Considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído, o Brasil exportou 3,74 milhões de sacas de café em outubro, estabelecendo um novo recorde mensal. O volume foi 29,1% superior ao total de sacas exportado no mesmo mês de 2017, quando o país exportou 2,9 milhões de sacas. Já em relação a setembro deste ano, quando o Brasil exportou 3,12 milhões de sacas de café, o aumento foi de 20,1%.
A receita cambial em outubro chegou a US$ 490 milhões, variação positiva de 0,7% em relação ao mês de outubro do ano passado e de 15,3% na comparação com setembro deste ano.
Com relação às variedades embarcadas, o café arábica representou 82,5% do volume total de café exportado no mês, com mais de 3 milhões de sacas, crescimento de 20,2% na comparação com outubro de 2017.
O café robusta representou 9,7% das exportações de café em outubro, com 364,7 mil sacas exportadas, aumento de 1.797% em relação com ano passado. Já o café solúvel, por sua vez, representou 7,7% do volume total exportado em outubro, com 288,9 mil sacas. Em relação a outubro de 2017, houve queda de 6,8% na exportação dessa variedade.
No acumulado do ano civil, o Brasil já registrou um total de 27,5 milhões de sacas exportadas, crescimento de 10,3% na comparação com igual período do ano passado. A receita cambial nessa comparação apresentou queda de 4,9%, alcançando US$ 4 bilhões.
No período, o café robusta segue chamando a atenção pelo crescimento nas exportações. Até o momento, foram embarcadas 2 milhões de sacas de robusta, crescimento de 874,5% em comparação com os dez primeiros meses do ano passado, quando a estiagem ocorrida no Espírito Santo em 2015/16 havia prejudicado a produção da variedade.
“Os volumes de exportação de café foram muito positivos o mês de outubro, registrando um novo recorde de volume mensal atingido. Continuamos com os problemas de rolagem dos embarques nos navios, caso contrário, poderíamos ter atingido o patamar de 4 milhões de sacas. Os dados indicam uma performance positiva para os próximos meses, encerrando o ano civil com bons resultados e consolidando cada vez mais a liderança do Brasil em volumes exportados e o compromisso com a qualidade e a sustentabilidade”, declara Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
Principais destinos
EUA, Alemanha e Itália seguem sendo os três principais destinos do café brasileiro no ano civil de 2018. Os EUA importaram 4,8 milhões de sacas de café de janeiro a outubro (17,5% do volume total exportado no período); a Alemanha importou 4,27 milhões (15,5%); e a Itália, 2,6 milhões (9,4%).
Na sequência estão: Bélgica, com 6,9% (1,9 milhão de sacas); Japão, com 6,6% (1,8 milhão de sacas); Reino Unido, com 4% (1,1 milhão de sacas); Turquia, com 2,9% (805 mil sacas); Federação Russa, com 2,7% (746 mil sacas); Canadá, com 2,4% (662 mil sacas) e França, com 2,3% (635 mil sacas).
Entre os principais destinos, quase todos – exceto EUA, Alemanha e Federação Russa, – compraram mais café brasileiro no ano civil de 2018, comparando com o ano passado. O Reino Unido se destaca com aumento de importação em 124,57% em relação a 2017, seguida da Bélgica, com 34,03%; Itália, com 11,71%; Japão, 5,17%; França, 5,74%; Canadá, 4,57%; e Turquia, 3,23% a mais de importação de café do Brasil, respectivamente.
Diferenciados
Em relação aos cafés diferenciados, no ano civil, o Brasil exportou 4,9 milhões sacas, uma participação de 18,1% no volume total do café exportado, e 22,1% da receita cambial. Em relação ao mesmo período de 2017, o volume representou um crescimento de 27,3%.
Os principais destinos no período foram: Estados Unidos, responsável por 20% (1,01 milhões de sacas); seguido pela Alemanha, com 13,4% (668 mil sacas); Bélgica, com 12,2% (604 mil sacas); Itália, com 8,9% (441 mil sacas); Japão, com 8,7% (431 mil sacas); Reino Unido, com 5,6% (278 mil sacas) e Holanda, com 3,1% (151 mil sacas).
Preços
Em outubro, o preço médio da saca de café foi de US$ 130,86/saca, queda de 22% na comparação com outubro de 2017, quando a média era de US$ 167,75/saca.
Portos
O Porto de Santos segue na liderança da maior parte das exportações no ano civil, com 81,2% (22,3 milhões de sacas), enquanto que o Porto do Rio de Janeiro aparece na sequência, com 12,1% dos embarques (3,3 milhões de sacas).
Fonte Notícias Agrícolas
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Roger Campos
Jornalista
MTB 09816
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