Problema se arrasta e quem vive em Pontalete pede a volta do transporte. Furnas diz que por ser ano eleitoral, não há possibilidade de convênios.

Há mais de um ano os moradores do distrito de Pontalete, em Três Pontas estão sem a balsa que atravessa do lago de Furnas e chega em Paraguaçu e Elói Mendes. Sem o transporte aquático, eles precisam viajar 90 km por uma estrada até chegar a outra cidade, no entanto, o problema está longe de ser resolvido. Por ser ano eleitoral, Furnas informou que está impedida de fazer novos convênios.

Para quem vive no distrito, a maneira mais fácil de chegar em outras cidades é cruzando o lago. A balsa que fazia a travessia significava economia de tempo e dinheiro para os moradores. Na embarcação, a viagem durava pouco mais de 10 minutos.

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Nesta situação, quem tem barco a motor, como o pescador Joaquim Teodomiro Sobrinho, tem sorte.  “Nem todo mundo aqui tem barco, mas os que tem, são solidários, não deixam as pessoas sem socorro”, comentou.

Os moradores do distrito contam que a situação já se arrasta por mais de um ano. Segundo o pescador Reginaldo Vitor Órfão, o transporte parou por causa de um impasse entre os balseiros e a Prefeitura de Três Pontas.  “O prefeito não aceita, fica caro para a Prefeitura e do jeito que a Prefeitura quer para eles, sobrecarrega o serviço e prejudica o pessoal de Pontalete”, disse.

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Procurada, a Prefeitura de Três Pontas informou que o transporte ainda não retornou porque os antigos balseiros não tinham a capacitação necessária para operar a balsa e agora ela enfrenta dificuldades para capacitar novas pessoas que possam prestar o serviço.

Já Furnas explicou que o serviço de travessia de balsa em Pontalete foi interrompido porque a Prefeitura não demonstrou interesse em manter o convênio.

(Foto Arquivo Xtp)

O prefeito Paulo Luís Rabello nega a versão. De acordo com ele, o convênio estabelece que a balsa é de responsabilidade da estatal e que os balseiros devem ser disponibilizados pelo município. “Se Três Pontas não tivesse o interesse nesse convênio, não teria mandado os marinheiros a Santos (SP), na capitania dos portos, para fazer a habilitação. Aí é uma discrepância, uma burrice de quem administra e nós fizemos para cumprir com as regras. Para resolver o impasse, seria necessário renovar o contrato, mas Furnas informou que por ser um ano eleitoral, está impedida de realizar novos convênios”, disse o gestor.

Ainda segundo o prefeito de Três Pontas, se o problema não for resolvido diretamente com Furnas, a administração vai buscar uma solução na Justiça.

 

(Com informações do G1 Sul de Minas)

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