Crime revoltou a população trespontana e vem gerando repercussão em toda Minas Gerais.

Na manhã de hoje, terça-feira, 5 de Abril, aconteceu uma entrevista coletiva, na Delegacia da Polícia Civil de Três Pontas, com a presença de veículos de comunicação de toda região. O Delegado Dr. Gustavo Gomes, investigadores e a Doutora Renata Fernanda Gonçalves de Rezende, Delegada Regional de Varginha, trouxeram as últimas informações, revelações chocantes sobre a morte do recém-nascido que foi descartado em um saco de lixo preto em um córrego em Três Pontas.

O Conexão Três Pontas participou da coletiva, fez uma série de questionamentos e traz aqui uma síntese dos principais pontos abordados:

Ao contrário do que se imaginava inicialmente, o recém-nascido não foi dispensado no córrego na madrugada ou na manhã do último domingo, dia em que o corpo foi localizado. De acordo com o Delegado Dr. Gustavo Gomes, o bebê nasceu vivo e tudo indica tenha sido morto por asfixia. O bebê do sexo masculino, pesando 1,7 kg, nasceu na madrugada da última quinta-feira, dia 31 de março. Naquela mesma madrugada, a mãe da criança colocou o próprio filho em um saco de lixo preto e câmeras de segurança a flagraram arremessando o recém-nascido às 03h52, nas proximidades de sua residência, na Avenida Oswaldo Cruz.

Ainda na entrevista coletiva, os profissionais da PC contaram que no dia seguinte a mulher, de 23 anos e conhecida do meio policial, certamente acreditando ter cometido o crime perfeito, saiu para beber e comemorar com amigos.

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O que ela não contava é que em vários trechos do córrego o caminho é estreito e cheio de obstáculos. E foi justamente num deles, muito possivelmente na parte onde o córrego foi coberto por um calçamento, que o saco de lixo com o bebê dentro, acabou travando. Ali permaneceu até o domingo. O SAAE, no domingo pela manhã, por conta de questões técnicas e reparos, precisou aumentar a vazão do córrego, o que acabou destravando o saco plástico fazendo-o seguir seu curso até o trecho da Avenida José Lagoa, onde na altura do número 1570 acabou sendo visto por populares e resgatado por um militar que estava de folga. Se não fosse essa ação emergencial do SAAE certamente o bebê nunca seria encontrado, o crime não seria descoberto e a mulher seguiria sua vida normalmente.

Diante de toda a repercussão e da revolta explicitada nas redes sociais, a autora decidiu fugir de ônibus para São Paulo e acabou revelando que faria isso em uma conversa pelo WhatsApp. Uma denúncia anônima chegou até a Polícia Civil que, em contato com a Polícia Rodoviária Federal, conseguiu interceptar o coletivo na cidade de Bragança Paulista, já em São Paulo. A então suspeita, diante das evidências e da prisão, revelou detalhes do crime, se tornando autora confessa.

Ela foi levada para a Delegacia da Polícia civil em Pouso Alegre e já transferida para o presídio de Santa Rita do Sapucaí.

A falta de emoção da mãe causou perplexidade até nos policiais mais experientes.

“Em momento algum ela mostrou remorso ou arrependimento. Ela só esboçava algum sentimento ou choro quando falava do medo que tem de ser morta na cadeia por outras presas. Ela se mostrou muito fria e de acordo com as investigações não tem nenhum problema mental ou neurológico. O crime foi praticado com premeditação e com crueldade”, disse a PC.

Outro fato que chamou a atenção durante a coletiva de imprensa foi quando o Delegado Dr. Gustavo Gomes afirmou que os exames mostraram que se o bebê tivesse sido socorrido e levado pela mãe ao hospital, logo depois de nascido, muito possivelmente ele estaria vivo hoje.

Momento da retirada do corpo do recém-nascido do córrego na Avenida José Lagoa.

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“Um ponto que choca bastante nessa história macabra é a forma como ela dispensou o próprio filho. Em um saco de lixo preto, onde não teve o cuidado de colocar sobre a água, mas sim arremessando-o como lixo”, revelou.

A acusada confessa apresentou diversas versões contraditórias. Inicialmente ela disse que o bebê tinha nascido morto e que estava roxo. Mas os laudos contam outra história. O bebê não morreu afogado, não havia água em seus pulmões e também não morreu em decorrência de ferimentos provocados pela queda após ser arremessado de uma certa altura e distância.

Até o momento, a Polícia Civil acredita que a mulher tenha agido sozinha, mas perguntada pelo Conexão Três Pontas, a PC informou que já identificou o pai e que ele será ouvido, assim como outras pessoas.

A acusada, que tem outros filhos e que estão sob os cuidados de pessoas responsáveis, responderá por homicídio ou infanticídio, dependendo de como a justiça enxergar o cometimento do crime. Ela também vai responder por ocultação de cadáver.

*(ATENÇÃO, Imagens Fortes) Veja o momento em que a acusada joga o próprio filho no córrego:

O Conexão Três Pontas segue acompanhando esse caso de imensa repercussão e traz novas informações a qualquer momento.

 

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Roger Campos

Jornalista / Editor Chefe

MTB 09816JP

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