Gloria ‘Gigante do Jornalismo’ Maria faleceu aos 73 anos após enfrentar câncer no cérebro e pulmão por mais de três anos.

jornalista Gloria Maria morreu nesta quinta-feira (2) aos 73 anos após enfrentar um câncer de pulmão, descoberto em 2019. Naquele ano, o tumor apresentou metástase e ela se submeteu a uma cirurgia de emergência no cérebro após sofrer um desmaio. Gloria estava internada no Hospital Copa Star, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Atualmente, a jornalista estava afastada do “Globo Repórter”, jornalístico do qual era repórter ou apresentava desde 2010, e no começo do mês se internou para continuar o tratamento contra o tumor com radioterapia e imunoterapia. A morte da jornalista foi lamentada por uma série de famosos, nas redes sociais.

Na carreira, Glória também apresentou, entre outros, o “Jornal Hoje”, “Fantástico”, o desfile das escolas de samba do Rio, em 2001, e diversas retrospectivas do ano. Na Globo desde 1971, a jornalista fez história na TV, seja por ter sido a primeira repórter a aparecer em link ao vivo e em cores do “Jornal Nacional”, seja por suas grandes reportagens, realizadas em mais de 100 países.

Glória Maria e o icônico encontro com o rei do pop Michael Jackson.

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MORTE DE GLÓRIA MARIA É LAMENTADA PELA GLOBO: ‘MUITA TRISTEZA’

A Globo divulgou nota oficial que “com muita tristeza que anunciamos a morte de nossa colega, a jornalista Glória Maria”. Em 2019, Glória foi diagnosticada com um câncer de pulmão, tratado com sucesso com imunoterapia. Sofreu metástase no cérebro, tratada em cirurgia, também com êxito inicialmente.

Em meados do ano passado, Glória Maria começou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias”, diz o comunicado. Gloria deixa duas filhas, Laura e Maria, 15 e 14 anos, respectivamente com quem costumava fazer programas em família.

GLÓRIA MARIA: RECORDE A CARREIRA DA JORNALISTA

Nascida em Vila Isabel, bairro da zona norte do Rio de Janeiro, a filha do alfaiate Cosme e da dona de casa Edna, morta em 2020, Gloria Maria Matta da Silva estudou em colégios públicos, onde vencia os concursos de redação, e se tornou poliglota, aprendendo a falar inglês, latim e francês.

Foi telefonista da Embratel e se formou na PUC-Rio. Quando chegou à Globo era “radioescuta”, função que a fazia telefonar para delegacias de polícia. Em 1971 fez sua estreia como repórter de vídeo cobrindo o desabamento do Elevado da Paulo de Frontin. Depois passou por vários telejornais, como o “RJTV” e “Bom Dia Brasil”.

Passava a marcar seu nome no jornalismo. Foi Gloria quem cobriu a posse do presidente americano Jimmy Carter e a entrevistar o brasileiro João Baptista Figueiredo. No final dos anos 1980, chegou ao “Fantástico” primeiro como repórter. Entrevistou diversas celebridades como Madonna e Michael Jackson e fez a cobertura de Jogos Olímpicos e de Copas do Mundo.

Outro fato histórico televisivo foi a primeira transmissão em HD, em 2007. Entre 1998 e 2007, foi apresentadora do “Show da Vida”. De lá até 2010 retornou ao posto de repórter. E a partir de 2010 migrou para o “Globo Repórter”, tornando-se sua apresentadora eventual naquele ano e titular em 2019. Em 2010 e em 2011, apresentou especiais de Roberto Carlos.

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Primeira mulher de destaque na tv. Primeira negra na televisão, primeira jornalista em vários quesitos. Glória sempre foi a primeira e seguirá sendo a primeira fonte de inspiração para todos os jornalistas brasileiros. Soma-se ao talento nato, uma coragem de enfrentar o câncer como poucas vezes se viu. A vontade de viver novamente fez dela um grande exemplo:

“Depois do tumor no cérebro, eu não vivo mais de sonhos. Eu vivo de realidade. Tenho muita coisa para realizar. Ganhei mais um ‘prazo de validade’. E estou aproveitando de todas as maneiras”, garantiu ela. “Eu tinha 30% de sobreviver, 20 de viver sem sequela. É minha vida, é a minha história. É intransferível. Ninguém pode viver por mim. E eu enfrento da maneira que ela se apresenta”, disse Glória.

Glória nos deixou hoje, mas seu jornalismo fica, pra sempre. Não vai embora, na memória, nos exemplos, nos ensinamentos, jamais. A arte de informar no país foi glorificada por essa desbravadora que venceu a pobreza, o racismo, o machismo e todas as lutas que lhe foram impostas. Sucumbiu agora, mas Glória é eterna e agora essa gigante Mulher Negra e Jornalista descansa na Glória do Senhor Jesus!

Obrigado Glória Maria, descanse em paz!!!

 

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Roger Campos

Jornalista / Editor Chefe

MTB 09816JP

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