O Brasil bateu recorde de medalhas e encerrou os Jogos de Lima, no Peru, com a melhor campanha de todos os tempos em Parapan-americanos.
Depois de superar as próprias no sábado, neste domingo, 1º de setembro, o País bateu o recorde de ouros e de medalhas do México de 1999.
A delegação brasileira terminou com tranquilidade na liderança do quadro de medalhas pela quarta edição consecutiva com 124 ouros, 99 pratas e 85 bronzes, com 308 no total.
O México, na primeira edição do Parapan, realizado na Cidade do México, há 20 anos, faturou 121 ouros, 105 pratas e 81 bronzes, com 307 no total.
“Lima foi um ótimo termômetro para avaliar o caminho que nós estamos trilhando. Nosso planejamento é para dois ciclos, para oito anos: Tóquio-2020 e Paris-2024″, disse Alberto Martins, chefe da delegação brasileira.
“A meta interna nossa era superar Toronto em todos quesitos. Desde a delegação, número de atletas em finais, número de mulheres, número de classes baixas. É o nosso planejamento de renovação”, afirmou.
Na última edição do Parapan, no Canadá, foram 109 ouros e 257 medalhas.
Agora o foco é manter o Brasil no Top 10 do quadro de medalhas na Paralimpíada de Tóquio.
Alberto não quis fazer uma projeção de medalhas para a competição do ano que vem. Prefere aguardar os Mundiais de natação e de atletismo, respectivamente em setembro e novembro.
“A gente sabe que do Top 10 para o Top 5 é questão de uma, duas medalhas. Então a gente precisa sempre estar ali naquele Top 10”, comentou.
Poupar atletas
Para a próxima edição do Parapan, em Santiago-2023, o Brasil cogita adotar método parecido com o dos Estados Unidos, que terminaram em segundo lugar no quadro de medalhas, com menos da metade de ouros do Brasil.
Foram 57 primeiros lugares, 62 pratas e 63 e bronzes, com total de 182. A ideia é apostar mais jovens na próxima edição com a possibilidade de poupar medalhões.
“Estados Unidos e Canadá trouxeram jovens e estão investindo neles. Nós também estamos fazendo, mas temos de estar muito atentos”, disse.
“Poupar atletas depende muito do momento. O Brasil precisa começar a jogar com a regra da competição. O tênis de mesa já fez isso em Lima. Então algumas estratégias nós precisamos já começar a utilizar. E, talvez, nós precisamos também, apesar que pessoalmente eu tenha algumas restrições com relação a isso, pensar se não vale a pena a gente também não se mostrar muito ao mundo em determinados momentos. Porque todas as equipes veem agora o Brasil como o país a ser derrotado”, encerrou.
Surpresas
“O que superou a expectativa foi a própria natação e o halterofilismo. O atletismo ficou dentro daquilo que já havíamos planejado. O atletismo ficou dentro daquilo que a gente já tinha planejado, perdemos uma aqui, ganhamos outras ali. Mas a natação superou bastante as nossas expectativas. O halterofilismo traz o aspecto da própria regra, em que ela ainda é muito confusa, muito interpretativa. Então quando você tem ali três árbitros e quase nunca se tem uma homogeneidade entre os três árbitros quer dizer que há uma interpretação. A gente gostou muito do atuação do halterofilismo”.
Com informações do Estadão e Metrópoles
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Roger Campos
Jornalista
MTB 09816
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