O dia aparece e as gaivotas enfeitam o céu. Vou até a beira do mar e num ato de desprendimento jogo uma garrafa com uma mensagem. A imensidão a ser percorrida e o destino a ser tomado fica por conta do acaso, brincar com destino é ironias dos homens.

Vejo a garrafa caminhar em direção ao Tsunami. Sem nada poder fazer entristecido lamento tal destino. O interessante desta aproximação por mais violenta que sejam as ondas a garrafa se mantém integra e caminha em alta velocidade. Por estar na superfície sua leveza salva bravura e intensidade das ondas. Desprotegida a garrafa são como nossas vidas. Ao alento o mar com seu poderio não conseguem destruí-la. Somente os piratas poderão consumi-las. No meu caso os piratas viram a garrafa e não interessou. Ela guiada pelas intensidades das ondas caminha desgovernada, isto não quer dizer que sem destino.

Aprendi a acreditar que a garrafa é guiada pelo acaso, mas seu encontro depende de muito trabalho. Ela sofre as consequências das tempestades, mas saem salvas do temporal. Porque sua leveza mantém boiando mesmo com o peso dos temporais.

Depois de milhas percorridas vem cair nas mãos de alguém do outro lado do Atlântico. Por que como isso aconteceu é inexplicável. Vários destinos poderiam ter acontecido. Deste de sua destruição por tempestades ou por piratas. Mas integra e soberba chega ao destinatário final feliz. A pessoa que raptou a garrafa é porque ficou incansavelmente esperando. Ela diz que o mar impulsionou até as suas mãos, mas ninguém sabe o trabalho que espera trouxe.

Hoje sabemos que nossas vidas têm muitas coisas aleatórias, mas sabemos também que têm muitas coisas causadas por nós mesmos, porém devemos ser assíduos trabalhadores que acredita na sorte, mas acredita também que a abertura do sol é uma oportunidade de inserir nosso sacrifício no seio do dia.

Feliz a dona da garrafa foi abrir. Era uma champagne propicia para este final de ano e dentro tinha uma mensagem que depois da tempestade o amor sobrevive fortalece eternamente e é capaz de suportar as provocações dos temporais cotidianos.

JUAREZ ALVARENGA

ADVOGADO E ESCRITOR

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