Três Pontas, como todo Brasil, viveu um drama por conta da falta de chuvas no início deste ano. Em São Paulo os reservatórios atingiram os menores índices de sua história. Em Três Pontas, a Prefeitura e o Saae tiveram até que aplicar sanções e racionamento para quem desperdiçasse água.

Passado o verão, vieram algumas chuvas, a situação melhorou, o Município deixou de estar em estado de emergência, os reservatórios melhoraram e aí voltou o “bom e velho” consumismo. Por conta disso e pelos índices de chuva ainda abaixo da normalidade de todo ano, em comparação com anos anteriores, a diretora do Sistema Autônomo de Água e Esgoto de Três Pontas, Marisa Caineli, não descartou novas medidas, racionamento e até falta d’água.

“As medidas que nós tomamos no início do ano surtiram o efeito desejado e os reservatórios acabaram aumentando sua reserva por conta do racionamento, O nível aumentou um pouco. A vazão do Custódinho chegou a apenas 50 litros por segundo, sendo que o normal é de 100 litros por segundo. Nós estamos no final de julho e eu já estou voltando a perceber uma diminuição desse nível”, disse Marisa.

A Diretora do Saae também comentou que percebeu uma certa conscientização por parte da população, apesar de corriqueiramente ser flagrados alguns casos de desperdício, como o de uma dona de casa encontrada pelo Conexão, “lavando”, molhando a terra da entrada de sua casa, próxima a quadra da Cohab Ouro Verde.

“Por conta da poeira, muita gente já está com a mangueira (esguicho) nas ruas, lavando passeios, calçadas, portões, etc. Infelizmente muita gente se esqueceu das dificuldades que enfrentamos e afirmo que se não tivermos um período de chuvas, com um volume desejável, infelizmente corremos sim o risco de novo racionamento e até falta d’água. Por isso todos devem voltar a economizar e os vizinhos ficarem atentos e nos ajudarem a fiscalizar, a pedir para que evitem o desperdício”, revelou.

Marisa disse ainda que algumas fazendas já sofrem com a falta de água e que seus proprietários têm feito pedidos de água ao Saae, mas que a autarquia, infelizmente, não dispõe de recursos hídricos para atendê-los.

“Nós até queremos aproveitar e solicitar aos donos de fazendas e imóveis rurais que providenciem poços artesianos para evitar maiores problemas. Se chegarmos num nível crítico de novo, não descartaremos medidas, como as sanções tomadas no início deste ano”, concluiu.

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