Apesar de praticamente todos os holofotes estarem virados para a luta mundial contra a pandemia de coronavírus não podemos nos esquecer que 2020 também é ano eleitoral. E, há cerca de 3 meses do pleito, as peças já estão sendo mexidas no tabuleiro. Por isso o Conexão Três Pontas, sempre presente e reconhecido pela maciça cobertura eleitoral, inicia mais uma série de entrevistas especiais com candidatos ou com pessoas envolvidas nesse cenário, mesmo que nos bastidores. O intuito é ajudar o eleitor trespontano a se informar, a conhecer melhor candidatos, o momento político, as pessoas que estão direta ou indiretamente envolvidas e assim, tirarem suas conclusões para um voto cada vez mais consciente, fundamentado em propostas e, acima de tudo, almejando o bem de Três Pontas e de sua brava gente.

O entrevistado de hoje é o Professor João Victor Mendes de Gomes e Mendonça. Formado em Filosofia Pura, História e Direito, é ainda Pós Graduado em Administração Pública Municipal e Mestre em Direito. Professor, querido e respeitado por seus alunos ao longo dos anos, foi eleito vereador e exerceu dois mandatos, entre os anos 1993 a 2000. No governo da saudosa ex-prefeita Adriene Barbosa foi Secretário Municipal de Educação e Cultura e Secretário da Fazenda. Foi ainda convidado para assumir a Chefia de Gabinete do ex-vice-governador de Minas Gerais, mais tarde senador Clésio Andrade. Ainda na política, foi candidato a vice-prefeito na primeira eleição em que Dr. Luiz Roberto Dias concorreu como prefeito. Apesar de não ser candidato em 2020 é uma das pessoas que aparece com importante histórico, com poder no meio político e com conhecimento, sem contar os laços muitos próximos com o deputado federal Diego Andrade. Acompanhe a entrevista:

Como você avalia o atual momento político em Três Pontas?

Três Pontas vive um momento ímpar, onde sobretudo pela união e pelo clima de paz está sendo possível por exemplo o Deputado Federal Diego Andrade enviar muitos recursos para Três Pontas, o que transforma em obras e serviços para o povo trespontano. Coisas deste tipo é que permitiu ao Prefeito não ser apenas um administrador de crise. Não podemos perder estas oportunidades e termos retrocessos.

Quais os motivos, na sua opinião, que trouxeram Três Pontas para a atual situação?

Apoio efetivo dos deputados (com destaque do maior numero de volume financeiro mandado pelo Deputado Federal Diego Andrade), união de pessoas e instituições de bem de Três Pontas  como na Santa Casa com Michel Renan e toda sua equipe (inclusive os médicos sob a liderança do Dr. Eduardo Camargo Vasconcelos, Dr. Lucas Erbst e Dr. Geovani Pereira), Associação Comercial com o Bruno Carvalho, Apae com a Rosilda Gama, Cocatrel com o Presidente Marco Valério Brito, com a turma do CarnavalizaTP, com o Alex Tiso e o pessoal da Cultura e assim por diante.

Você tem um vasto e importante currículo, na Política, na Educação, no Direito. Quais as principais falhas ou problemas que o Município, de uma vez por todas, precisa extirpar ou, no mínimo, aprender a controlar?

Ao meu ver o principal problema do Município e que precisa de uma vez por todas ser extirpado é uma visão retrógada administrativa e de desenvolvimento que quer apenas o poder pelo poder e estimula a divisão das pessoas e instituições e faz a cidade perder recursos e investimentos e por consequência não inovar no campo da industrialização, do comércio e da própria agricultura. A “guerra intestina” em Três Pontas só promoveu e promove o atraso.

Você é a favor de uma terceira via na política trespontana?

Tudo pode acontecer. Percebo por exemplo que inclusive para estas eleições agora pode surgir uma terceira via se o Prefeito não conseguir compor. Há real possibilidade, ao meu ver, que possamos ter Maycon como candidato a Prefeito e Luizinho como vice, apoiados por um grupo de partidos e pessoas de lideranças expressivas. Para estas eleições ter ou não uma terceira via vai depender de como o Prefeito vai conduzir as coisas. Faz parte do processo democrático se surgir esta terceira via.

Você continua, nos bastidores, influente na política local. Você pensa em concorrer a algo cargo político mais adiante?

Minha única intensão é ajudar Três Pontas. Que não tenhamos retrocesso. Não sou candidato e nem pretendo ser candidato a nada. Isto não significa que um dia, talvez eu não volte a participar. Mas este não é o momento. Meu momento agora é de trabalho na iniciativa privada e de formação pessoal. Como amo Três Pontas, desejo o bem de Três Pontas!

Como você avalia (especificamente) o trabalho desenvolvido pelos três últimos prefeitos de Três Pontas (Não da gestão como um todo, do gestor em questão)?

Cada Prefeito “colocou seu tijolo” neste edifício chamado Três Pontas. Alguns com viés eu diria mais conservador e até mesmo mais com gestão retrógrada até o Prefeito atual que se mostra mais arrojado, progressista e com espírito mais de paz e união. Importante é que cada um deixou sua marca.

Como ex-vereador, como você avalia o atual quadro de Vereadores? O que pensa sobre o número de legisladores (11) e sobre o salário dos mesmos?

Penso e vejo pesquisas que a Câmara no geral está indo bem, sobretudo muitos vereadores são responsáveis pelos recursos que têm chegado aqui através dos deputados. Quanto ao número de vereadores penso que 10 vereadores seria um bom número e quanto ao salário considero justo tendo em vista que é um dos menores da região.

Como você avalia o Governo Zema?

Zema tem tentado fazer o que pode. Pegou um estado arrasado pelo PT. Precisa entender que não se governa apenas com uma visão empresarial e isto ele está aprendendo. É uma pessoa de reta intenção. Falta a experiência política que ele vai adquirindo com o tempo.

Como você avalia o Governo Bolsonaro?

Bolsonaro faz parte deste processo que eu chamo de dialético: “quanto mais o pêndulo vai para esquerda, mais ele se volta para a direita até atingir o centro”. Tem muitas coisas positivas dentro deste processo. Ao meu ver precisa ser mais discreto e distinguir as questões públicas das questões familiares. Mas precisava de um cara de peito para quebrar paradigmas. creio que a tendência seja de dias melhores.

Você é amigo pessoal do deputado federal Diego Andrade. Como você avalia o trabalho dele e também do deputado estadual Caixa por Três Pontas?

Sim, sou amigo pessoal do Diego Andrade. Não sou e nunca fui seu assessor. Gosto dele pelo ser humano que conheci independente de política. Como já disse anteriormente, se não fosse sobretudo o trabalho dele e depois do Caixa mandando recursos para Três Pontas nestes últimos tempos o Prefeito não teria conseguido fazer nada. Faria apenas o “arroz com feijão” e não teria destaque.

Diante da pandemia, você acha que as eleições deveriam ser adiadas? Por quê?

Adiar para 15 de novembro ao meu ver foi uma decisão acertada.

Como você vê a questão de “indefinição” do nome que irá compor a chapa do Prefeito Marcelo Chaves na próxima corrida eleitoral?

Se continuar esta indefinição vai possibilitar surgir como já disse uma nova candidatura de Maycon com Luizinho.

Fazer parte de forma importante da vinda da Faculdade para Três Pontas, é um dos seus maiores orgulhos? Que outras contribuições você acredita ter dado para a nossa comunidade?

Sim. A faculdade é um grande orgulho! Um sonho de vários anos! Sinto muita satisfação em ter participado por exemplo da conquista do Caic, da água da Sete Cachoeiras, do Sesi, da conquista da Penalti, e uma das maiores orgulhos foi ter sido secretário de Educação e Cultura e como tal ter investido muito na Educação, reformado todas as escolas e inclusive criando a educação inclusiva e de um programa de inglês aos mais carentes com a ex-escola de inglês Minas Idiomas. Outra coisa dentre tantas foi ter dado o nome de Milton Nascimento ao Centro Cultural.

Suas considerações finais.

Agradeço a oportunidade e desejo que tenhamos uma cidade cada vez melhor para nós e nossos filhos!

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Roger Campos

Jornalista

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