Era uma tarde que escorria lenta no horizonte e o sol jorrava seus últimos raios do dia que findava. Resolvi pegar o carro e dar uma volta, assistir talvez com sorte um belo pôr de sol no horizonte rubro que fechava as cortinas do dia. Espetáculo esse, somente alcançado nas partes mais altas da cidade, em mirantes conhecidos popularmente como “Morro da Cocada”, “Paraíso” e redondezas. Entrei no carro, liguei meu som e fechei o vidro, para ouvir com mais nitidez e brilho o cd que continha no interior do aparelho.
No “menu” da ocasião, a Grande Missa em Dó Menor K 427, do genial Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). Iniciei meu trajeto com a majestosa introdução de coral e orquestra, com seus jorros milagrosos de pura transmutação sonora. Saí do asfalto e tomei o pequeno trecho de terra, uma subida que me levaria até os pontos de melhor visibilidade, com aquele céu já iniciando seu espetáculo diário de cores, tons e nuances de deslumbramento.
A certa altura a bexiga apertou e tive que parar o carro na beira da estrada, pra dar aquela aliviada. Ao sair com o som ligado, abri a porta e deixei a música rolando e aproveitei para mirar o pasto verde que se estendia como tapete, com cercas de arame farpado logo à frente. Pastando por ali um monte de vacas, não sei bem o tipo de raça, notei os tons de cinza claro da pelagem. Algumas deitadas adquiriam aspecto de pedras espalhadas pelo campo. Outras por ali pastando e ruminando seu cotidiano bovino.
Quase que imediatamente, percebi que algumas se aproximavam da cerca, próximas ao carro, com certa “curiosidade” ou diria até certo “interesse”. Pensei, “por mim é que não deve ser”. Lembrei-me de um vídeo do Youtube em que um grupo de músicos toca jazz tradicional para um bando de vacas curiosas.
Então resolvi fazer uma pequena experiência de momento. Aumentei o volume do som, abri a outra porta e deixei a missa eclodir sua doce e penetrante área de soprano sobre um tapete sereno e terno das cordas.
O som foi tomando e “tornando” de maneira quase imperceptível toda aquela extensão de verde, e das árvores mais adiante, e das montanhas com seus contornos azuis se estendendo pelo “mar” sem fim, e do céu com seus mistérios profundos, e do meu ser, e das vacas e de tudo. E de repente tudo aquilo, era uma coisa só. Unidos e transmutados pela magia da música e daquele momento, em algo que não se explica, não se defini, não se entende, só se sente.
Quando num lampejo me veio de volta razão, espantei-me com a quantidade de vacas que se acumularam ali bem perto. E o mais incrível de tudo, elas pareciam formar em suas posições uma organizada e educada platéia de ouvintes, em formação cônica, com aqueles orelhões empinados e atentos, sedentos pelo som, que continuava agora com o retorno do coral, ecoando-se majestosamente pela paisagem.
Senti uma inveja de Mozart, e queria naquele momento um piano, um palco e um microfone onde pudesse cantar e me “expressar” para aquela curiosa e atenta “platéia” de ruminantes. Elas ouviam com especial atenção e interesse, e correspondiam em tudo o que sempre imaginei e sonhei, como uma platéia perfeita, educada e culta.
Em determinado momento, como de volta de um sonho, a música terminou e elas foram aos poucos retornando a sua mansa rotina de pastagem. E olha que estou falando de um estilo musical mais extenso, de no mínimo uns 5 minutos cada trecho! Já vi pessoas “cultas” se dispersarem da música com 2 minutos de audição desatenta.
Então o sol se escondeu por detrás das montanhas e com ele, aquele espetáculo curioso e nunca imaginado por mim. Muitas vezes toquei e me expressei para platéias humanas e bem menos interessantes.
Fica a curiosidade que teima em nos alfinetar:
Serão então verdades todas aquelas matérias sobre o poder que a música exerce não só em pessoas, mas também tomates, produção de leite, no tratamento de doenças e até na cura de algumas? Serão os animais, de alguma forma, ou meio, sensíveis (ou mais sensíveis até que nós) à arte humana da combinação e produção dos sons da natureza?
Naquela tarde tive a clara confirmação disso e a moral da história? Penso seriamente em parar de comer bife.
É na terra de Milton Nascimento e Wagner Tiso que terminam as etapas classificatórias do 45° Festival Nacional da Canção.
O município sediará a sexta fase seletiva do maior festival de música do Brasil nos dias 28 e 29/8, na Praça da Matriz, a partir das 21h.
Mais 26 canções de vários estados foram selecionadas e concorrem as últimas cinco vagas nas semifinais que acontecem em Boa Esperança.
Trespontano
Em sua página oficial no facebook o trespontano Sid Rodrigues, que teve uma composição classificada e que irá se apresentar em sua terra natal, falou da emoção e da expectativa: “Neste sábado dia 29/08 terei o prazer de estar mais uma vez no palco do Maior Festival de Música do país, mostrando um pouco do meu trabalho autoral e representando a nossa querida Três Pontas! Desde já conto com a presença e as boas energias de todos”, pontuou.
Veja a lista de músicas classificadas para a etapa de Três Pontas:
Como o saudoso Fernando Brant já dizia na célebre canção: … “todo artista tem de ir a onde o povo está”… Nós, cansados, subjugados e descontentes artistas, compositores e músicos, procuramos nosso trabalho e sustento em diversos e diferentes lugares, para mostrar o que sabemos realmente fazer que é música. Mas aí vem o choque de realidade, e com ele a pergunta: Onde estará esse povo? Em shows? Cada vez mais carentes de pessoas, quem dirá de platéia. Teatros? Rarissimamente e com público escasso. Nos bares? Igualmente esquecidos da boa boemia musical dos tempos de outrora.
A relação artista- público nunca esteve em vias tão distintas. “O que será, que será?” O que esse povo anda fazendo? Que não saindo de suas casas e permanecendo em suas “fortalezas” virtuais? Na falsa sensação existencial, que seus espíritos presos nem sequer presumem. “É a crise” dizem uns, “é o tempo frio” dizem outros, ou até pode-se ouvir o famoso ditado: “santo de casa não faz milagre”.
Outro dia ouvi músicos comentando que têm que parar com sua música a pedido do proprietário, ou muitas vezes dos próprios frequentadores das casas em que se apresentam, para exibição de lutas na TV. Como assim?! Tudo bem que nem todos os músicos são suficientemente bons ou agradáveis. Mas o que me deixa intrigado é o fato dessas pessoas saírem de suas casas, e se dirigirem para um lugar que sabem notoriamente que está havendo música ao vivo, para simplesmente assistirem aos shows de barbárie explícita na televisão( o que poderia ser assistido nos seus próprios e confortáveis lares, ou melhor ringues particulares).Para onde foi o respeito ao artista e antes de tudo pelo profissional que se apresenta ali?
A verdade é que a arte musical sempre esteve (com raras e notáveis exceções) na contramão dos povos e das grandes massas. Mas nunca, e tão ameaçadoramente como agora.
A meu ver esse vazio terá suas raízes naquilo que sempre foi discutido e dito como solução, não para esse único problema, mas para a maioria das máculas sociais e culturais desse nosso vasto país: a EDUCAÇÃO.
Não sei se é impressão, mas na nova propaganda midiática do governo federal, em que se utiliza um “funk”, com muitos jovens “cantando” e dançando, para convocar os alunos a retornarem as salas de aula, depois das curtas férias de julho, soa mais como um apelo suplicante, que contradiz aquilo que seu próprio sistema falho e em colapso já vinha causando há muito tempo, a apatia e a falta de interesse no conhecimento e na informação.
Com a cultura não poderia ser diferente. O vazio das casas noturnas, teatros, casas de espetáculo, escancara a alienação desse tempo e a indiferença a aquilo que seriam os últimos redutos da boa e velha música de sempre.
Você aí, que prefere ficar no” conforto” de seu computador micro ou macro, gastando seu precioso tempo de vida, e achando que vai encontrar tudo o que sonha e procura na tela e nos pixels que enxerga, sem perceber, deposita uma moeda no baú que isola, tranca e apaga toda uma história e evolução cultural conquistada (por pessoas reais e não “perfis” ou ”curtidas”) até o nosso presente. Eu mesmo, nesse exato momento em que escrevo, me utilizo desse meio que falo tanto (e não me abstenho também da culpa) para chegar até você, leitor.
Alguns vão dizer que isso será uma evolução natural causada pela modernidade. E o que ela traz consigo, será naturalmente entendido e compreendido no” futuro”.
Afinal, pra que sair de casa pra tomar uma cerveja, bater um bom papo com os amigos e ouvir boa música? Posso ter tudo isso aqui no conforto do meu celular, da minha poltrona. Talvez em um futuro não muito distante, as máquinas farão também o trabalho de músicos, artistas e até compositores. Aliás, pasmem, isso já esta seguindo lenta e veladamente seu caminho.
Então lhe pergunto caro leitor: Existirá um aplicativo para felicidade? Existirá um download para a emoção? Um link para o sentimento? Um reiniciador para a realidade? Uma formatação para a alma?
Pode até ser que um dia isso aconteça, mas receio, não terá metade da humanidade e do espírito, contidos em uma poesia declamada, em uma melodia bem tocada, em uma canção encantada e ao vivo.
O músico, assim como o artista, se nutre do calor das pessoas, do público, dos fãs, dos ouvintes. E esse alimento anda cada vez mais escasso. As pessoas distanciam-se cada vez mais de sua essência humana.
É gente fugindo de gente, pra se comunicar com seres e coisas ausentes. Será esse o futuro que nos espera? A irrealidade existencial? Isso com certeza vai trazer uma mudança radical em tudo e também na forma como artista e público se interagem. Se será benéfica ou não, a realidade que nos apresenta até o momento são casas de shows, teatros, centros de cultura e bares vazios de gente, de música, de arte, de vida. Por favor, o último a sair, apague a luz para a economia da máquina.
Elienai Teófilo, mais conhecido como Nanai, é um dos grandes talentos da música trespontana. Além da paixão pela música sertaneja, ele também dedica seu tempo à música religiosa, aos cantos litúrgicos durante as celebrações de Missas, principalmente na Igreja Matriz Nossa Senhora d’Ajuda.
Conhecido pela inconfundível voz que emociona a todos, Elienai vem caminhando em busca do sucesso, do reconhecimento de seu trabalho na música secular, a música sertaneja, tanto a universitária quanto a de raiz.
Ele criou o grupo Elienai Teófilo e Banda DW. Eles se apresentaram na festa do Dia do trabalhador (1º de maio) em Três Pontas, abrindo o show da dupla Regis e Raí. E estão abertos a contatos, convites para outras apresentações.
A banda existe há 3 anos e conta com Willian no contrabaixo, Plínio no violão, Nanai nos vocais e Willian Damasceno na sanfona, Edson Pelé no violão solo e Adriano Maciel na bateria. Inicialmente se apresentou em eventos beneficentes da igreja católica e agora abriu seu leque para outros eventos.
Ensaio da banda.
Quem quiser contratar Elienai Teófilo e Banda DW pode ligar para (35) 9731-5196.
O cantor e compositor sertanejo Cristiano Araújo morreu na manhã desta quarta-feira (24), aos 29 anos, após sofrer um grave acidente de carro. A namorada de Cristiano, Allana Moraes, 19, também estava no carro e morreu no local. O velório do casal será aberto ao público no Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia (e não mais no Ginásio Goiânia Arena) — o horário ainda não foi revelado.
Dono de hits como “Maus Bocados“, “Cê Que Sabe” e “Hoje Eu Tô Terrível“, Cristiano Araújo era, ao lado de Gusttavo Lima e Luan Santana, uma das revelações do sertanejo dessa década e era conhecido por incluir o ritmo do arrocha em suas músicas.
Allana Moraes e Cristiano Araújo, celebraram o aniversário do cantor em janeiro deste ano.
Cristiano havia acabado de fazer um show na cidade de Itumbiara (a 200 km de Goiânia), na madrugada desta quarta-feira (24), quando o veículo em que estava capotou por volta das 3h da manhã na rodovia Transbrasiliana (BR-153), na altura do quilômetro 613, entre os municípios de Goiatuba e Morrinhos.
O sertanejo chegou a ser levado em estado grave, com hemorragia interna, para o Hospital Municipal da cidade de Morrinhos. De lá, foi transferido de helicóptero, mas chegou ao Hugo (Hospital de Urgência de Goiânia) já em óbito.
Cristiano Araújo era uma das principais atrações desta quarta-feira no São João de Caruaru, tradicional festival de Caruaru, em Pernambuco. Ele deixa dois filhos, João Gabriel, de 6 anos, e Bernardo, 2.
O acidente
O inspetor Newton Moraes, da Polícia Rodoviária Federal, disse em entrevista ao programa “Hoje em Dia”, da TV Record, que “provavelmente sono ou excesso de velocidade tenham contribuído para que o condutor — o senhor Ronaldo — tenha perdido o controle da direção, batido no canteiro central e estourado os quatro pneus do veículo”.
Em comunicado, o Hospital de Urgência de Goiânia informou que “o cantor apresentava várias fraturas pelo corpo” e que “já chegou em óbito ao Hugo” — a morte foi constatada e registrada às 8h27 e as causas estão sendo investigadas pelo Instituto Médico Legal.
Ao UOL, o sargento Leandro Mariano, do Corpo de Bombeiros de Morrinhos, disse que, de acordo com a chamada Escala de Glasgow, que mede o nível de consciência de uma pessoa e que vai de 3 a 15, o cantor foi resgatado do local do acidente já no estágio 10.
Ainda segundo informações do sargento, o cantor e a namorada estavam no banco de trás do carro. O empresário do cantor, Victor Leonardo, estava no banco do passageiro, enquanto o segurança, Ronaldo Ribeiro, dirigia a Land Rover — ambos tiveram ferimentos leves e passam bem. “O motorista disse que não sabia como aquilo tinha acontecido, e foi transportado pela ambulância da Prefeitura de Goiatuba que passava pelo local. O corpo de Allana foi levado para o IML de Morrinhos”, afirmou o sargento.
Trajetória
Cristiano Melo Araújo nasceu em Goiânia, no dia 24 de janeiro de 1986, cercado pela música sertaneja que sua família trazia como tradição. Aos seis anos, ganhou dos pais o primeiro violão e começou a se apresentar em festivais regionais.
Aos 10, fez sua primeira composição e, três anos depois, gravou seu CD de estreia, com apenas cinco músicas, para participar do programa “Domingão do Faustão”. Ficou entre os melhores da região Centro-Oeste e integrou a coletânea “Jovens Talentos”, o que impulsionou sua carreira.
Aos 17 anos, resolveu cantar como dupla. Chegou a gravar alguns trabalhos em CD, mas não teve o resultado esperado. Em 2010, seguiu novamente em carreira solo, desta vez com o CD e DVD “Efeitos”, com participações de artistas de renome nacional, como Jorge (da dupla Jorge & Mateus), Gusttavo Lima e Humberto & Ronaldo. A música que dava nome ao projeto foi seu primeiro sucesso, somando 5 milhões de acessos no YouTube.
Com o primeiro hit, voltou ao programa de Fausto Silva, onde foi premiado por votação direta do público, e garantiu a sua participação em um dos maiores festivais sertanejos do Brasil, o Sertanejo Pop Festival 2012, que aconteceu em São Paulo.
Já eleito uma das revelações do sertanejo, lançou em 2012 o segundo álbum, “Ao Vivo em Goiânia”, com participações de Bruno & Marrone, Fernando & Sorocaba, Israel & Rodolffo, seu pai João Reis, entre outros. Neste mesmo ano, chegou a ser preso por excesso de barulho em festa em um condomínio de luxo na região sul de Goiânia, mas foi solto mediante fiança.
Em 2013, Cristiano lançou o CD “Continua”, com os sucessos “Maus Bocados” e “Caso Indefinido”.
Homenagem
O Conexão Três Pontas presta uma homenagem ao cantor Cristiano Araújo e aos seus fãs, com dois sucessos do astro no sertanejo universitário:
A dupla sertaneja Zezé di Camargo & Luciano recebeu a reportagem do Conexão Três Pontas para uma entrevista rápida, pouco antes do grandioso e esperado show realizado neste domingo (31) em Três Pontas. Foi um reencontro entre o repórter Roger Campos e os músicos idolatrados por todo Brasil, 15 após a primeira entrevista, ainda quando o jornalista trabalhava na extinta e saudosa TV Cidade.
Foto da primeira entrevista realizada no Brasil Hotel há 15 anos atrás e que virou motivo de risos por parte da dupla na entrevista deste domingo (31).
Bem animados Zezé di Camargo & Luciano, em camarins separados, falaram da carreira e comentaram, ou melhor “cornetaram” uma foto da primeira entrevista concedida a Roger Campos. Todos, por fim, acharam que estão muito melhores hoje em dia. Acompanhe:
Conexão – Zezé, obrigado por receber o Conexão Três Pontas. Vocês são referência na música sertaneja. Já fizeram e tudo, viraram filme, cantaram de Beatles a Lucio Dalla (Caruso). O que ainda vê m por aí, quais seus planos?
Zezé di Camargo – Obrigado a você pelo carinho. Nesse DVD novo tem o Caruso inclusive, tem muita novidade. Todo ano a gente tem novidade, somos enredo da Escola Imperatriz Leopoldinense na avenida, o musical Dois Filhos de Francisco, DVD no Atacama, e muito mais, nós não paramos e por isso estamos na estrada a tanto tempo. Graças a Deus.
Conexão – Luciano, primeiramente obrigado pela entrevista, prazer te rever depois de 15 anos. Fale da emoção de estar novamente na terra de Milton Nascimento.
Luciano – Obrigado a você. Esse concerto que nós participamos é maravilhoso, assim como estar em Três Pontas novamente e eu nem lembrava mais (risos), você quem me fez lembrar do primeiro show. Enfim, é muito gostoso. Já é a quinta vez que participamos do Concertos Ihara e estamos cheios de novidades para este ano. É uma concepção diferente, com orquestra e nós estamos levando isso para o nosso novo DVD.
Conexão – mesmo com toda correria de vocês, projetos que não cessam, o tempo parece ter sido generoso com vocês e também comigo. Dá uma olhada nesta foto da nossa primeira entrevista, há 15 anos atrás. O que você acha?
Zezé di Camargo – Rapaz… Que isso? Que foto é essa? Isso foi aqui em Três Pontas? Há 15 anos atrás? Que coisa mais ridícula (risos)… Olha o coletinho que estou usando (risos). A gente melhorou muito, você era um menino. Mas somos todos ainda muito jovens. Que legal, muito bacana rever essa foto e viajar no tempo. Obrigado por ter guardado essa foto. Legal mesmo.
Conexão – Luciano, recentemente no programa Altas Horas, você disse que deixou a barba pra disfarçar a “papada”, o pescoço. Mas acho que o tempo fez a gente melhorar muito o visual. Veja essa foto da primeira entrevista que fizemos há 15 anos atrás. Você concorda comigo que estamos muito melhores (risos)?
Luciano – (Risos) Caraca!!! O tempo foi muito bom mesmo, estamos realmente muito melhores. Olha isso, que foto é essa (risos). Isso é uma raridade. Mas não mostra pra ninguém não (risos)…
Conexão – Prazer te rever e obrigado pela entrevista. Deixe um recado para os trespontanos.
Zezé di Camargo – Obrigado a você pelo carinho. Três Pontas é uma cidade bacana e esse evento é muito bacana, um show lindo. Quero agradecer a todos da região. Beijo grande em todos, valeu mesmo. Esperamos voltar e com um visual ainda melhor… (risos)
Conexão – Sua mensagem, Luciano, para as fãs de Três Pontas.
Luciano – Nossa, muito obrigado a você por ter vindo aqui, por poder levar nossa mensagem para os nossos fãs e eu me diverti muito com essa foto (risos). Valeu mesmo pelo carinho, um beijo pra toda galera. Estou muito feliz.
CONCERTOS IHARA
Com patrocínio da IHARA e apoio da Prefeitura Municipal de Três Pontas, a Marolo Produções realizou, no Parque Multiuso (Parque da Mina do Padre Victor), o projeto CONCERTOS IHARA, com shows gratuitos de orquestra e grandes atrações como Zezé Di Camargo & Luciano e Sá & Guarabyra, além de atrações locais, como a dupla Bruno & Diogo.
A IHARA, tradicional empresa de defensivos agrícolas, comemorou em março seus 50 anos de história. Para celebrar, a companhia preparou diversas ações que vão acontecer ao longo do ano. Uma delas é o “Concertos IHARA”, projeto realizado pela produtora Marolo e patrocinado pela companhia. A ação vai promover shows gratuitos de grandes artistas da música brasileira raiz, em praças públicas em diversas partes do país.
“A IHARA está patrocinando este evento como parte das comemorações dos 50 anos da empresa. Por acreditar e valorizar a cultura brasileira, a companhia quis investir em um projeto que pudesse trazer algum retorno para a população que tão bem a acolhe durante todos esses anos no país. A intenção da IHARA é propagar a arte local, bem como a música sertaneja, a partir da apresentação de grandes expoentes desse segmento”, explicou Eliana Tashiro, supervisora administrativa da IHARA.
A primeira cidade a receber os shows foi Campo Mourão. A iniciativa vai percorrer ainda outros quatro municípios: Santa Maria (RS), Três Pontas (MG), Sorriso (MT) e Luís Eduardo Magalhães (BA). Os artistas estarão presentes em todos os eventos.
À parte dos shows, o patrocínio da empresa engloba ainda uma atividade paralela, com palestras sobre a relação da música com a agricultura nas escolas das cidades abrangidas.
(Fonte IHARA)
ZEZÉ DI CAMARGO & LUCIANO – A CONQUISTA DO BRASIL
Foi em 19 abril de 1991 que Zezé Di Camargo e Luciano lançaram seu primeiro disco. Em dois meses “É o Amor” alçava seus intérpretes ao primeiro lugar no hit parade. Em seis meses o CD de estreia dos cantores ganhava disco de platina duplo por 750 mil cópias. Em pouco mais de um ano atingia a casa de 1 milhão de cópias. Em 1995, apresentaram uma série de shows juntamente com as duplas Chitãozinho & Xororó e Leandro & Leonardo chamada Amigos, pelo especial de fim de ano na Rede Globo, que durou até 1998, sem Leandro, falecido no dia 23 de junho do mesmo ano. Em 1999, ainda na Rede Globo, apresentaram o programa Amigos & Amigos também juntamente com Leonardo e Chitãozinho & Xororó, feita pela homenagem ao Leandro.
Em 2000, iniciaram uma turnê chamada “Zezé Di Camargo & Luciano 2000″ que era feita uma inauguração dos 10 anos de carreira da dupla e shows no Credicard Hall. Gravaram o 1º álbum ao vivo, chamado de mesmo nome no Olympia (SP), e em formato duplo, que traz sucessos da história da dupla e inclui duas músicas inéditas como “Da Boca Pra Fora” e “Mexe Que É Bom”. O álbum ao vivo da dupla saiu no dia 19 de abril do mesmo ano, data onde é comemorado o aniversário da dupla. No segundo semestre, a dupla lança seu 10º álbum de carreira, previsto para novembro, que traz os sucessos “Antes de Voltar Pra Casa”, “Dou a Vida Por Um Beijo” e “O Que é Que Eu Faço”. No ano seguinte, gravaram o 1º DVD ao vivo, previsto para os dias 6, 7 e 8 de abril, em Rio de Janeiro, que comemoraram os 10 anos de carreira da dupla, reunindo os sucessos “É O Amor”, “Você Vai Ver”, “Pão De Mel”, “Indiferença”, “Pra Não Pensar Em Você”, “Pare”, “Mexe Que É Bom” e outras, e os novos sucessos “Antes de Voltar Pra Casa” e “Dou a Vida Por Um Beijo”; também trazendo as regravações internacionais como “Bella Senz’Anima” e “How Can I Go On” que contou com a participação especial de Sylvinha Araújo, o instrumental da música “Fascinação” e incluindo também os sucessos “Planeta Água” e “La Cautiva”. No segundo semestre de 2001, a dupla lança seu 11º álbum de carreira, com os sucessos “Passou Da Conta”, “Nem Mais Uma Dúvida” e uma clássica regravação gravada no DVD chamada “Bella Senz Anima”. E ainda lança o 2º CD em espanhol, com grandes sucessos e também as inéditas versões do grupo Roupa Nova, das músicas “Luz De Mi Mundo (Volta Pra Mim )” e “Mi Universo Eres Tu ( Meu Universo É Você )”.
Daí em diante, Zezé Di Camargo e Luciano não pararam mais. Todos os álbuns são sinônimo de sucesso e a cada lançamento a marca de um milhão de cópias sempre é superada. No ano de 2003, a dupla foi agraciada com dois prêmios importantíssimos: da Academia Brasileira de Letras (como melhor dupla) e o Grammy Latino como melhor álbum de música sertaneja.
Em 2004, foi lançada uma caixa especial, intitulada Dois Corações e Uma História (mesmo nome de uma canção do álbum de 1998), com 7 CDs e 100 músicas. Os seis primeiros discos contém, cada um, 14 faixas, pertencentes a dois discos originais (7 faixas de cada disco): 1991-92, 1993-94, 1995-96, 1997-98, 1999-2000 e 2001-2002. O sétimo disco contém 16 faixas, formadas por gravações raras e duetos realizados com outros artistas. A mesma caixa inclui um DVD extra (não vendido separadamente), contendo 14 videoclipes da dupla. Os 7 CDs também são vendidos separadamente.
No segundo semestre, gravaram o DVD Ao Vivo na Estrada em Recife, Pernambuco, nos dias 20 e 21 de agosto de 2004 e contou com a presença de 30 mil pessoas, este DVD foi gravado no Estúdios Mega e foi lançado em dezembro do mesmo ano. Novos fãs se unem a milhares a cada ano . Recentemente uma pesquisa sobre o perfil da juventude brasileira, realizada pelo Instituto da Cidadania e pela Fundação Perceu Abramo (publicada no jornal O Globo e nas revistas Isto É e na Veja Especial Jovem, entre outros veículos), indica Zezé Di Camargo e Luciano como os artistas preferidos pelos jovens entre 15 e 24 anos. Novamente se comprova que, além de manter um grande público desde o início de sua carreira, novos fãs foram se agregando à dupla, pois, no target pesquisado, os mais velhos (24 anos) tinham apenas 11 quando os artistas iniciaram sua carreira.
Em 2005, a história da vida e da carreira da dupla foi contada no filme 2 Filhos de Francisco, parceria da dupla com a produtora Conspiração Filmes e com os Estúdios Mega. O longa assinado pelo diretor Breno Silveira trouxe os atores Márcio Kieling, Thiago Mendonça (interpretando, respectivamente, Zezé e Luciano) e Ângelo Antônio (que vive Francisco, pai dos irmãos). O filme quebrou recordes de bilheteria no Brasil, sendo assistido por mais de 5,3 milhões de pessoas (marca superada pelo filme Se Eu Fosse Você 2, em 2009, com mais de 6 milhões de pessoas).Ao completarem 15 anos de carreira , alcançam a marca de 22 milhões de cópias vendidas. Uma comprovação da enorme popularidade da dupla é que 22 milhões de cópias, em 15 anos de carreira, significam aproximadamente 3 (três) CDs vendidos por minuto, ininterruptamente O ano de 2006 ainda proporcionou a dupla novas e excelentes premiações como o Prêmio TIM de Música, realizado no Teatro Municipal, Rio de Janeiro , no qual Zezé Di Camargo e Luciano levaram para casa o prêmio de Melhor Dupla de Canção Popular.
A consagração continuou com o Prêmio Contigo de Cinema , sabiamente realizado no Museo Histórico Nacional , no qual o consagrado 2 Filhos de Francisco foi o grande vencedor da noite recebendo vários prêmios , como o de melhor filme do ano, pelo júri popular; Ângelo Antônio foi apontado como o melhor ator , Dirá Paes levou o prêmio de melhor atriz. e Zezé Di Camargo e Caetano Veloso pela melhor trilha sonora No segundo semestre a dupla lança seu 16o álbum de carreira , o primeiro com título, Diferente . O cd , a exemplo dos anteriores alcança rapidamente a liderança de vendas no mercado brasileiro e também o 1o lugar de execução nacional com a música Diz pro meu olhar . Com participações de Ivete Sangalo ( Amor que Fica ) , Chico Buarque ( Minha História ) e Silvinha Araújo ( How can i go on ) e uma grande e boa surpresa , a interpretação de Luciano para a versão em português de Hey Jude com Zezé Di Camargo ao piano.
Em maio de 2010, a dupla lançou seu mais recente disco, intitulado Double Face e lançado em formato duplo, como sugere o título. O disco 1 é formado por canções inéditas, como Tapa na Cara (primeira música de trabalho). O disco 2, por sua vez, contém regravações de clássicos da música sertaneja, realizando um antigo desejo de Zezé di Camargo – gravar canções que fizeram sucesso antes de os irmãos se tornarem famosos. No Dia das Mães de 2010, o álbum alcançou a expressiva vendagem de 70 mil cópias para o consumidor final (não incluídas as cópias vendidas pelas gravadoras para as lojas). Em 2011, Zezé Di Camargo & Luciano comemoram 20 anos de Sucesso, e, para marcar essa data a dupla gravou o quarto DVD no dia 13 de Setembro em São Paulo – SP ,além de lançarem no segundo semestre uma coletânea com os hits que marcaram essa duas décadas de sucesso.
Em 2012, a dupla lançou seu CD e DVD 20 Anos de Sucesso. O CD traz 14 músicas inéditas, como o single Sonho De Amor (primeira música de trabalho), que foi um sucesso da cantora Patrícia Marx e regravações entre modões sertanejos e grandes clássicos que marcaram a história da dupla. E o DVD traz 23 faixas com 8 inéditas. A data de previsão de lançamento do seu novo CD foi em abril de 2012 e o DVD teve lançamento oficial previsto para o dia 20 de junho de 2012. Em 2013, podem gravar seu novo CD e o 5º DVD, o primeiro em acústico, previsto para o dia 31 de agosto em Belo Horizonte- MG, ou seja, em São Paulo, comemorando 22 anos de carreira, lançando nesse semestre um Box com músicas inéditas e seus maiores sucessos que marcaram época, incluindo sucessos em espanhol e regravações internacionais. Eles ainda lançarão nesta caixa, um repertório de raridades.
Em 2014 a dupla lançou seu novo CD Teorias de Raul.
Em 2015 o DVD Flores em Vida chega as lojas. É o quinto DVD da carreira de Zezé Di Camargo e Luciano. Entre as cerca de 30 músicas apresentadas durante a filmagem, que aconteceu no Citibank Hall, em São Paulo, Zezé e Luciano cantaram clássicos da carreira, como “Dou a vida por um beijo”, “Faz mais uma vez comigo”, “Preciso de você”, “Sufocado”, entre outros sucessos. Além disso, incluíram a inédita “O Defensor”, composição de Fred Liel e Marco Aurélio e que é a atual música de trabalho do álbum.
Zezé ainda regravou duas faixas internacionais, “(Everything I Do) I Do It For You”, de Bryan Adams, e o clássico “Caruso”, que emocionou Wanessa, filha de Zezé. Já Luciano, registrou seu momento solo, em que sempre levanta a galera ao cantar “Do seu lado”.
Em 2016, o sertanejo vai invadir a Sapucaí para mostrar, merecidamente, a história de Zezé Di Camargo e Luciano no desfile da Imperatriz Leopoldinense. Enredo da escola de samba no próximo Carnaval, a dupla terá a sua vida contada ala a ala da agremiação carioca em um convite que deixou os goianos honrados.