A auditoria extraordinária em três urnas eletrônicas usadas no 1º turno ocorreu durante todo o dia no sábado passado (20). Finalizada às 19h30, não identificou nenhum indício de fraude ou defeitos nas urnas. Tanto a votação quanto a apuração, com a emissão do boletim de urna ao final, ocorreram sem qualquer anormalidade.

Os procedimentos, realizados a partir das 8 horas, contaram com a presença de cerca de 20 eleitores – dentre eles alguns que votaram no 1º turno nas urnas auditadas. Também acompanharam o processo o Procurador Regional Eleitoral, Ângelo Giardini, juízes eleitorais de Belo Horizonte e Betim, promotores eleitorais, a Polícia Federal, representada por um delegado e um perito, representantes da Polícia Militar, de partidos políticos e da imprensa. A auditoria foi conduzida pela juíza Roberta Fonseca, que preside a Comissão de Auditoria do Voto Eletrônico do Tribunal.

O procedimento extraordinário foi determinado em razão de pedidos apresentados pelo Ministério Público Eleitoral com relação às urnas utilizadas na 380ª seção da 319ª Zona Eleitoral de Betim (que estava na Escola Municipal Raul Saraiva Ribeiro) e na 28ª seção da 248ª Zona Eleitoral de Santa Rita do Sapucaí (que funcionou na Escola Estadual Doutor Delfim Moreira). Além disso, foi também feito o procedimento na urna da 134ª seção da 33ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte (que funcionou na Escola Estadual Bueno Brandão, na Savassi), com base em reclamações registradas por eleitores.

Na abertura do evento, a juíza Roberta Fonseca disse que “um processo eleitoral seguro interessa a todos nós. Porque antes de sermos juízes e servidores, somos cidadãos e merecemos um processo com lisura”. Ao concluir sua fala, a juíza destacou a oportunidade que os eleitores tiveram de assistir à auditoria: “direito de criticar todos temos, mas é importante conhecer”. Em seguida, a secretária de Tecnologia da Informação do TRE, Raquel Botelho, explicou a auditoria e agradeceu a presença dos eleitores e das instituições parceiras, ressaltando a presença de um perito de informática da Polícia Federal.

A auditoria reproduziu a votação e a utilização das urnas nos mesmos moldes do primeiro turno e as urnas receberam os mesmos números de votos que foram registrados originalmente em cada uma delas. O evento foi aberto ao público interessado, que ouviu explicações técnicas durante vários momentos do dia e pode acompanhar todas as etapas “in loco” no ambiente de auditoria e também por um telão instalado no saguão do prédio do TRE.

Nas urnas eletrônicas auditadas, foi feita uma “simulação” da votação oficial, a partir de “cédulas” impressas com os registros digitais dos votos (RDV) da votação original de cada uma das seções eleitorais. Os votos contidos nas cédulas refletiram o quantitativo de votos dados a cada candidato, e não os votos dados especificamente pelos eleitores das seções eleitorais no dia da votação. A simulação da votação, que foi filmada continuamente, comprovou que cada voto foi registrado na urna sem qualquer anormalidade e que a soma, ao final, correspondeu ao que ocorreu no primeiro turno, com todos os votos aproveitados normalmente.

Fonte TRE

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Roger Campos

Jornalista

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