O Brasil, maior produtor e exportador global de café, poderá colher entre 47 milhões e 49 milhões de sacas de 60 kg neste ano, um crescimento de até cerca de 15 por cento ante a colheita de 2015, se o tempo continuar colaborando, disse o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro.
“Se não tivesse tido a estiagem no Espírito Santo, poderíamos ter uma safra bem maior”, afirmou à agência Reuters Silas Brasileiro, em referência à estiagem que atingiu o Estado que é o principal produtor de café robusta do Brasil.
“Minas Gerais é que está compensando”, acrescentou Brasileiro, citando chuvas favoráveis no Estado que responde por cerca de 50 por cento da safra nacional, com produção predominantemente de arábica.
O presidente do CNC, órgão que representa os produtores, estimou que a safra de café arábica do país poderá atingir até 37 milhões de sacas, ante 31,3 milhões apontados em 2015 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), enquanto a de robusta ficaria em torno de 11 milhões de sacas, ante 10,9 milhões de sacas previstas pela Conab para este ano, um período que já teve a produtividade afetada pelo tempo adverso.
Ainda assim, a produção de café do Brasil voltaria a crescer após três quedas consecutivas, com safras marcadas por problemas climáticos.
Com relação a previsões do mercado que apontavam uma safra de cerca de 60 milhões de sacas, Brasileiro disse que isso é impossível, considerando que os cafezais de importantes áreas produtores vêm de anos com problemas decorrentes do déficit hídrico.
“É totalmente descartado. Não tem a possibilidade de, após dois anos de frustração, lavouras estressadas terem recuperação imediata. Com 60 milhões de toneladas, elas estariam produzindo 40 por cento a mais, é impossível”, afirmou.
Apesar de uma estimativa de produção menor do que a apontada por muitos participantes do mercado, o presidente do CNC disse que o volume colhido e os estoques nacionais serão suficientes para atender as necessidades do Brasil, estimadas por ele em exportação de 36 milhões de sacas e de consumo interno de até 20 milhões de sacas.
A Receita Federal do Brasil emitiu duas portarias determinando o acompanhamento econômico-tributário diferenciado para alguns contribuintes. Os documentos de números1.754 e 1.755 estipulam, respectivamente, quem serão as pessoas físicas e jurídicas contempladas no ano-calendário de 2016.
Conforme a portaria nº. 1.754, receberão tratamento “especial” as pessoas físicas que se enquadram nos seguintes parâmetros:
– rendimentos acima de R$ 14 milhões e movimentação financeira acima de R$ 5,2 milhões;
– bens e direitos com valor acima de R$ 73 milhões e movimentação financeira acima de R$520 mil;
– ter recebido mais de R$ 2,6 milhões em aluguéis;
– o montante dos imóveis rurais (terra nua + melhoramentos) declarados em nome do contribuinte e de seus dependentes, nas DITRs, ter valor igual ou superior a R$ 82 milhões.
Além das condições citadas acima, estarão sujeitos ao acompanhamento os contribuintes indicados nas situações previstas no art. 8º, da portaria nº. 641/2015, onde serão adotados, entre outros, critérios relacionados ao rendimento total declarado, bens e direitos, operações em renda variável e fundos de investimentos.
Já os parâmetros para pessoas jurídicas, conforme a portaria nº. 1.755, são:
– receita bruta acima de R$ 165 milhões;
– débito declarado em DCTF acima de R$ 17 milhões;
– massa salarial acima de R$ 40 milhões;
– débito declarado em GFIP acima de R$ 14 milhões.
Os contribuintes que se encaixarem nas condições previstas nas portarias serão, provavelmente, monitorados e/ou direcionados para as Delegacias de Maiores Contribuintes (Demac). Atualmente, existem 3 órgãos especializados para atender esses contribuintes. Eles estão localizados em SP, MG e RJ e são compostos por auditores experientes e qualificados.
A delegacia situada em Belo Horizonte/MG é especializada nas matérias que envolvem pessoas físicas, já as de São Paulo e Rio de Janeiro dão atenção as matérias e tributos inerentes ás pessoas jurídicas, onde se concentra o maior peso na arrecadação do país.
A amostra, a partir dos critérios estabelecidos, contempla as pessoas, tanto físicas como jurídicas, que somam aproximadamente 61% da arrecadação federal, abrangendo os contribuintes cuja arrecadação representa um volume significativo na receita. Desta forma, os valores de faturamento bruto anual declarados pelos produtores rurais, bem como o volume da movimentação financeira praticada pelos mesmos, fazem com que eles sejam parte significativa do grupo que receberá tratamento diferenciado pela Receita Federal.
Com essa atenção especial, a Receita Federal busca levantar informações sobre grandes setores, a fim de estruturar indicadores e índices econômicos-tributários. Com base nesses índices, a ideia é monitorar aqueles clientes que se destacam, dentre os demais do mesmo setor, com resultados relevantes. Através desse acompanhamento, o órgão busca priorizar, praticamente em tempo real, ações de autorregularização em seguida do fato gerador.
Diante do atual panorama, destaca-se a importância dos contribuintes enquadrados pela RFB como “grandes” contribuintes atentarem para as práticas que vêm desenvolvendo, buscando assessoria especializada em operações tributárias e fiscais, evitando com isso tributos inesperados.
(Com informações Manuelle Motta – Assistente de Comunicação)
Com uma safra (2015/2016) estimada em cerca de 450 mil sacas de café, Três Pontas continua sendo uma das maiores produtoras do mundo e continua carregando o título de “Capital Mundial do Café”. Mas os produtores e entidades ligadas ao café, como a Cocatrel e a Associação Comercial e Agroindustrial de Três Pontas, querem abrir o leque e também investir na produção e comercialização de cafés especiais. Por isso uma importante reunião aconteceu recentemente no CVT em Três Pontas e já vem dando bons frutos. Foi o fechamento de um grande treinamento que se iniciou no mês de outubro de 2015.
Diretores da AcaiTP, produtores e profissionais da Cocatrel participaram doe vento, que contou com importantes explanações sobre o tema. A ideia é investir em laboratório, sala de experimentação e até em equipamentos de última geração que possam receber a visita e o interesse de compradores do mundo todo.
Explanação sendo proferida pelo presidente da Cocatrel, Sr. Francisco Miranda Filho.
O principal objetivo é fortalecer o plantio e comercialização dos cafés de melhor qualidade, inclusive especiais, dando total apoio em todas as suas fases, contribuindo de forma direta para o crescimento da cafeicultura nessa vertente, dando mais opção de lucratividade aos produtores e um incremento na economia trespontana.
Eduardo Chaves afirma vinda de indústria para o Município. “Praticamente fechado!”
A cafeicultura continua sendo a base da economia trespontana. Mesmo diante da crescente mecanização, continua empregando milhares de pessoas e tem influencia direta na economia da cidade. Nós estivemos na sede da empresa Geagro, conversando com o Diretor Comercial Eduardo Chaves, um dos maiores especialistas sobre cafeicultura no sul de Minas. Ele falou de como foi o ano de 2015 para o ouro verde, o que vem por aí neste ano e ainda deu uma grande notícia com exclusividade: a vinda de uma indústria para Três Pontas.
Conexão – O que representou o ano de 2015 para a cafeicultura trespontana?
Eduardo Chaves – O ano de 2015 para a cafeicultura seguiu muito do cenário mundial, um ano de grandes emoções. O café sai de uma seca muito grande de dois anos, isso impactou muito na safra, nós tivemos a safra com baixo rendimento, peneiras miúdas, isso afetou drasticamente o resultado final das fazendas. Por outro lado, o café é um produto dolarizado e a sua subida, a desvalorização do Real, contribuiu para manter preços razoáveis. O produtor de café em 2015 trabalhou muito, e passou por momentos de grandes preocupações, mas por outro lado a gente percebeu que temos um setor muito tecnificado, de excelente qualidade, lavouras renovadas, grande uso de tecnologia, e isso ajudou a gente a sentir um pouco menos essa crise que afeta o mundo inteiro. A cafeicultura Brasileira está de parabéns, enfrentou bravamente a seca, teve a safra da sua produção com o resultado diminuído, mas o produtor não deixou de investir, de dar emprego, de gerar renda. A gente tem que agradecer porque sabemos que a crise é grande, as pessoas da nossa região estão sentindo, mas o agronegócio continua ainda amenizando essas crises aí, tornando a nossa vida um pouco melhor. Eu concordo que é um momento de preocupação, de desemprego, mas percebemos que as regiões do agronegócio instalado é forte, e estão se reinventando e conseguindo amenizar o problema. Mas entramos 2016 com perspectivas melhores, chuvas regularizadas, uma perspectiva de safra não tão grande, mas pode ser uma safra com bom rendimento. Então o agronegócio em 2015 foi um ano de muito trabalho, de muita precaução, mas foi um ano que consolidamos o negócio na nossa região e a gente consegue enxergar que mesmo com crise, com dificuldades o agronegócio é importante para os municípios como fonte de renda, mantém uma qualidade de vida melhor. Lembrando que eu estava com o Prefeito Paulo Luís esses dias, e recebemos na sala dele uma comunicação de uma grande revista (Época) de que Três Pontas está entre os dez municípios que ficaram mais de três anos sem morte por tiro, então mostra que nossa região é diferenciada, e acho que isso é um trabalho conjunto, e um pouco disso vem do ensinamento do agronegócio que distribui renda, que não concentra, que dá emprego, que se reinventa a cada momento. Eu fico satisfeito de morar numa cidade que trabalharam num setor tão importante para o Brasil e que em momentos de crise abrem as portas pra nós.
Conexão – 2016 é um ano de eleições, e um ano que se fala muito dessa instabilidade política, que vai descendo ladeira, prefeituras abaixo. Isso tem alguma influência direta na cafeicultura?
Eduardo Chaves – Tem! O agronegócio depende muito de financiamentos governamentais. Nós trabalhamos numa atividade que a gente fala que é uma fabrica a céu aberto. Chuvas em excesso, sol em excesso, então temos alguns pontos que necessitam de um atendimento com um olhar diferente do governo. O pais só tem sua tranquilidade quando a sua população tem comida, residência, casa moradia, e saúde. Então o agronegócio trabalha em duas dessas partes que são a saúde e alimentação, somos um setor estratégico para o país, por isso precisamos de uma atenção maior do governo. Em algum momento a gente percebe uma redução desse dinheiro disponível no mercado e isso pode fazer com que um produtor ou agricultor na hora de um investimento tenha dificuldade. Então é um ano que, dependendo do caminhar da eleição, nós podemos ter a dificuldade no plantio, na hora de tomar uma decisão, e isso seria muito ruim pro pais, o agronegócio é uma fortaleza no Brasil, trás dólar, trás dinheiro, gera emprego. Ontem mesmo vi a Presidente Dilma, falando sobre um pacote pra gerar empregos o mais rápido possível, e eu rezo pro Padre Victor ilumina-la para que ela olhe para o nosso agronegócio, para que ela crie mais oportunidades para gerarmos mais empregos, mais rendas, mais impostos pros municípios para que também nossos municípios possam distribuir um pouco melhor essa renda, continuar o investimento em moradia, postos de saúde. Então é um ano de atenção que temos que usar toda nossa influência para que o governo olhe com atenção para o agronegócio, pro interior do Brasil, que sabemos que ele vai ter que fazer cortes, mas que essas mudanças sejam feitas na maior normalidade possível, respeitando a nossa democracia e eu vou estar torcendo aqui, buscando e brigando pelo agronegócio.
Conexão – Eduardo, no ano passado se falou muito sobre a necessidade da Presidente Dilma criar um preço mínimo do café. Bateu-se muito em cima disso. Se esperou algumas providencias que não vieram em 2015. Como está essa situação?
Eduardo Chaves – A estratégia de preço mínimo é uma proteção para que o produtor plante, e quando vender garante pelo menos o seu investimento. É uma politica estratégica, que mantém o agronegócio calmo, ela trás uma tranquilidade. Eu acho que pouco vai se encaminhar nessa linha. O que eu faço aqui é trazer um pouco mais de conhecimento para meus clientes para que eles tomem uma decisão em momento de plantio, se plantam mais milho, mais soja, se investe em feijão, se renova a lavoura de café, e o produtor hoje tem mecanismos extremamente interessantes, que ele pode antes de plantar, negociar a sua safra. Acho que ele deveria usar com prudência esse mecanismo, onde você negocia já uma parte da sua safra, com isso você garante uma parte do seu custo. Então existem mecanismos independentes onde você pode se proteger um pouco melhor, que são essas vendas futuras. Aqui em Três Pontas a gente já conhece muitos produtores que fazem seguro das suas lavouras. Acho que ele deveria dar uma atenção maior para fazer o seguro contra chuva de pedra, contra geada, contra seca. Com uma politica do governo do plano safra de 2016, eu acho que o agronegócio fecha 2016 ainda sendo um diferencial do Brasil. E eu tenho certeza que Três Pontas, Varginha a região, continuam fortes. Aqui é diferencial na questão do café. Somos referencias, Varginha hoje é o maior centro de comercialização de café do país. Santos era o centro, hoje Varginha é muito mais importante que Santos.
Estoques de café da Cocatrel.
Conexão – Você tem uma grande notícia para Três Pontas. Fale sobre isso.
Eduardo Chaves – O Porto Seco fica do lado de Três Pontas e isso deu uma agilidade, e eu uso muito o Porto Seco de Varginha, porque a gente traz o equipamento da empresa Penagos para Varginha, e o que eu vejo aqui em Três Pontas crescendo além do agronegócio, que é o plantio de café e o plantio de soja, a indústria começa a ser extremamente importante, nós temos grandes industrias aqui em Três Pontas como a TDI, RodoMoto, em Varginha temos a VN Máquinas, e acredito que em 2016 nós vamos ter uma grande marca porque nós já estamos negociando para que a Penagus monte a parte industrial dela em Três Pontas. Então o agronegócio começa a dar várias alternativas pra nós, não só o plantio e a colheita, mas como a comercialização, o centro de comercio de café em Varginha, que gera muito dinheiro, e a parte de oficina, indústrias aqui em Três Pontas que gera emprego e renda. Nós temos que fazer isso, fazer com que o agronegócio se desdobre em várias atividades dentro do município que gerem valor. Então o fortalecimento industrial de Três Pontas é extremamente importante e eu estou vendo que as pessoas estão caminhando para isso. Vamos ter num futuro muito próximo um setor agrícola e um setor industrial também, trabalhando próximo do cafeicultor, do plantador de soja, e isso vai trazer muito mais renda para a nossa região.
E o que precisamos pensar nesse futuro junto da Associação Comercial, junto da Prefeitura, da Cocatrel, é começar a trazer outras indústrias, outros setores que gerem emprego junto com o café, aquela história que só os cafeicultores vão poder gerar renda, não é verdade, esses cafeicultores consomem muita coisa, eles demandam muita tecnologia, eles são extremamente tecnificados, e isso faz com que a cidade tenha de se movimentar. Precisamos ter boas lojas, bons supermercados, bons restaurantes e precisamos ter um apoio a essas pequenas oficinas, como aqui na Avenida Osvaldo Cruz, na Saída para Campos Gerais, Córrego do Ouro. Toda ruazinha que você vai tem uma pequena oficina, e nessa pequena oficina tem muita tecnologia, equipamentos que são controlados por computadores. Esses dias mesmo estávamos precisando de uma pintura eletrostática que é a mesma pintura usada para forno micro-ondas, e eu não imaginava que Três Pontas tivesse um fornecedor, e acabamos naturalmente procurando em outras regiões, quando fui perguntar na Associação Comercial, nós conseguimos dois fornecedores em Três Pontas, inclusive fizemos testes de avaliação da qualidade e eles tiveram nota máxima, então hoje é a pintura de mais sofisticação e temos aqui em Três Pontas, e essa tecnologia será usada em equipamentos produzidos aqui, e quando trabalharmos essa parte na indústria que apoia o agronegócio e você vai enxergar uma Três Pontas mais forte, e essa é sem duvida a regra do jogo para frente. Nós não vamos ter mais áreas para plantar, as áreas já estão plantadas, Três Pontas é uma região que aproveita muito o espaço que ela tem, e vamos continuar tendo essas grandes lavouras de café, e junto com elas uma quantidade de empresas suportando e criando tecnologia, gerando emprego.
Conexão – Falando mais sobre a vinda da indústria. Você falou da Penagos. Pode se dizer que 2016 será um ano de geração de emprego na cafeicultura em Três Pontas? Em que pé está essa negociação com a Penagos?
Eduardo Chaves – Tem noventa por cento de chances da Penagos vir para Três Pontas, se a Penagos vir para Três Pontas, estamos trabalhando para outras empresas virem junto, vamos usar essa parte de pintura eletrostática que já tem aqui, estamos precisando de usinagem e estamos tentando convencer um parceiro nosso de vir para Três Pontas, já tivemos reunião com a Prefeitura, com a Associação Comercial, vou fazer com a Cocatrel, já estivemos na antiga Usina Boa Vista olhando barracões. Esse projeto é que vamos ter em torno de 10 a 15 empregos, e acredito que podemos fechar o ano gerando mais de trinta empregos num setor que paga acima de um salário mínimo, que usa equipamento acima de 1 milhão de dólares, e que em volta cria outras oportunidades. Isso junto com a Expocafé, tudo começa a se encaixar. Nós temos uma cooperativa forte, uma associação forte, um prefeito que é cafeicultor, temos grandes revendas aqui em Três Pontas, temos uma revenda forte de trator, temos a Expocafé, e precisamos fazer com que essas peças comecem a trabalhar junto, porque ai você gera um polo, gerando um polo você tem produção mais barata, consegue ser competitivo e vender. Eu enxergo Três Pontas com um cenário que começa a se desenhar muito forte. A Expocafé é uma vitrine, é a maior feira de maquinas agrícolas de café do país e não tenho medo de falar que é a maior do mundo, tendo esse evento aqui, a vantagem é que qualquer coisa que você fabrica, pode testar no seu vizinho, esse trabalho que vai fazer com que no futuro colhamos bons frutos. E eu te ressalto que esses setores estão funcionando muito bem, e que precisam independente de politica, de quem esteja lá, ou de quem assuma, que a pessoa enxergue esse seguimento e traga o pessoal pra trabalhar junto.
Conexão – Números da safra nacional pra esse ano, números possíveis para Três Pontas e saber se Três Pontas continua sendo a maior produtora de café do mundo, se continua entre as maiores ou se Colômbia e Vietnã passaram a muito tempo. Explique isso.
Eduardo Chaves – Para 2016 ainda não temos uma decisão, o que a gente ouve ai é que não será uma safra muito grande, uma safra de 45 milhões sacas de café, alguma coisa pra mais ou pra menos, e isso a gente vai acompanhando durante o ano. Temos a Cocatrel nós informando sempre e questionando quando alguma informação não é verdadeira. O Brasil é o maior produtor de café, vai continuar sendo, é o segundo maior consumidor, tende a encostar muito perto do Estados Unidos que é o maior consumidor. Nós temos uma particularidade muito importante, produzimos e consumimos, temos um mercado interno muito forte, e é um ponto que todo cafeicultor tem que analisar, então você produz e consome dentro do seu país e além disso tem um mercado muito grande. Três Pontas tem um destaque muito grande, ela sempre apareceu como um ponto de apoio, como uma referência em épocas e valorização do café e em épocas de dificuldades, Três Pontas nunca abandonou a cafeicultura. Em termos de ser a maior ou não a maior produtora é logico que nós estamos sempre entre as três maiores e na maioria das vezes sendo a primeira.
Conexão – Dividindo com quem?
Eduardo Chaves – Araguari, Patrocínio, tem algumas cidades ai que comentam sobre isso, e também os cafeicultores de Três Pontas tem muitas fazendas fora de Três Pontas, muita gente em Carmo da Cachoeira, em Coqueiral, em Santana da Vargem, então a cultura de Três Pontas está sendo espalhada por outras cidades. E isso faz com que a gente se lembre do município sempre que se fala em café. Temos boas perspectivas.
Depois de rodar mais de 15 mil quilômetros por seis estados brasileiros, a Expedição Agricultura Familiar encerrou a edição de 2015 com um roteiro pelas cadeias produtivas de queijo e café em Minas Gerais, com paradas nos municípios de Piumhi e Três Pontas. A equipe fez paradas estratégicas para visitas pontuais a propriedades localizadas pelo percurso e também nas cooperativas. Um trabalho inovador que comprova a importância de três Pontas no agronegócio café.
A Expedição Agricultura Familiar percorreu diversas cidades e estados brasileiros, incluindo Petrolina (PE), onde aconteceu o quinto seminário da Expedição Agricultura Familiar, percorrendo o Nordeste do país.
As quatro primeiras edições do seminário foram realizadas em Porto Alegre (RS), Chapecó (SC), Francisco Beltrão (PR) e Campo Grande (MS). O evento atrai principalmente lideranças e agentes da extensão rural, com abordagem sobre o perfil do setor, políticas públicas e potencial de expansão e desenvolvimento.
A expedição aconteceu em Três Pontas nesta última quinta-feira, dia 29, percorrendo fazendas e empresas ligadas ao setor. Os resultados serão apresentados em breve pelor organizadores.
Além de suportar a seca, nova espécie é mais resistente a ferrugem. Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras segue até sexta-feira (30).
Uma nova variedade de café arábica foi apresentada nesta terça-feira (27) na abertura do 41º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras, realizado em Poços de Caldas (MG). A nova espécie é tão resistente à seca que ganhou o nome de Siriema.
A nova variedade é resultado de estudos da Fundação Prócafé em Varginha (MG) que começaram em 1975. Além de suportar a seca, a nova espécie também é mais resistente a ferrugem e ao bicho mineiro. Segundo o coordenador da pesquisa, o objetivo agora é tornar a variedade mais popular.
“Tira a pesquisa da prateleira para ser usada no campo, através das equipes de assessoramento das cooperativas, das empresas de assistência técnica. Torna, a pesquisa, aplicada”, explica o coordenador da pesquisa, José Braz Matielo.
O evento discute novas tecnologias usadas na lavoura e vai até sexta-feira (31). “É que além de encontrar uma série de resultados de pesquisas feitas durante o último ano, a gente encontra também muitas informações com os colegas que estão aqui presentes”, diz o produtor de café Hélio Casale.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento de Minas Gerais, João Cruz Reis Filho, o aumento da produtividade do setor cafeeiro tem reflexo direto na economia do Estado, já que o café é o segundo item da balança de exportação mineira.
“São mais de 100 mil propriedades produzindo café, que empregam muita mão de obra e que realmente fazem a diferença para Minas Gerais”, diz o secretário.
Garotas entre 17 e 27 anos de todo o país podem participar. Inscrições podem ser feitas até o dia 5 de fevereiro.
Mulheres de todo o país, com idade entre 17 e 27 anos, solteiras, já podem fazer as inscrições para o concurso que irá eleger a Rainha Expocafé e Girl Coffee International 2016. O evento ainda irá eleger as princesas da exposição, considerada uma das maiores do Brasil no setor agrícola.
Adrielle Castro, de 19 anos, foi eleita a Rainha Expocafé em 2015 (Foto: Márcio Brito)
As inscrições podem ser feitas até o dia 5 de fevereiro. Ao todo, 20 garotas serão selecionadas para concorrer ao título de Rainha Expocafé 2016 em um evento que acontece entre os dias 25 e 27 de maio em Três Pontas (MG).
A vencedora receberá, além do título, um prêmio de R$ 5 mil em dinheiro. Já as princesas receberão R$ 2,5 mil cada.
Ingrid Franco – Girl Coffee International 2015
Conforme a organização, o evento é uma forma de homenagear a mulher do campo em sua ativa participação nos setores agrícolas do Brasil e dentre as inovações tecnológicas do agronegócio.
Hoje (10) foi realizada mais uma etapa do Circuito Mineiro de Cafeicultura, em Três Pontas. O circuito tem como objetivo levar aos cafeicultores informações sobre o manejo da cultura e novas tecnologias. A iniciativa é da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Universidade Federal de Lavras (Ufla) e prefeituras em parceria com outras instituições públicas e privadas.
A etapa do circuito em Três Pontas se iniciou às 10 horas, no Clube de Campo Catumbi, com a formação da mesa de autoridades e o discurso do Prefeito Municipal de Três Pontas Paulo Luís Rabello.
Foram abordados temas, como o manejo sustentável da cafeicultura e colheita mecanizada. O evento teve o apoio da Prefeitura de Três Pontas, Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas, Sindicato dos Produtores Rurais de Três Pontas e Sindicato dos Trabalhadores e Agricultores Familiares.
A Polícia Militar de Três Pontas foi acionada na manhã desta quinta-feira (10) para registrar um Boletim de Ocorrência por conta do furto de 4 sacas de café que estavam guardados em um depósito na Fazenda Santa Guilhermina, em Três Pontas.
De acordo com informações da PM o local foi arrombado e não se sabe exatamente o horário em que o crime ocorreu. O caso agora será investigado pela Polícia Civil.
Governador anuncia investimentos pelo Funcafé ao instalar o Fórum de Governo do Caparaó, em Manhuaçu.
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, anunciou em Manhuaçu, durante a instalação do Fórum Regional de Governo – Território do Caparaó, a liberação de R$ 143,5 milhões para os produtores e cooperativas de produção do estado por meio do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).
Ao apresentar os investimentos na área da cafeicultura na região, o governador ressaltou a importância de valorizar as potencialidades locais e resolver os problemas de cada território. “Para governar um Estado tão diversificado, tem de ir aos lugares, tem de chegar perto das pessoas, entender os problemas delas, estar juntos e ter capacidade de ouvir e humildade para escutar. E o Fórum Regional é exatamente para isso”, afirmou.
A assinatura da liberação dos investimentos no setor da cafeicultura foi feita pelo governador Fernando Pimentel e pelo diretor-presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Marco Aurélio Crocco Afonso – que começou a operar o Funcafé em 2014. Serão R$ 40 milhões para estocagem e R$ 30 milhões para o Financiamento para Aquisição de Café (FAC).
Outros R$ 73,5 milhões serão destinados para capital de giro, dos quais R$ 30 milhões para as indústrias de torrefação e R$ 43,5 milhões para as cooperativas. O Funcafé foi criado em 1986 e é gerenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tendo como principal objetivo o financiamento, modernização, incentivo à produtividade da cafeicultura, da indústria e da exportação, além do desenvolvimento de pesquisas.
“Nós precisamos desenvolver cada vez mais uma política que o produtor de café seja valorizado. Minas é o estado brasileiro que mais produz o grão, portanto, valorizar o café é valorizar a economia mineira. O governador Fernando Pimentel está atento a isso e totalmente empenhado em buscar o melhor caminho para o setor. Tenho certeza que a liberação desse recurso contribuirá para o desenvolvimento do setor cafeeiro do estado”, afirmou o secretário de Estado de Governo e ex-vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Cafeicultura no Congresso Nacional, Odair Cunha.
A conhecida empresa Terra Café, que se especializou na comercialização de insumos para as lavouras, trouxe para Três Pontas uma inovação: a primeira revendedora de tratores da cidade. É a coreana LS Tractor, que vem crescendo em todo mundo, ganhando respeitabilidade e mercado por conta da qualidade, bons preços e grande economia de combustível.
Graças ao empreendedorismo do empresário Antônio Lúcio Gomes Santos, diretor comercial da Terra café, a LS Tractor veio para Três Pontas para dar mais conforto, praticidade e qualidade ao produtor.
Antônio Lúcio é engenheiro agrônomo, formado na Universidade Federal de Lavras. É natural de Barretos, SP, mas reside em Três Pontas há 20 anos, sendo casado aqui e tendo 3 filhos. Em 1998 fundou a Terra Café, trabalhando com adubos e defensivos agrícolas. Em 2013 encerrou essa atividade e se especializou na concessionária de tratores LS, sendo pioneira na cidade.
“A LS Tractor é um grande grupo coreano, que até pouco tempo fazia parte do Grupo LG, a LSpartnership, produz tratores e eletrônicos, tem 50% deste mercado na Coreia do Sul, atuando em mais de 30 países. Os investimentos da empresa no Brasil já superaram os US$ 30 milhões de dólares na fábrica de Garuva, que será oficialmente inaugurada em outubro, com o objetivo de estar produzindo 5 mil tratores/ano até 2017 para abastecer, inicialmente, RS, SC, SP e MG”, explicou Antônio Lúcio.
Ainda conforme o empresário, a Terra Café através da LS Tractor consegue oferecer máquinas com preços competitivos e tecnologia de ponta como parte do produto, e não opcional, como o ar-condicionado. Os tratores são indicados para pequenas e médias propriedades produtoras de frutas, pecuária, arroz e café.
“A LS Tractor é uma empresa que está há 2 anos no Brasil fabricando 5 mil tratores/ano. No ano passado vendemos apenas em Três Pontas 96 tratores e a estimativa para 2015 é comercializarmos 200 tratores, além de implementos agrícolas. Hoje geramos 28 empregos diretos e temos um faturamento previsto de 16 milhões de reais. Fomos a primeira empresa nos 158 anos de Três Pontas a trazer uma concessionária de tratores para cá. O Município tem grande força na produção de café mas não tinha uma concessionaria de tratores e trouxemos uma de grande nível, além de sermos pioneiros também por trocarmos tratores em café, negociando com a moeda do produtor rural. A Terra Café tem cerca de 5.000 clientes cadastrados, onde cada um já realizou pelo menos uma compra com a gente. Atuamos em várias cidades do sul de Minas.
No início, quando apresentamos os tratores no mercado, houve questionamentos se eram chineses. E afirmamos que eram coreanos e isso tem um peso de qualidade muito grande, além de bons preços. Nós participamos da Expocafé em 2013 e fomos a primeira empresa a fazer dinâmica de campo de tratores, colocando o trator a disposição do produtor e eles foram conhecendo nossa inovação e tecnologia a um baixo custo. O trator LS chega a ter umas redução de 40% do consumo de combustível em comparação com os concorrentes e isso tem feito muita diferença. Também mostramos ao produtor que temos uma concessionária equipada, com peças, mecânicos treinados e toda estrutura necessária. A LS está presente em 4 revendas no sul de Minas. Além de Três Pontas, tem em Guaxupé, Pouso Alegre e na região de São Sebastião do paraíso.” Ressaltou.
Antônio Lúcio explicou que a Terra Café trabalha com diversas linhas de crédito, além de consórcio e da troca em café. Sobre o mercado atual, o empresário e engenheiro agrônomo lembra que o café vem de duas secas, de produção pequena no ano passado, com quebra. Em 2015 já há uma quebra de 25% e isso prejudica a fonte de renda do produtor.
“Mesmo com essas dificuldades econômicas do setor, o produtor percebeu em nossos tratores que ele deixa de ter despesas com máquinas de outras marcas e passa a trabalhar com equipamento novo e com grande economia, inclusive de combustível, valorizando a relação custo/benefício. Além, disso a LS é a única empresa que dá 2 anos de garantia livre de hora, enquanto o normal do mercado é 6 meses de garantia ou 500 horas. Isso tudo explica nosso sucesso”, concluiu.
De acordo com o presidente da LS, James Jung Soo Yoo, a empresa não pára de crescer e outras concessionárias serão inauguradas até o final do ano no Brasil.
QUEM É A LS?
A LS Mtron iniciou as suas atividades agrícolas em 1976, como um grupo da família LG, na Coréia, e tem se destacado no seu território como a empresa líder no negócio de máquinas e componentes eletrônicos. A empresa é parte do grupo LS – o 13º maior grupo empresarial da Coréia do Sul com vendas anuais acima de 30 bilhões de dólares e com mais de 21 mil funcionários em todo o mundo.
Ela ganhou boa reputação pela sua alta qualidade e tecnologia em grandes mercados. A LS Mtron continua a ir em frente, em direção a um futuro de abundância para o nosso cliente.
A Divisão de Máquinas Agrícolas da LS Mtron tem tecnologia para produzir os tratores mais avançados de suas categorias, com capacidade anual de produção de 50,000 unidades em suas fábricas na Coréia do Sul, no Brasil e na China.
Serviço
Quem quiser conhecer a exposição dos tratores LS na Terra Café deve se dirigir na Avenida Ipiranga, nº 2020, na entrada de Três Pontas, em frente aos armazéns da Cocatrel. O telefone é (35) 3265-3235.
Em setembro acontecerá a Semana Internacional do Café, na Expominas, em Belo Horizonte, quando será lançado o Consórcio do Café, iniciativa criada pelo deputado estadual Emidinho Madeira, que é vice-presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa e também presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Cafeicultura.
Em torno de 40 prefeitos do Sul e Sudoeste de Minas já aderiram ao Consórcio do Café, que irá abranger também outras regiões produtoras do estado futuramente.
Deputado Estadual Emidinho Madeira
“Durante a feira teremos um estande onde os cafeicultores poderão apresentar os seus produtos. Acho que é a primeira vez que os produtores do Sul e Sudoeste de Minas terão oportunidade de mostrar seu produto numa feira voltada exclusivamente para o café”, informou o deputado Emidinho Madeira.
O Conexão Três Pontas entrou em contato na tarde desta quarta-feira com o prefeito de Três Pontas, Paulo Luís Rabello, para saber se o município já aderiu ao Consórcio do Café, afinal de contas é o maior ou um dos maiores produtores do mundo.
Prefeito de Três Pontas, Paulo Luís Rabello
“Nós ainda não aderimos porque precisamos enviar um projeto para a Câmara e isso será providenciado. Temos a intenção de clara de participar deste consórcio, pois somos conhecidos internacionalmente como a cidade maior produtora de café do mundo. Portanto, não deveremos ficar de fora”, disse Paulo Luís.
O Consórcio Regional do Café
O projeto que é de autoria do Deputado Estadual Emidinho Madeira, não terá lados partidários, e objetiva fazer com que o consórcio ganhe forças na hora de reivindicar melhorias para os cafeicultores junto aos governos estadual e federal, podendo assim, políticos oposicionistas participarem e contribuírem com o projeto.
A ideia principal é que este consórcio seja constituído por diversos Prefeitos que comandam os municípios que fazem parte da região cafeeira. A proposta é que cada cidade repasse para o projeto uma subvenção no valor de um salário mínimo por mês.
A verba será investida exclusivamente na contratação de uma agência publicitária que ficará responsável pelo marketing do café brasileiro, inovando a marca, que é mantida da mesma forma há 60 anos, e alavancando o produto nos cenários nacional e internacional.
Um dos objetivos do deputado Emidinho Madeira é tornar “cafeicultor” cada prefeito participante do consórcio. Obrigando-os a acompanhar mais de perto a situação atual do café. Hoje o projeto conta com o apoio de 9 deputados estaduais.
A principio, a criação do Consórcio Regional do Café no Sul e Sudoeste de Minas Gerais é para que sirva de modelo para a elaboração de mais dois consórcios no estado mineiro. Após isso, a ideia do deputado Emidinho Madeira é criar mais cinco ou seis consórcios em outros estados cafeeiros e depois um consórcio nacional único, interligado com todos estes outros consórcios, para que o café do Brasil não perca mercado para outros países da América Central e Colômbia.