A Câmara Municipal de Três Pontas, durante sessão ordinária realizada na noite desta segunda-feira (26) discutiu, dentre outros temas a acusação de injúria racial contra o vereador Antônio Carlos, popularmente conhecido como Antônio do Lázaro.  No Plenário Presidente Tancredo de Almeida Neves estavam moradores do bairro Jardim das Esmeraldas, comunidade onde a denunciante, Vera Lúcia Valentim reside. Os vereadores optaram por não acatar a denúncia, que pedia a perda do mandato do vereador.

A doméstica Vera Lúcia Valentim registrou o Boletim de Ocorrência na Polícia Militar e também assinou o pedido de afastamento de Antônio do Lázaro, devidamente protocolado e apresentado na reunião dos 11 legisladores trespontanos.

Caso a denúncia contra o polêmico vereador – já acusado no passado por uma servidora da Casa Legislativa por calúnia num caso que ficou conhecido na cidade como “Desvio de Presunto” – uma Comissão Processante seria montada. Três vereadores fariam parte. Com o recebimento da denúncia, o presidente iria notificar o vereador Antônio do Lázaro num prazo de cinco dias para apresentar sua defesa, dentro do prazo de 10 dias. O próximo passo seria a apresentação da defesa onde a Comissão Processante apresentaria um parecer, em seguida submetendo-o ao Plenário da Câmara. Por fim, o presidente marcaria a data opara o julgamento em votação aberta.

Relembre o Caso

De acordo com relatos de populares que estavam na sede do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Três Pontas, na manhã do dia 08 de fevereiro o vereador Antônio Carlos de Lima teria desferido xingamentos contra os pacientes que ali estavam e cometido crime de injúria racial. Uma mulher afirmou ter sido chamada de “vagaba” e alega que o representante do povo teria dito: “vai procurar um pau pra subir”… Além disso, segundo os denunciantes, Antônio do Lázaro teria xingado os pacientes de “macacada”.

Isso gerou grande revolta nos populares e um homem chegou a ir atrás do vereador dizendo que chamaria a polícia. Apesar de não demonstrar temor, o legislador teria entrado no carro e ido embora. Nossa reportagem foi chamada e colheu os detalhes.
 
A Polícia Militar esteve no local e registrou o Boletim de Ocorrência. Vera Lúcia disse na época que levaria o caso até as últimas consequências e o fez. “Vou processá-lo”, emendou. A professora Ana Cristina de Abreu se mostrou indignada com o acontecido.
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Esta não é a primeira vez que o vereador Antônio do Lázaro se envolve em acusações por xingamentos e ofensas. Em 2015 ele foi condenado a pagar uma indenização de R$3.000,00 a uma funcionária da Câmara que ele acusou ter desviado presunto da sede do Poder Legislativo para sua casa.
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Nossa reportagem tentou contato com o vereador Antônio Carlos de Lima (Antônio do Lázaro). Ele gravou um vídeo dias depois e postou em sua rede social apresentando sua defesa. Ele nega o crime.

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Roger Campos

Jornalista

MTB 09816

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