A FATEPS, Faculdade Três Pontas, instituição de ensino superior, pertencente ao Grupo Educacional Unis, realizou a Oitava Semana Jurídica da FATEPS Dr. Luis Marcelo Brito Araújo Figueiredo.
Em sua oitava edição, a semana jurídica da FATEPS intitulada “DIREITO, PROCESSO E JUSTIÇA”, teve por finalidade proporcionar a difusão pública da pesquisa científica sobre variados temas, promovendo a difusão e o diálogo de pesquisadores, professores e alunos da graduação e da pós-graduação, atendendo, assim, as políticas educacionais da Faculdade Três Pontas, bem como o Projeto Pedagógico do Curso de Direito.
O evento estimulou à prática da pesquisa e da extensão universitária entre os alunos como forma de aprimoramento da conduta social, bem como fomenta o olhar crítico sobre os temas a serem proferidos, no intuito de que a utilização do Direito venha servir efetivamente como instrumento de reflexão, transformação social e de construção da cidadania. Deste modo, pretendeu-se cumprir a missão institucional do Grupo Unis, que é “formar pessoas socialmente responsáveis, em diferentes áreas do conhecimento, contribuindo para o desenvolvimento da região em que atua.”
O evento, que contou com as presenças de diversas autoridades, apresentou diversas palestras, de grande relevância, no Auditório da Cocatrel.
A semana jurídica da FATEPS, Dr. Luis Marcelo Brito Araújo Figueiredo, foi assim intitulada como uma homenagem do Curso de Direito da Faculdade Três Pontas a este profissional trespontano já falecido.
Perfil
“Nascido em 18 de agosto de 1979, nesta cidade de Três Pontas, filho de Antônio Victor de Figueiredo e Maria Aparecida Brito Araújo Figueiredo, Luís Marcelo Brito Araújo Figueiredo, desde criança soube filtrar de seus pais a educação, o respeito e amor ao próximo, portando-se sempre amável, dedicado, justo e responsável.
Ainda menino, Luís Marcelo, carinhosamente conhecido por “Tchel”, já demonstrava o seu apego pelo esporte. Na infância, sua vida foi partilhada pelo futebol, jogos de botão de mesa, estudos e apego aos familiares. Sua maior paixão sempre foi o Flamengo.
Com 18 anos Luís Marcelo Entrou para a Faculdade de Direito com um objetivo já traçado: ser Promotor de Justiça.
A carreira já havia sido semeada. Aluno destaque nos cinco anos consecutivos da Faculdade, com a notável média de 8.9, Luís Marcelo ainda teve nota máxima na monografia e foi aprovado ente os dez melhores estagiários do Escritório Modelo da Faculdade, numa turma de oitenta formandos.
Como estagiário do Ministério Público da Comarca de Três Pontas, Luís Marcelo recebeu também certificado, onde houve a comunicação expressa de que o mesmo havia desempenhado suas funções com notável afinco, assiduidade e surpreendente aproveitamento, a denotar inegável inclinação para o sacerdócio ministerial.
Ao prestar concurso para a Procuradoria Geral de Justiça de Minas Gerais – Comarca de Três Corações, Luís Marcelo teve a incontestável nota de 92,5.
Todavia, a vida de Luís Marcelo não foi só alegrias. Em caminhos estreitos, Tchel teve que passar por momentos difíceis, devido ao falecimento inesperado de seu pai e a doença fatal de sua querida mãe – o “paradigma de mulher”, como assim ele a denominava. Neste momentos difíceis, Luís Marcelo se ateve aos seus conceitos básicos. Os laços familiares ficaram ainda mais fortes e, juntamente com suas irmãs Luciana e Terezila, auxiliados por todos os familiares e amigos, Tchel lutou contra os “Porquês” da vida e venceu o desespero.
Luís Marcelo graduou-se em 2002 e logo se transferiu para a Capital do Estado em busca do almejado sonho de ser Promotor de Justiça.
Em seis meses dedicados ao específico estudo para concursos, Luís Marcelo obteve a maior nota, dentre mais de 120 alunos, do Curso Preparatório, no Concurso para Delegado de Polícia na cidade de Goiânia.
Um drama, porém, esperava por Luís Marcelo, às vésperas de completar 24 anos, o paradigma de home, que sempre se portou com atuação elegante, desenvoltura serena, inteligência e perspicácia inigualável e conduta irrepreensível, foi vítima da criminalidade do meio social, do descaso que vivemos, sendo assassinado em 23 de julho de 2003, na cidade de Goiânia, onde prestava a segunda etapa do Concurso para Delegado de Polícia.
O predestinado havia sofrido um golpe do destino, assim como num piscar de olhos, Tchel – “O Futuro Promotor”, integrava a relação jurídica processual, não mais como Autor da Ação Penal, mas como vítima dela.
O tempo e a idade de seus entes queridos passarão, entretanto, jamais passará a contribuição de um trespontano lutador, de um irmão prestativo, de um neto carinhoso, de um sobrinho amável, de um dinâmico e dedicado estudantes e advogado.
Diante de seu exemplo, seus sonhos sempre serão mantidos em nossos objetivos. Regaremos sempre seus ideais de um mundo mais justo, onde poderemos cultivar seus preceitos triviais de convivência em coletividade.
A alegria sempre presente em seus singelos e involuntários atos, que foram ceifados inexplicavelmente, serão a chama para colhermos os frutos e ideais que você – Luís Marcelo – sempre plantou.