Boa parte da população tem culpa por acumular lixo e entulhos em casa e no trabalho.
O veneno comumente usado contra insetos NÃO MATA os escorpiões, só os atiça pra fora de suas tocas e ainda faz com que eles se reproduzam assexuadamente, lançando de 20 a 30 filhotes no ambiente! Escorpiões conseguem ficar entocados (ou seja, dentro de suas tocas) por até um ano sem se alimentar, por isso se pensa que a dedetização comum resolve.
Esses bichos andam em pares. Então, se você encontrou um em casa, se prepare, porque ainda tem outro por aí. E como veneno comum não adianta, tome muito cuidado! O escorpião preto (Bothriurus araguayae) é menor e menos perigoso. Como o veneno normal contra insetos não ajuda e não mata o bicho, o recomendado é que ao se deparar com um, seja feita uma ação mecânica que mate o animal. Na prática, a pessoa deve usar uma faca ou algum objeto que esmague ou corte o escorpião ao meio.
Já o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus), encontrado em Três Pontas, segundo levantamento da Secretaria de Saúde e Vigilância Sanitária é o mais perigoso e pode matar. O escorpião-amarelo é considerado o mais venenoso da América do Sul e o de maior incidência no país. Seu veneno é neurotóxico, ou seja, age no sistema nervoso periférico. Pode ser letal.
Como veneno comum contra insetos não funciona, o melhor método de combate é evitar o acúmulo de lixo e entulho! “Se o acúmulo de lixo permanecer nas ruas, a população continuar mal informada em como lidar com o animal, e o número de edificações for ampliado, a situação vai se agravar”, diz Randy Baldresca, biólogo e pesquisador. Sendo assim, o biólogo recomenda que os jovens utilizem calçados nos jardins e que o ambiente de casa esteja sempre limpo e livre de sujeira. “Evite deixar louça na pia da cozinha, retire o lixo do banheiro antes que ele acumule e tampe todos os buracos não usados da casa: tomadas não usadas, conexões de linha de telefone fixo, ralos e pias. Assim, você diminui a entrada de baratas na casa, que são a principal fonte de alimentação dos escorpiões e grandes responsáveis pelo aparecimento deles nas residências”.
Com informações do Jornal de Brasília.
Roger Campos
Jornalista
(MTB 09816)