LUIZ ROBERTO DISSE QUE O EX-PREFEITO NÃO QUIS O SERVIÇO DE BALSA. PAULO LUIS RABELLO SE DEFENDE E AFIRMA QUE PARALISAÇÃO ATENDEU AO MINISTÉRIO PÚBLICO.
Recentemente o Conexão Três Pontas foi procurado pela leitora Mariana Graciano, pedindo informações e ajuda para a retomada do serviço de Balsa do Distrito do Pontalete. Nós levamos o assunto até o prefeito Luiz Roberto Dias. Nesta última segunda-feira (06), ele esteve, ao lado dos vereadores Antônio do Lázaro e Benício Baldansi, no Rio de Janeiro para uma audiência com o presidente de Furnas Centrais Elétricas, Ricardo Medeiros, no sentido de viabilizar esse retorno.
De acordo com o prefeito Luiz Roberto Dias, foi dito a ele pelo presidente de Furnas, que a Balsa deixou de operar porque a gestão municipal anterior não se interessou mais pelo serviço.
“Nós estivemos no Rio de Janeiro e ficamos sabendo que em 2015 foi solicitada a não renovação do serviço da Balsa pelo gestor municipal anterior. O Dr. Ricardo, que é o presidente de Furnas, falou que havia uma solicitação de não continuar com o convênio por parte do ex-prefeito de Três Pontas.
Mas nós pensamos diferente e fomos lutar pela volta da Balsa. Existem três cidades que querem a Balsa. Além de Três Pontas temos Paraguaçu e Elói Mendes. Ele viu o tamanho de Pontalete, fez vários estudos e hoje a sua secretária, Júlia, nos disse que ele está estudando o caso da Balsa do Pontalete e que provavelmente de imediato assinará a liberação para a retomada do serviço.
Ele ficou bem sensibilizado em liberar a Balsa para Três Pontas. Inclusive a Balsa está sendo utilizada em Guapé. Estamos torcendo. Fizemos tudo que podia e agora só falta a assinatura dele. O presidente de Furnas disse assim: ‘O problema são esses prefeitos que não se interessam mais por um serviço e não pensam na população.’ A Balsa é muito importante, insisti com ele, há pessoas que têm terras depois do Pontalete e precisam da Balsa”, explicou Luiz Roberto.
PAULO LUIS SE DEFENDE
Nossa reportagem procurou pelo ex-prefeito Paulo Luís Rabello, citado na reportagem por Luiz Roberto Dias. Ele falou sobre as acusações:
“Eu acho engraçado esse tipo de declaração. Isso é um absurdo. Falar isso é uma mentira muito grande. Quero dizer ao Conexão que eu não cancelei o serviço da Balsa ao meu bel prazer. Fomos obrigados a cancelar por uma determinação do Ministério Público Federal em Varginha.
A questão era que o convênio estava vencido e além disso os balseiros precisavam ser habilitados, estar em dia, o que não acontecia. A Balsa também estava danificada. Era preciso três profissionais e só tinha dois. Aí mandamos eles pra fazer o curso, o que era necessário e depois a oposição teve a cara de pau de dizer que eu os mandei com dinheiro público, dinheiro da Prefeitura, o que, claro, não é verdade.
Eu jamais encerrei atividades da balsa porque eu quis”, respondeu Paulo Luís.
Para quem vive no distrito, a maneira mais fácil de chegar em outras cidades é cruzando o lago. A balsa que fazia a travessia significava economia de tempo e dinheiro para os moradores. Na embarcação, a viagem durava pouco mais de 10 minutos.
Roger Campos
Jornalista
(MTB 09816)