Aparelhos, que evitam a necessidade da traumática intubação, foram enviados pelo deputado federal Diego Andrade e se juntam aos 11 anteriormente comprados pelo HSFA

A Santa Casa de Misericórdia do Hospital São Francisco de Assis, em Três Pontas, recebeu na manhã desta sexta-feira, (9) mais 5 capacetes de respiração (Ventilação Mecânica Não Invasiva (VMNI). Os equipamentos foram entregues à direção da Santa Casa pelo professor João Victor Mendes, em nome do deputado federal Diego Andrade, majoritário em Três Pontas.

De acordo com o provedor Michel Renan Simão Castro, os cinco novos capacetes de respiração se somam aos 11 anteriormente adquiridos pelo próprio Hospital, com recursos próprios.O grande benefício dos equipamentos é prestar um atendimento emergencial aos pacientes em estado grave com covid-19 evitando que os mesmos precisem ser entubados, procedimento sempre mais traumático e complicado. Além disso, os capacetes de respiração são mais baratos do que os respiradores.

Também participaram da entrega dos aparelhos chefes de enfermagem, a secretária municipal de Saúde Teresa Cristina Rabelo Corrêa e o diretor clínico do HSFA, Dr. Eduardo Camargo Vasconcelos.

“O aparelho ajuda a reduzir a inflamação pulmonar, melhora a oxigenação, previne a intubação e evita a ventilação mecânica invasiva.”

Segundo a enfermeira coordenadora da Santa Casa de Misericórdia do Hospital São Francisco de Assis, de Três Pontas, Alessandra Coelho Pereira Oliveira, a chegada dos novos equipamentos, somados aos outros 11 que já atuam no tratamento de casos mais graves do coronavírus, significa um fôlego maior diante da demanda de atendimento que segue crescendo. Com os 16 capacetes o hospital amplia sua estrutura e qualifica o seu atendimento durante a pandemia.

Capacetes Respiradores

Os “capacetes-respiradores”, batizados de Bolha de Respiração Individual Controlada (BRIC), é um instrumento, uma bolha impermeável e transparente, individual, descartável, com conexões respiratórias. São dispositivos amplamente usados na Itália para o tratamento de pacientes com o novo coronavírus (Sars-CoV-2) e estão aos poucos sendo implementados no Brasil, desde o segundo semestre de 2020, com aprovação da ANVISA. A ferramenta é uma interface entre o paciente e o aparelho de ventilação mecânica. “Ele é acoplado ao ventilador ou ao fluxo do oxigênio com pressão positiva de oxigênio. É um jeito de fazer com que o ar chegue ao paciente de forma não invasiva, diferente da intubação, que necessita um tubo orotraqueal”, aponta André Nathan, pneumologista do Hospital Sírio-Libanês (SP).

“O objetivo com a utilização do aparelho é evitar a intubação. A intubação no paciente com Covid-19 aumenta muito a taxa de mortalidade. Por isso, o desafio é evitar o máximo esse procedimento. Com o uso do capacete, o objetivo também é proporcionar uma alta precoce do paciente.”

O capacete envolve a cabeça inteira do paciente e é selado com um colar macio e hermético que envolve o pescoço. “Outra vantagem é que ele não permite que o vírus se espalhe no ambiente, já que não permite que grande quantidade de gás vaze, e ainda é possível colocar um filtro na saída de ar. Também melhora a troca de oxigênio e não atrapalha a troca do gás carbônico, além de ser mais confortável para o paciente do que a máscara, que aperta e pode dar a sensação de claustrofobia a algumas pessoas”, explica Carlos Carvalho, pneumologista e diretor da UTI do Incor.

Dispositivo pode ajudar a reduzir número de internações

“O capacete não é tão eficaz quanto a intubação, mas o suporte que ele proporciona, em alguns casos, é suficiente para evitar a intubação”, indica Nathan. Em 2016, pesquisadores da Universidade de Chicago realizaram um estudo que mostrou que o uso desses capacetes em vez de máscaras faciais comuns (a outra alternativa não-invasiva) fez com que os pacientes tivessem três vezes menos chances de necessitar de intubação. O grupo que usou o dispositivo também passou menos tempo na UTI e teve melhor sobrevida. Para que a terapia tenha maior chance de sucesso, a indicação necessita ser bem determinada.

O médico intensivista Eric Júnior, explica que a Ventilação Mecânica não Invasiva (VMNI) torna-se uma importante opção para o tratamento da insuficiência respiratória aguda em pacientes de UTI. O capacete é composto do capuz, que cobre toda a cabeça do paciente, feito de material transparente e macio. Usados em pacientes com quadro grave da Covid-19, os capacetes têm a função de fazer uma ventilação contínua não invasiva. “Normalmente, esse processo é feito por período, com sessões entre uma hora e uma hora e meia. Esse equipamento permite fazer uma ventilação invasiva prolongada por dois a três dias”, explica o médico.

“O uso dos capacetes pode reduzir a inflamação pulmonar, melhorando a oxigenação e o esforço do paciente, prevenindo a intubação e evitando a ventilação mecânica invasiva com alto risco. Além disso, por ser um dispositivo estanque (vedado), diminui drasticamente as chances de contaminação dos profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate à doença.”

O tratamento tem seus riscos e por isso deve ser feito em uma fase precisa da doença, sempre por uma equipe que conhece a interface e sabe como oferecer os cuidados de modo adequado. A atenção à resposta do paciente é essencial para evitar outros problemas. A pressão positiva também pode danificar o pulmão, assim como em outros tipos de terapia. Por isso, antes de aplicar a técnica em alguém, é necessário balancear riscos e benefícios.

O médico pneumologista Marcelo Amato, professor livre-docente da Universidade de São Paulo (USP). que também é supervisor científico da UTI Respiratória do Instituto do Coração de São Paulo (Incor), testou o uso do capacete em alguns pacientes que, por conta da covid-19, apresentavam fibrose pulmonar em estado avançado. Ou seja, quando o tecido pulmonar é danificado pela infecção no pulmão, causando desconforto na respiração. Ele garante que foi possível reverter o quadro clínico desses pacientes com a utilização dos capacetes de respiração. “O uso do capacete nesta condição pode contribuir para remodelar a fibrose pulmonar que ainda não é definitiva, diminuindo o estresse mecânico sobre o pulmão, reduzindo a inflamação, e permitindo uma maior reabsorção de colágeno. Reduzimos assim a fibrose e nenhum paciente precisou ser intubado, eles voltaram a ficar independentes, sem uso de oxigênio suplementar”, salienta.

A utilização desses equipamentos já foi estendida a pacientes internados com quadros graves de Covid-19 em hospitais de diversas localidades brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo e Piauí) e agora é um grande aliado na luta contra o coronavírus na Santa Casa de Três Pontas.

Fotos meramente ilustrativas

Fontes Viva Bem / Uol / InforChannel

#conexãotrêspontas #notícia #opinião #comentando #polêmica #jornalismo #informação #comportamento #fato #pandemiacoronavirus #uti #rogercampos #minasgerais #suldeminas #Conexão #reportagem #notícias #Covid19 #distanciamentosocial #instagram #twitter #saúde #educação #política #economia #governofederal #trêspontas #vacinacontracovid19 #bolsonaro #coronavac

Curta a página do Conexão Três Pontas no facebook

www.facebook.com/conexaotrespontas

12729255_119502638436882_132470154276352212_n

Roger Campos

Jornalista

MTB 09816

#doadorsemfronteiras

Seja Doador de Médicos sem Fronteiras

0800 941 0808

OFERECIMENTO

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *