deparo com as tais barreiras arquitetônicas espalhadas pela cidade e obstruindo o passeio.
Por tanto este argumento de que as pessoas aqui na cidade tem uma mania de andar no meio da rua é uma desculpa bem fajuta no meu ponto de vista. Porém, vale a crítica aqui de que há muitas casas aqui na cidade que na questão de muros, extrapolam e fazem construções irregulares muitas vezes obstruindo a passagem de quem precisa usar as calçadas mas que não tem como já que em média esses muros ocupam cerca de 80% da área reservada aos pedestres!
Recentemente foi votado na Câmara aqui da cidade um texto que altera o Código De Postura da cidade colocando limitações de construção de muros. vou lhes dar um exemplo de casa que ocupa a via toda quase sem deixar espaço por exemplo para quem tem a mobilidade reduzida. Vocês poderão inclusive averiguar e verem o quanto a situação é irregular: ali na rua Pedro Augusto Memberg, sentido Centro, do lado da Praça do
Cemitério: a primeira casa a direita para quem vai sentido centro, tem uma casa que ocupa cerca de 80% da calçada. Tem um muro que era de madeira, e que há um tempo virou muro de concreto. Pensei: agora eles refazendo o muro talvez até revejam a questão da falta de espaço na calçada… Que nada, o muro foi feito novamente de forma irregular, e essa casa é só um exemplo prático de construções irregulares aqui na cidade.
Mas há outras construções e que muitas pessoas não denunciam. Não sei se por interesse político, ou se por omissão, mas o fato é que há 10 anos eu observo a mesma coisa. Um dia a gente se cansa e resolve botar a boca no trombone…
Quanto aos donos dessas casas, peço um pouco de ponderação nas construções e que estudem o Código De Postura da cidade. que recebeu uma nova redação há pouco tempo a respeito destas questões.
Por Bruno Máximo.”