Recebemos uma informação, dando conta que o empresário Sebastião de Fátima Cardoso, Tiãozinho Vermelho, ex-presidente da Associação Comercial e com grande experiência e influência política, será o próximo secretário municipal da Indústria e Comércio. O que está apenas faltando é uma nova definição sobre a lei recentemente criada e aprovada em Três Pontas, pelos vereadores, que obriga os secretários de governo e o presidente da Câmara Municipal a terem nível superior de ensino.
Se a lei cair, diante do trabalho de alguns advogados que a entendem como ilegal, Tiãozinho Vermelho, que já aceitou o convite do médico Luiz Roberto Dias, novo prefeito, assume o posto.
Nós estivemos informalmente conversando com o empresário Sebastião de Fátima Cardoso na sede do Fórum Municipal, durante a cerimônia de Diplomação dos eleitos para o próximo pleito. Ele confirmou essa informação.
A população de Três Pontas clama pela geração de novos postos de emprego. Muitos ainda têm que apelar para idas e retornos diários até a vizinha cidade de Varginha para trabalhar, correndo riscos na rodovia MG 167, que já fez incontáveis vítimas e que anseia pela terceira pista há vários anos.
Muitas empresas estão fechando as portas em Três Pontas por causa da crise que é nacional. Esta semana mais uma concessionária de veículos, fechou as portas: Cive Veículos. A carência de emprego é gritante. Mas graças ao excelente trabalho da Associação Comercial local o comércio trespontano, que emprega milhares de pessoas, continua forte e enfrentando bravamente as dificuldades.
Mas não dá pra depender apenas disso e do café. A industrialização se faz urgentemente necessária. Uma tarefa árdua e que exigirá grande jogo de cintura, interesse e coragem por parte do nosso secretário da pasta.
O Dia das Mães deve abrir 23 mil vagas de trabalho temporário. Queda de 28 por cento na comparação com o ano passado. O que pode ser encarado como reflexo da crise, que reduziu as vendas. A pesquisa foi feita pelo Centro Nacional de Modernização. E mostrou, ainda, que de cada 10 vagas, sete serão oferecidas pela indústria.
Neste caso, a maior parte dos contratados terá função operacional. E a pelo menos metade das vagas tem salário que vai de 1.321 a quase dois mil reais. O segundo setor que mais deve contratar é o comércio, principalmente para o cargo de vendedor.
E quase 70 por cento das oportunidades são para ganhar no máximo 1.320 reais por mês. No geral, a maioria das vagas é para candidatos com idade entre 22 e 35 anos.
Uma das maiores reivindicações da população trespontana e também promessa de campanha do atual prefeito Paulo Luís Rabello é a geração de novos postos de trabalho. Mas passados 3 anos de administração muitos moradores se mostram descontentes e afirmam não enxergar a abertura de vagas de emprego, indústrias aportando, etc. Curiosamente algumas publicações nacionais classificam Três Pontas com destaque em segurança e em infraestrutura, como a Revista Exame.
Em seu jornal institucional, lançado recentemente, a Prefeitura informa a geração de empregos de uma forma substancial. Mas pelo que se nota as informações “não batem”, se confrontam com o grande número de desempregados na cidade.
O prefeito Paulo Luís Rabello, procurado por nossa reportagem, falou sobre o tema e disse que uma grande indústria está “quase fechada” para vir para Três Pontas, podendo gerar até 500 empregos diretos.
“O que acontece nesse momento é que estamos negociando áreas para que algumas empresas venham aportar em Três Pontas. Há sim essa negociação de terrenos e estamos ofertando para algumas empresas. Porém o processo é lento. Uma empresa realmente está próxima de fechar com a gente e deve gerar de 300 a 500 empregos diretos”, explicou.
Enquanto algumas reportagens de sites dão conta de que Três Pontas tem se destacado na geração de emprego, a população se mostra insatisfeita e afirma não ver a abertura de novos postos de trabalho. Questionado sobre isso, o Prefeito disse que muitos empregos foram gerados em sua administração e que a situação só não está melhor devido a crise financeira que assola o país.
“Hoje, na situação atual que se encontra o país, todo empresário está com receio de investir. Principalmente em Três Pontas, haja vista que outras cidades da região oferecem um trânsito melhor, maior fluidez. Mas estamos lutando e esperamos confirmar a vinda dessa empresa em breve. O que saiu em revista e em site dizendo inclusive que somos o quarto município do sul de Minas que a melhor infraestrutura nos credencia a receber novas empresas e indústrias. Nós investimos muito, com honestidade e coragem, Nós não mentimos para o povo”, concluiu.
Veja o que a Prefeitura Municipal publicou no site G1 Sul de Minas, como “Especial Publicitário” no último dia 15 de janeiro:
GERAÇÃO DE EMPREGO TAMBÉM É DESTAQUE NA CIDADE
A cidade de Três Pontas registrou um saldo positivo no número de vagas de trabalho com carteira assinada. Os números do Ministério do Trabalho e Emprego apontam o município em 20º lugar no ranking brasileiro, e em 4º lugar de Minas Gerais.
O cálculo é feito com base nas admissões e nos desligamentos feitos durante um período, nos diversos setores da economia. Nesse sentido, Três Pontas teve um balanço positivo, com 1.456 vagas geradas de Janeiro a Agosto de 2015, o que representa uma variação positiva de 13,41%.
(Fonte G1 Sul de Minas)
Outra situação eu deve ser levada em consideração é que Três Pontas, que precisa realmente da vinda de muitas indústrias, que convive com uma grande taxa de desemprego, não tem uma mão de obra especializada, devidamente qualificada. Recentemente vários cursos foram ofertados em parceria com o Sine e também com a Associação Comercial e Agroindustrial de Três Pontas. Procura-se muitos empregos, mas não se procura a qualificação, o aperfeiçoamento na mesma velocidade ou intensidade por parte do trabalhador.
A Prefeitura Municipal de Três Pontas realizou recentemente um concurso público para diversas vagas, o que já é um alento diante da taxa de desocupação local.
A procura foi enorme para o Concurso Público da Prefeitura Municipal de Três Pontas
A cafeicultura continua gerando muitos empregos, mas a mecanização cada vez mais tem sido utilizada, assumindo a função de vários trabalhadores.
A grave crise financeira do Brasil é um agravante na geração de empregos, já que os empresários estão temerosos em investir. Porém, independente de qualquer situação “extra campo”, a população precisa de trabalho e o que foi falado deve ser cumprido. Que realmente venha essa indústria e outras mais, afinal já estamos no último ano da atual administração municipal.
Recentemente o Conexão Três Pontas postou uma reportagem sobre o fechamento de diversos pontos comerciais na cidade de Três Pontas, de junho para cá. Também publicamos uma entrevista com o vereador Paulo Vítor da Silva onde ele afirma ter feito tratativas com um empresário paulista que já teria até alugado imóvel para a instalação de uma fábrica no Município.
Mas a população tem questionado veementemente a situação da falta de empregos em Três Pontas e tem cobrado do Poder Público Municipal, principalmente informações da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, sobre o que tem sido feito pela pasta para abrir novos postos de trabalho através da vinda de empresas e indústrias para cá. O Prefeito Paulo Luís Rabello recebeu nossa reportagem e comentou o assunto:
“Nós estamos fazendo gestões junto ao Governo do Estado. Situações efetivas e pontuais para aumentarmos o número de postos de trabalho em Três Pontas. Mas para isso solicitamos ao Governo de Minas que enquadre essa empresa que quer vir para Três Pontas num regime especial para ter algumas vantagens tributárias. Ou seja, não tem nenhuma empresa negociando comigo para vir pra cá e sim já está negociado. Estou afirmando isso. Só dependemos agora da autorização do Governo do Estado. Isso não começou agora e não se faz do dia pra noite. Não se gera emprego do dia para a noite e ao contrário do que alguns críticos dizem, nós estamos gerando empregos sim. E não são poucos. Não podemos atender toda a demanda, assim como em outras cidades que enfrentam o mesmo problema. É só ver aqui na Prefeitura o número de terrenos que foram licitados, quantas obras estão sendo feitas, quantas construções para acolher essa e outras empresas”, comentou.
Paulo Luís disse ainda que a empresa atua no segmento de plásticos e que gerará muitos empregos.
Durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Três Pontas desta segunda-feira (13) uma questão de grande interesse público foi alardeada pelo Vereador José Henrique Portugal. Em sua fala no Pequeno Expediente, ele parabenizou o colega Vereador Paulo Vítor da Silva (PP) pelo sucesso nas negociações para a vinda de uma empresa para o Município e que criará 60 vagas de emprego.
O assunto ficou no ar, até quem o próprio Vereador Paulo Vítor reforçou o comentário da instalação da tal indústria. Sem dar muitos detalhes em sua fala, o legislador trespontano explicou melhor ao Conexão:
Vereador Paulo Vítor da Silva.
“Nós temos mantido contatos com um empresário de São Paulo já há algum tempo e o Vereador José Henrique inclusive nos ajudou a resolver algumas questões. Então afirmo para o Conexão que em breve estaremos trazendo para Três Pontas essa indústria que vai gerar 60 empregos, sem qualquer interferência do Município (Prefeitura). Os empresários não querem nenhum vínculo, nenhum incentivo do Poder Público, nesse momento”, comentou.
Ainda segundo o vereador, os empresários já seriam conhecidos dele de outras administrações, principalmente no período em que foi secretário municipal da Indústria e Comércio.
“Nossa cidade está tão carente na geração de emprego e vai dar certo a vinda dessa empresa, se Deus quiser. É uma empresa que trabalha na fabricação de bombas sprays utilizadas em tintas, perfumes, etc. Sobre a previsão, o que posso adiantar é que deverá sim ser instalada ainda este ano, já que o local já foi alugado. Eles já estão pagando os aluguéis. Já há um galpão definido, mas não posso ainda dizer onde é”, relatou.
Por fim, o Vereador Paulo Vítor da Silva, que é oposição ao Governo Municipal, questionado sobre o que ele acha, como ele vê a geração e emprego e renda atualmente em Três Pontas, sintetizou seu pensamento, claro, com uma dose de polêmica:
“Como eu vejo a geração de emprego em Três Pontas? Simplesmente eu não vejo…”