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Clima ficou quente entre Antônio do Lázaro e Erik Roberto. Popó e Sérgio Silva colocaram mais gasolina.

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Aconteceu no fim da tarde desta quarta-feira (04) a primeira Reunião Ordinária da nova legislatura no Plenário da Câmara Municipal de Três Pontas. A reunião que, normalmente, acontece todas as segundas-feiras, excepcionalmente nesta semana foi ontem, quarta-feira. E não poderia começar mais quente. Poucas vezes se viu uma Câmara tão igualmente dividida e com os ânimos exaltadíssimos. Por si só, desde o Pequeno Experiente o clima esquentou. Mas quando o projeto que visava derrubar a lei que exigia Nível Superior aos secretários de governo do Poder Executivo e ao presidente da Câmara de Vereadores, a tensão superou os padrões da razoabilidade.

Os trabalhos mais uma vez foram comandados pelo presidente “reeleito” Luiz Carlos da Silva e se iniciaram às 18h30.

No Pequeno Expediente Erik (oposição) e Antônio (situação) já “se estranharam”, trocando acusações. E durante a votação do polêmico projeto, que levou muitas pessoas ao Plenário Tancredo Neves, muitos opositores, como a ex-secretária de Administração Evânia Moreno, e alguns correligionários do prefeito Luiz Roberto Dias compareceram. As discussões mais acirradas se tornaram inevitáveis.

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Antônio do Lázaro disse que esse era um projeto de cunho meramente político, apresentado após a eleição por alguém (ex-prefeito Paulo Luís) que estava revoltado por ter perdido o pleito. Disse ainda que muitos senadores e políticos corruptos do Brasil têm faculdade e que os estudos não interferiram positivamente.

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Inconformado, Erik Roberto, que é professor, foi ao parlatório (tribuna) e esbravejou. Respondeu nominalmente ao vereador Antônio dizendo que o mesmo não podia jogar nas costas dele e de outros que conseguiram se formar a incompetência e a corrupção. “A corrupção vem de berço meu caro! De berço! Corrupção pra mim é um vereador como o senhor que pede pra marcar consultas e passar pessoas na frente na Secretaria de Saúde”, detonou.

Antônio do Lázaro ficou visivelmente transtornado e respondeu dizendo que a administração passada só sabia contar mentiras.

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Foi quando Popó Diniz resolveu interpelar e criticou o Erik: “Estamos aqui discutindo sobre comportamentos vergonhosos, etc. Pra mim vergonha, absurdo, é um ex-secretário de educação e professor fechar uma escola, como aconteceu”, atacou se referindo a Erik.

Foi a vez de Erik se dirigir ao presidente da Câmara pedindo que a discussão ficasse apenas em torno do projeto.

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Sérgio Silva disse que não abandonaria o projeto e que 90% da população era a favor dele. “Independentemente de ser politicagem ou não, sou a favor e vou manter meu voto”, pontuou.

Já a única vereadora do sexo feminino, Marlene disse que as pessoas devem procurar ter estudo sim, sem que se desmereça aqueles que não puderam estudar. “Se essa lei for retirada estaremos incentivando as pessoas a não estudar. Estudar é a melhor forma do cidadão se tornar mais crítico e acho o nível superior fundamental”, ressaltou.

O vereador Coelho lembrou ter saído do zero e que com muito esforço conseguiu vencer na vida. “Eu vejo muitas pessoas, muitos secretários, que não têm nível superior e sabem fazer melhor do que muitos formados. Tem muitos formados presos na Operação Lava Jato. Eu queria ser presidente da Câmara e não posso se essa lei não cair”, comentou.

Popó voltou a falar. Disse que ninguém estava sendo contrário a lei, principalmente ele que é professor e que sempre incentiva os estudos. Mas que os vereadores da base aliada estavam querendo prorroga-lo, haja vista que teria sido colocado após uma eleição e pareceu ser politicagem. “Mas quero também lembrar que aqui na cidade há empresários importantes sem estudo”, falou.

Na votação, 5 de um lado e 5 do outro, conforme descrição abaixo:

Contra a permanência da Lei

Antônio Carlos de Lima – (Tonho do Lazo) PSD

Luis Flávio Floriano – (Flavão) PSL

Donizetti Benício Baldansi – PSL

Francisco Fabiano Diniz Júnior – (Popó) PSL

Geraldo José Prado – (Coelho do Bar) PSD

A favor da Lei do Nível Superior

Marlene Rosa de Lima Oliveira – (Marlene INSS) PDT

Roberto Donizetti Cardoso – (Robertinho Vermelho) PP

Maycon Douglas Vitor Machado – (Maycon Professor) PDT

Erik dos Reis Roberto – (Erik Professor) PSDB

Sergio Eugênio Silva – (Serjão) PPS

Com o empate, coube ao vereador e presidente Luís Carlos da Silva ser o fiel da balança. Luizinho disse que esse é o ônus de quem está na vida pública e que não tinha medo do voto. Que estava consciente. Lembrou que se formou aos 40 anos de idade e que agora pensa em fazer uma pós-graduação. Mas que não concordava com a permanência da lei neste momento e por isso votou contra, mesmo sendo da oposição, se somando aos vereadores da base, totalizando 6 votos contra 5 pela queda, pela anulação do projeto.

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Com isso, qualquer cidadão pode novamente ser nomeado para os cargos de secretário de governo e qualquer vereador pode almejar a cadeira máxima do Legislativo.

Durante a votação várias pessoas se manifestaram. Antônio do Lázaro chegou a discutir com um cidadão. Erik protestou pedindo que o presidente evitasse manifestações. O próprio Luizinho tentou acalmar os ânimos e acabou tendo que pedir a presença da Polícia Militar, ameaçando retirar os que estavam conturbando o ambiente.

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Como se viu na primeira reunião do ano, da atual legislatura, esses quatros anos ainda prometem muitas emoções…

PROTESTO

Um cidadão trespontano compareceu ao Plenário Tancredo neves, na Câmara de vereadores de Três Pontas munido de um cartaz pedindo que os legisladores municipais abaixassem seus próprios salários, como mostra a foto abaixo:

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A próxima reunião será na segunda-feira, dia 09. Lembramos que o número de vereadores caiu de 15 para 11.

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Roger Campos

Jornalista

(MTB 09816)

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