ARTIGO ASSINADO PELO DR. EDUARDO MARCONDES LEMOS – GINECOLOGISTA E OBSTETRA
O papilomavírus humano (HPV) é responsável pela doença sexualmente transmissível mais comum do planeta e estima-se que pelo menos 75% da população sexualmente ativa já tenha sido exposta a este vírus.
Ele está diretamente relacionado ao desenvolvimento do câncer de colo de útero, e é também um importante fator de isco para outros tipos de câncer como o de vagina, vulva, pênis, ânus e nasofaringe. E é responsável por cerca de 250.000 mortes a cada ano no mundo.
Além das mulheres, é sabido que o HPV também é capaz de infectar os homens, sendo que nestes, o vírus pode provocar de verrugas genitais até ao câncer. Além disso, os homens são uma importante fonte de transmissão e propagação dessa doença sexualmente transmissível, por serem muitas vezes assintomáticos, mesmo sendo portador do vírus.
A maioria das infecções por HPV não apresenta sintomas e pode se curar sozinha em até 80% dos casos. Contudo, em cerca de 20% das mulheres, a infecção pelo HPV pode ser persistente, podendo evoluir para câncer de colo do útero em até 10% dos casos.
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O diagnóstico precoce, feito pelo exame de preventivo, da infecção possibilita tratamento e cura das lesões. Quando as lesões são diagnosticadas precocemente existe grande potencial de cura.
A faixa etária mais acometida de câncer de colo uterino é entre 25 e 60 anos. Entretanto o contágio pelo HPV ocorre no início da vida sexual na adolescência ou por volta dos 20 anos.
Transmissão
O vírus é transmitido por meio do contato com a pele e mucosas de indivíduos infectados, principalmente a partir do contato sexual.
Diagnóstico
A maior parte das infecções por HPV em homens e mulheres apresenta caráter benigno. Pode manifestar-se como verrugas semelhantes à “couveflor”, mas nas mulheres pode estar escondido dentro da vagina e até mesmo ser detectados somente com exames próprios.
Tratamento
Existem diversos métodos de tratamento e a escolha da melhor opção deve ser feita pelo médico que estiver acompanhando, dentre as opções temos:
– Podofilina
– Ácido tricloroacético,
– Imiquimod,
– Cidofovir
– Eletrocauterização das lesões
– Laser
– Criocirurgia
Prevenção
• Diagnóstico e tratamento precoce: detectar precocemente infecções de alto risco antes de atingirem a malignidade.
• Vacinação
• Uso de preservativos em todas as relações.
• Reduzir o número de parceiros sexuais
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