Dois protótipos desenvolvidos por alunos de instituições de Santa Rita do Sapucaí (MG) prometem agilizar os processos de plantio e secagem do café em terreiros. O “Robocoffee” ou “Robô do Café” e o robô plantador ainda estão em estágio inicial, mas prometem mudar em breve a vida de produtores rurais.

Do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), vem o projeto do Robocoffee ou Robô do Café. Por enquanto, ele é apenas um protótipo feito de MDF. Mas pelo pouco do que foi mostrado na prática a nova “tecnologia” promete facilitar e dar maior qualidade de vida a quem depende do trabalho no campo.

“O robô do café ajuda o lavrador tanto no manejo do café, quanto na locação da mão de obra no terreiro. Enquanto no terreiro você precisa de duas, três pessoas para fazer o movimento do café, o robô faz todo o trabalho sozinho e precisa apenas de uma pessoa para controlar à distância. Além de não fazer todo o trabalho braçal, ele vai estar imune à exposição direta aos raios solares”, explica o estudante Lucas Pereira Santos, um dos idealizadores do projeto.

O protótipo, construído por alunos do 1º período, foi apresentado recentemente na Feira Tecnológica do Inatel, a Fetin, que aconteceu em setembro. O robô é guiado por um controle remoto que tem alcance de até 100 metros.

“Se ele (o produtor) quiser ele pode ficar sentado na sombra que o carrinho faz todo o processo. À medida que o carrinho vai passando em cima do café, uma haste vai dando o movimento do café no terreiro, fazendo com que o café gire constantemente, várias vezes ao dia, para o sol bater por completo no grão, fazendo a secagem inteira e não de uma parte só”, explica o estudante Igor Honorato Martins.

Os inventores do Robocoffe também garantem que a nova tecnologia é mais sustentável, pois preserva o meio ambiente.

“Hoje em dia é comum o uso da moto no terreiro. E a moto, como ela é movida a combustível, ela polui tanto o meio ambiente quanto o próprio grão de café, quando ela solta resíduos. Esse carrinho não causa nenhum dano ao meio ambiente e a gente pensa em aprimorar o sistema com placas solares, que vão ajudar a alimentar a bateria”, conta Igor.

Para quem vive na roça, a chegada de um “robô” para fazer o trabalho rural causa estranheza em um primeiro momento, mas ajuda a abrir uma boa perspectiva de futuro.

“O Robocoffé tem muito a oferecer para o trabalhador, porque a tecnologia vem ajudar não a tirar o serviço de uma pessoa, mas tirar um serviço braçal repetitivo e você economiza tempo e dinheiro para fazer outras atividades que vão agregar mais para o cafeicultor”, reforça o supervisor do Laboratório de Inovação FabLab, do Inatel, Juliano Ubiraci dos Santos.

Segundo os alunos, o próximo passo agora é modernizar o protótipo, para que ele auxilie o produtor a monitorar a qualidade do café.

“A gente tem a ideia de melhorar a mecânica do projeto e também inserir certos sensores que medem alguns parâmetros que são essenciais para o produtor conseguir acompanhar a qualidade do café”, conta Lucas Pereira Santos.

Ainda não há uma data prevista para quando o Robocoffee possa estar disponível ao mercado.

Robô plantador

Um outro projeto que promete melhorar a produtividade na agricultura e que também está em desenvolvimento em Santa Rita do Sapucaí, mas na ETE FMC, a Escola Técnica de Eletrônica, é o robô plantador. A máquina pretende auxiliar o agricultor no plantio não só do café, mas de várias outras culturas.

“Ele é um robô que foi criado para automatização dos processos agrícolas de plantação de sementes variadas. Existem máquinas que atuam nesse segmento, mas hoje elas precisam de uma pessoa para manusear. A ideia foi construir algo mais automatizado, que é comandado através de um aplicativo. Qualquer pessoa, independente de idade e até mesmo de localização, pois não precisa estar na fazenda, pode acompanhar os resultados da máquina. Além disso você pode ganhar em produtividade, porque ela pode trabalhar à noite, em diversos horários”, explica a professora de sistemas digitais da ETE FMC, Marília Martins Bontempo.

A ideia para construção do equipamento partiu de alunos do 1º ano do Ensino Médio, de 14 a 15 anos, a partir da experiência de um deles, que via a dificuldade do trabalho do avô na roça.

O projeto foi apresentado em outubro durante a Feira de Projetos Tecnológicos da ETE, a Projete. Agora o foco é implementar melhorias no equipamento para quem saiba no futuro ele possa estar disponível ao mercado.

Fonte G1 Sul de Minas

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Roger Campos

Jornalista

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