Brasileiros pretendem desembolsar, em média, R$ 116 por presente.

Pensando em aquecer as vendas, a Associação Comercial e Agroindustrial de Três Pontas, em acordo com lojistas e funcionários representados, ampliou o horário de funcionamento do comércio. Com muitas ofertas, novidades chegando e reabastecendo as lojas todos os dias praticamente, além de oferecer preços chamativos, os empresários estão otimistas com as vendas no Município.

Os comerciantes de Três Pontas esperam um aumento considerável nas vendas de Natal ainda nesta semana. Além da geração de centenas de empregos diretos e arrecadação de impostos para a cidade, contribuindo assim efetivamente para o seu desenvolvimento, o setor comercial trespontano já consegue oferecer muitos produtos de qualidade com os mesmos valores encontrados em outros centros, como Varginha, por exemplo. Inclusive a prática de preços menores, como pesquisou nossa reportagem.

Numa loja de Varginha, uma calça jeans de uma marca famosa custa R$179,00. Naquela cidade, no Via Café Garden Shopping, o mesmo produto custa R$ 229,00. Aqui em Três Pontas encontramos por R$130,00, uma economia de R$49,00 em relação à primeira loja varginhense, sem contar os gastos com combustíveis, que, como sabemos, estão bem caros.

Um boneco Incrível Hulk, de plástico, tamanho médio, numa loja no centro de Varginha custa R$69,00. No shopping da mesma cidade custa, numa rede de lojas, R$59,00. Aqui em Três Pontas encontramos por R$48,00, uma economia de R$11,00 em comparação com o Via Café Garden Shopping.

Veja o horário do funcionamento do comércio para as vendas de Natal:

EXPECTATIVAS DE CRESCIMENTO MODERADO NO BRASIL

Apesar da lenta recuperação da economia no País e do ambiente de incertezas, a maior parte dos brasileiros pretende manter a tradição e manter as vendas do Natal aquecidas neste ano. É o que revela pesquisa realizada em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). As projeções permanecem no mesmo patamar do último ano e indicam uma injeção de aproximadamente R$ 53,5 bilhões na economia.

Além disso, espera-se que mais de 110,1 milhões de consumidores presenteiem alguém no Natal de 2018. Em termos percentuais, 72% dos brasileiros planejam comprar presentes para terceiros no Natal deste ano, número que se mantém elevado principalmente nas classes A e B (83%). Apenas 9% disseram que não vão presentear — 26% porque não gostam ou não têm o costume, 23% por estarem desempregados e 17% por não ter dinheiro — enquanto 19% ainda não se decidiram.

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a injeção desse volume de recursos na economia durante das vendas no Natal reforça o porquê a data é a mais aguardada do ano para consumidores e comerciantes. “Embora o cenário econômico atual não esteja tão favorável, a expectativa positiva para o Natal dá indícios sobre a disposição dos brasileiros em consumir”, afirma.

Tíquete médio

Em média, os consumidores ouvidos na pesquisa que avalia as vendas no Natal devem comprar entre quatro e cinco presentes. O valor médio com cada item será de R$ 115,90, sendo maior entre os homens (R$ 136,51). O levantamento também revela que o número dos que pretendem desembolsar entre R$ 101 e R$ 200 com presentes cresceu na comparação com 2017, passando de 10% para 16%. Esse percentual chega a mais de um terço (33%) na faixa acima de 55 anos. Há, contudo, uma parcela considerável de consumidores (33%) que ainda não decidiu qual ao valor a ser desembolsado.

Outro dado que sugere uma disposição maior de consumo para o Natal é que quase um terço (27%) dos entrevistados que compraram presentes em 2017 irá gastar um valor superior este ano — alta de oito pontos percentuais na comparação com o último Natal. Outros 30% planejam gastar a mesma quantia e 22% menos. Considerando os que vão gastar mais no Natal de 2018, 29% afirmam que vão adquirir um presente melhor, enquanto 25% reclamam do aumento dos preços, principalmente as classes A e B (41%). Há ainda, 22% de pessoas que economizaram ao longo do ano para poder gastar mais com os presentes natalinos, em especial as mulheres (33%).

De olho nos preços

Os reflexos da crise continuam sendo sentidos no bolso do consumidor, que enfrenta orçamento mais apertado e renda que não acompanhou ajustes de preço dos produtos. Tanto que a maioria dos consumidores ouvidos (56%) disseram que os presentes de Natal estão mais caros em 2018 do que no ano passado. Para 28%, os produtos estão na mesma faixa de preço, enquanto apenas 6% disseram que os preços estão menores.

Produtos em destaque

Por mais um ano, as roupas permanecem na primeira posição do ranking de produtos que os consumidores pretendem comprar para presentear no Natal (55%). Calçados (32%), perfumes e cosméticos (31%), brinquedos (30%) e acessórios, como bolsas, cintos e bijuterias (19%), completam a lista de produtos mais procurados para a data.

Na hora de escolher os presentes, o fator que os consumidores mais levam em conta é a qualidade do item adquirido (21%). A pesquisa aponta que dois aspectos chamam a atenção este ano e ganharam importância frente a 2017, tanto as promoções ou descontos oferecidos pelas lojas (20%, contra 13% no último ano) quanto o preço dos presentes (17%, contra 9% no ano passado).

Formas de pagamento

De acordo com o levantamento que avalia as vendas no Natal, a maioria dos entrevistados (57%) vai optar por uma modalidade de pagamento à vista — percentual que sobe para 61% nas classes C, D e E. Os que vão utilizar alguma modalidade de crédito somam 40% dos compradores, dos quais 26% vão recorrer ao cartão de crédito parcelado, 10% preferem pagar no cartão em parcela única e apenas 2% devem usar o cartão de lojas.

 

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Roger Campos

Jornalista

MTB 09816

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