Ao decidir sair da cama, para a realidade solar despedimos, temporariamente, dos projetos traçados que impregna em nosso quarto de dormir como a solidão olha as alturas do céu estrelados.
Da realidade imaginada, sob os cobertores a realidade enfrentada existe um descompasso descomunal.
Devemos aprender com o roceiro que sai da cama, com os cantos dos pássaros sobre a relva cheirosa, com a disposição de um leão faminto.
O homem urbano sai dos seus aposentos medicados, bombardeados, pela mídia matinal, sobre os excessivos remédios propícios, para combater sua alma enferma. E com disposição tênue incapaz de partir, para projetos grandiosos.
A rotina é um processo de decadência das quimeras abandonadas. É a deterioração dos profundos desajustes internos e o sepultamento dos encantos deixado na adolescência.
Saber enfrentar a rotina, sem desespero, exige aprendizagem dos sábios medievais.
Inteirar da realidade rotineira nos destrói os frágeis sonhos contidos.
Ser protagonista de seus sonhos noturnos dentro da imensidão afortunada de monotonia cotidiana nos exige reação hercúlea dos heróis imaginários.
Ser personagem de sua própria historia e desvendar as nuvens negras que costumam inserir em nosso dia a dia, é necessário transportar da noite para dia nossas utopias abandonada dentro das primeiras adversidades cotidianas.
Ser herói de seus próprios sonhos nos faz entender que devemos alertar e abandonar a monotonia que insiste seguir nossos caminhos rotineiros.
Enfrente seu dia a dia, como guerreiro medieval, e, se a rotina tentar raptar e sufocar seus sonhos, passe a frente seus planos mirabolantes, pois somente assim atrairá cometas, para seus descansos noturnos.
JUAREZ ALVARENGA
ADVOGADO E ESCRITOR
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