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Os dois torciam para o mesmo clube. Assistiam aos jogos juntos, no sofá da sala. Ou começavam. Ela tinha seu ídolo no time e ele achava o cara um mascarado. Quando o passe saía errado, ele cobrava dela. Mas quando o ídolo fazia uma boa jogada ou de vez em quando um gol, ele pagava o mico.

O segundo tempo era sempre assim. Ela ia assistir no quarto e ele ficava na sala, ou ela na sala e ele no quarto. Cada um com seu pote de pipocas. Terminado o clássico, mesmo com bela vitória do clube de seus corações, não se falavam. Até que, na hora dos jogos ele ia para o barzinho da esquina e ela para a casa de uma amiga. Cada um torcia do seu jeito. E ainda torcem hoje separados. Até porque ela encontrou alguém com sua opinião e ele…

Bem… Ele encontrou alguém que torce para o maior rival. Assistem o clássico juntos, até o fim. Comendo pipocas do mesmo pote. Até bola na trave é motivo para paga de um beijo. Um gol adversário então, vale três. Quem leva, paga. Se terminar zero a zero, vale só um abraço bem apertado.

Terminado o clássico, ele prepara a caipirinha e ela os pastéis. Depois… Dividem uma cervejinha bem gelada. Do mesmo copo. Os pastéis? De banana, prá rivalidade! Êêêêtttaaaaa!!! Jogo booooommmm!

Antonio Jorge Rettenmaier

Escritor, colunista e palestrante.

Autor dos Livros “Parecem Mentiras” “Ele!”, “Fala Sério!” e “Do Fracasso ao sucesso na arte de viver!”

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